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Raçassem vozes.
Eu vi. Foi enquanto eu passava.
O negro deitado em um beco
Chorava seco e achava graça.
Era pouca a desgraça, assim,
De repente, de peito, de frente.
Era pouca a desgraça na cara
Da gente de raça.
E Ele nem disfarça, parece o Diabo:
Está ficando rico! Tá ficando rico!
Tá ficando rico e filho meu não chora.
Pois é filho meu!
É guerreiro negro, é malandro, é capoeira.
Que batuca em toda sessão na terreira.
E já leva no corpo, marcas do passado.
De tantos encontros, lugares errados.
Cicatrizes do tronco ou de periferia.
O rosto que sangra e a mãe, que agonia,
De noite e de dia dizendo pra si:
Filho meu, não chora!
Levanta a cabeça e nunca se apavora.
Pois sabe que agora ainda não é à hora.
É longa a batalha e não vai ser a gente,
A perder a coragem, quebrar a corrente
Da paz escondida em cada esquina
Onde um dia alguém bateu cabeça na quina
Do mundo perdido dos homens ferozes,
Das raças sem vozes.
Que forçam garganta, que batem tambores.
Mas nesta batalha ainda são perdedores.
Tentando lutar contra esses valores.
De terço na mão ou de guia no peito,
Onde está sua fé?
Pra se achar tão perfeito, tão superior?
Lhe contam dez nomes de um só Senhor.
E uma lição que é simples: Amor!
Não pelo dinheiro, nem por qualquer cor.
Mas por um homem simples que chorou de dor.
Oxalá, Natureza, Jesus ou Pastor.
Pregado em uma cruz, chamado Redentor.
Manda embora daqui este povo sem fé!
Pois ser pobre ou humilde não é ser ralé!
Nossa força maior é estar ao teu pé,
E fazer do teu sangue o nosso também.
A dizer a quem bate apenas: Amém!
Thiago: o começo de tudo! 2003 ...
a poesia que me motivou a tornar-me poeta. Minha primeira poesia.
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Poesia :
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Comentários
Re: Raçassem vozes.
Bom poema!!!
:-)