CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Quem Diria
QUEM DIRIA...
Jorge Linhaça
Uma cena inusitada
com ares de ficção
de certo modo engraçada
a estátua a vender balas
acabou-se a ilusão
Quem tanto se diz perfeito
"os melhores do planeta"
apresentaram defeitos
agora andam sem jeito
fazendo suas caretas
É tanto dinheiro gasto
pra fazer guerras mesquinhas
que a vaca saiu do pasto
e agora anda de rastros
vai pro brejo bem mansinha
O pior é o golpismo
tão difícil de entender:
Se eles vão pro abismo
pra mim é puro cinismo
seu dinheiro mais valer
Imaginem os senhores
terem um comércio qualquer
e crecados de credores
dobrarem-se os valores
daquilo que ali houver
Não sei nem de onde vem
essa lógica absurda
nem falo com desdém
mas ou param esse trem
ou é um Deus nos acuda
Mas confesso que é bonito
ver Bucha de chapéu na mão
O rei, senhor dos conflitos
deve andar aos faniquitos
e tremendo como um cão
E o povo? Ah o povo,
que votou no embusteiro
(que caça pelo em ovo)
será que erra de novo
pensando só no dinheiro?
E nessa tal de Wall Street,
o tal centro financeiro,
andam já todos com gripe
e a estátua anda triste
de olho no farol vermelho.
A vender suas granolas
e os seus cachorros quentes
só não vai pedir esmola
que é pra não fazer escola
pros países emergente
Mas me diga, meu senhor
ou você, minha senhora,
se esse circo de horror
tem conosco algum favor
ou se é golpe lá de fora?
A oferta e a procura
regem as leis do mercado
o que parece loucura
é achar porta segura
ter uns dólares guardados
Dai a Bucha o que é de Bucha
deixem lá de ser otários
quem de dólares se entucha
a economia repuxa;
cai no conto do vigário
A tal moeda verdinha
que lá já não vale nada
só nas nações vizinhas
valoriza em entrelinhas
por causa da derrocada
É como ir a comprar
num mercadinho falido
com medo de lhes faltar
a bacia e alguidar
que são por ele vendidos
E assim se especula
dando mil vivas e urras
a quem só faz são firulas,
joga água na fervura,
e enche de prata as burras
Vejam lá se nos países
onde foram para o ouro
cairam moedas matrizes
por conta dos infelizes
que querem livrar o couro.
Se mil bancos se quebrarem
não há nenhum mal, só o bem
de tanto se abastarem
e aos outros explorarem
recebem já o que convém
Que se ergam pois sózinhos
os tais senhores do mundo
pois de tanto ser mesquinhos
em seus brancos colarinhos
o seu barco foi ao fundo.
Eu não sou economista
e nisso dou graças a Deus
sou apenas realista
cada um colhe e conquista
aquilo que aos outros deu.
Quantas guerras infelizes;
quantas outras ditaduras.
guiadas por meretrizes
negando suas raízes
levados pela loucura.
E o povo, sempre gado,
com aguilhões conduzido
vai ficando assustado
ao ver seus sonhos sonhados
num instante destruídos
E agora se ajoelham
pedindo a Deus proteção
e o seu medo ja espelham
com os tolos se emparelham
caindo enfim na razão.
*****
Arandú, 19 de outubro de 2008
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1187 leituras
other contents of Jorge Linhaca
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Fantasia | A dança dos pinguins | 0 | 2.145 | 05/21/2011 - 18:11 | Português | |
Poesia/Amizade | A dança da inclusão | 0 | 1.550 | 05/21/2011 - 18:09 | Português | |
Poesia/Fantasia | A Bruxinha Clotilda | 0 | 1.584 | 05/21/2011 - 18:07 | Português | |
Poesia/Fantasia | A Bruxinha beijoqueira | 0 | 2.446 | 05/21/2011 - 18:06 | Português | |
Poesia/Fantasia | A Aranha | 0 | 1.395 | 05/21/2011 - 18:04 | Português | |
Poesia/Fantasia | Ritinha Tristinha | 0 | 1.243 | 05/21/2011 - 18:01 | Português | |
Poesia/Alegria | Zé Chipanzé | 0 | 968 | 05/21/2011 - 17:59 | Português | |
Poesia/Alegria | O Balé dos sapos | 0 | 734 | 05/21/2011 - 17:58 | Português | |
Poesia/Alegria | Papai Noel no Nordeste | 0 | 2.467 | 05/21/2011 - 17:57 | Português | |
Poesia/Geral | Matemática Poética | 0 | 1.316 | 05/21/2011 - 17:48 | Português | |
Prosas/Contos | O ratinho do natal | 0 | 1.378 | 05/21/2011 - 17:46 | Português | |
Poesia/Meditação | A Espada de dois Gumes | 0 | 2.298 | 05/21/2011 - 17:38 | Português | |
Prosas/Pensamentos | Verdades e Mentiras | 0 | 1.459 | 05/21/2011 - 17:36 | Português | |
Prosas/Pensamentos | Seleção, Fórmula 1 e Educação | 0 | 1.733 | 05/21/2011 - 17:34 | Português | |
Prosas/Pensamentos | Vampiros e Lobisomens Urbanos | 0 | 1.819 | 05/21/2011 - 17:31 | Português | |
Prosas/Outros | Mulheres , Política e Intrigas | 0 | 1.958 | 05/21/2011 - 17:29 | Português | |
Prosas/Pensamentos | Os gatos e as Lebres | 0 | 1.526 | 05/21/2011 - 17:27 | Português | |
Prosas/Pensamentos | Os 4 Macacos | 0 | 1.590 | 05/21/2011 - 17:21 | Português | |
Prosas/Pensamentos | A Uniformidade dos disfarces | 0 | 1.870 | 05/21/2011 - 17:20 | Português | |
Prosas/Lembranças | O Triste Fim da Infância Inocente | 0 | 1.847 | 05/21/2011 - 17:17 | Português | |
Prosas/Pensamentos | O Sucesso e o Fracasso | 0 | 1.486 | 05/21/2011 - 17:16 | Português | |
Prosas/Pensamentos | O manto da invisibilidade social | 0 | 1.683 | 05/21/2011 - 17:15 | Português | |
Prosas/Pensamentos | Inteligência feminina | 0 | 1.524 | 05/21/2011 - 17:13 | Português | |
Prosas/Pensamentos | Crônica do amor emancipado | 0 | 1.147 | 05/21/2011 - 17:09 | Português | |
Prosas/Lembranças | Visões de um Parapeito | 0 | 2.501 | 05/21/2011 - 17:07 | Português |
Add comment