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Quem sou
Hoje acordei confuso
Meditando no meu ser
Abro a janela e profuso
Num significado obtuso
Vejo a vida acontecer.
Vejo um Chapim a pular,
Um Albatroz a voar
E a rocha onde sossega,
Vejo os peixes do mar
E uma planície vasta
Um touro que ali pasta
E o forcado que o pega.
Vejo uma estrela cadente
Que há muito aconteceu
Uma bolota caída
E em cima vejo o céu.
Vejo um cipreste esticado
Amendoeira florida
Laranjeira em avenida
Um canavial vergado.
Vejo meninos que correm
Na terra, descalços pés
Ondas gigantes que morrem
E entram pelo convés.
Vejo o vento na proa
Uma bandeira rasgada
Um cacilheiro em Lisboa
Vejo tudo, vejo nada
Será que sou o que vejo?
Serei eu o universo?
Se sou, Braga e Alentejo
Andaluzia, Ribatejo.
Sou um qualquer lugarejo.
Despontado, num lampejo
É nisto que me revejo
E que resumo num verso
Hoje sou tudo isto, mas também o seu inverso.
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Poesia :
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Comentários
Re: Quem sou
Um poema bem conseguido!!!
:-)
Re: Quem sou
"Um homem viaja o mundo à procura do que ele precisa e volta para casa para encontrar."
(George Moore)
... são estas viagens que nos fazem crescer. Abraços.
Re: Quem sou
Olá Gothicum.
Gosto da forma original (e elaborada) com que comentas.
A frase que escolheste é perfeita (falta-me melhor adjectivo).
Um Abraço
Re: Quem sou
Conseguir ver tudo o que se quer não é para todos :-)
Gostei do poema!
Bjs
Re: Quem sou
Obrigado, Maria.
Não é para todos, nem todos o conseguem a tempo inteiro, mas devemos trabalhar nesse sentido.
Bjs
Re: Quem sou
Está tudo aqui...num lindo poema
Bjs
Dolores
Re: Quem sou
Obrigado Dolores,
Bjs
Re: Quem sou
tenho ideia que quando se escreve com a tamanha força dos elementos, como a que escreves...até se consegue que o céu e a terra mudem de lugar.
Onde estou??
Beijo
Re: Quem sou
Eu acho que enquanto escrevi, fui os elementos.
Estava imbuído num espírito budista...Sou apenas moléculas organizadas de forma ligeiramente diferente da cadeira em que me sento, pelo que pouco ou nada nos distingue e ambos somos Buda.
Aproveito para dizer que não pratico nenhuma religião, principalmente porque todas, de alguma forma, têm "céu" e "inferno". Em todas, porém, encontro coisas interessantes.
Responder à tua questão - onde estou? - impregnado deste espírito, poderia levar-me a escrever toda uma noite. Espero apenas que estejas num sítio bom.
Beijo.