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Recuso a despedir-me
Eu me lembro com saudade
O tempo em que seus olhos me fascinaram.
O brilho intenso que neles vi
Na tarde de um verão qualquer.
O sonho desejado de uma felicidade
Que invadiu a alma irrequieta.
Fantasia de um amor que para mim sorria
E prometia o paraíso.
O tempo tão cruel e traiçoeiro
Confundiu minha mente insana
Tirando minha paz
Escondendo o meu sentimento.
O calor do seu corpo de outrora
Transformou-se no frio gélido da manhã
E as angústias de uma alma presa
Que almejava a liberdade
Corromperam minha imaginação.
Sem despedida, saio da sua vida.
Sem lamentar esse dia triste.
Sei que não haverá lagrimas
Porque o amor já não existe.
Apenas o tempo, esse mesmo,
Vai provar o quanto te amei.
E, por amar-te tanto assim,
É que recuso a despedir-me.
Poema: Odair José, o Poeta Cacerense
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Poesia :
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