Quinta Essência

Viajamos de velas soltas ao vento
Bocas que se sugam
Salivas que se sorvem
Corpos que se engasgam
Emaranhado de corpos que balançam

Vagas furiosas inundam-nos
Bebemos o néctar dos deuses
Tempestade silenciosa, turbulenta
Rasgam-se os céus

Raios e trovões
Sacodem os nossos corpos exaustos
Reclamam-se mais e mais
Numa gula voraz, insaciável
Montanhas de loucura

Entrega de prazer mutuo, rasgam entranhas
Corpos que arqueiam ao sabor da insanidade do momento
Química poderosa, explosiva
Sentidos despertos atingem o cosmos
Auge do prazer, gemidos eufóricos

Minutos... segundos intemporais
Quinta essência...
Tornado que nos embriaga, nos transporta
Nas asas da brisa, numa dança nocturna
Percorremos universos só nossos
Bebemos a luxúria do momento

Renascemos das cinzas incandescentes, uma e outra vez