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SILÊNCIO
SILÊNCIO
O silêncio do tempo vai correndo
O que ele me faz vou vendo
Com o silêncio ou vou ficando
À medida que o tempo vai passando
Não quero o silêncio muito apertado
Para não ficar sufocado
O silêncio absoluto há – de chegar
Por este silêncio quero aguardar
Não quero o silêncio dos meus passos
Mas sim das coisas que mal faço
Não quero ouvir o silêncio do mundo
Mas sim o silêncio do mar profundo
Quero ouvir o gemido do vento
Que bate nas folhas algo violento
O ruído da chuva eu quero ouvir
De estar vivo eu quero sentir
Quero ouvir alguém bater à porta
É ruído que nada me importa
É sinal que em casa ainda estou
E o meu silêncio não começou
Do silêncio que o tempo me vai dando
De nada me vou importando
Mais tarde ou mais cedo vai chegar
É o tempo que tem de mandar
Ainda quero ouvir os sinos da cidade
E ter sempre um pouco de vaidade
Das muitas coisas que tenho feito
E que as guardo sempre no meu peito
Quero ouvir o meu telefone tocar
E alguém do outro lado me chamar
Se o meu telefone nunca mais der sinal
Alguma coisa se passa de mal
Quero um pouco se silêncio para meditar
Em muitas coisas que tenho de pensar
Faz – me falta o silêncio da meditação
E sentir que tenho os pés no chão
O silêncio da noite ao deitar
Em muitas coisas me faz pensar
Enquanto o sono não vem, em tudo penso
As ideias vou juntando em consenso
O silêncio catapulta os pensamentos
Para alegrias, desejos e lamentos
Como o vento tudo entra e voa
Como uma voz que ouço e entoa
Quero o ruído e o silêncio quero viver
Até que o tempo me quiser
O meu coração quero muito tempo ouvir
E o silêncio pode esperar até cair
2005-Estêvão
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Comentários
OLá Estêvão!
Belo poema!
Todos nós um dia teremos o silêncio
como companhia!
Eu gostei muito do jeito que você falou do silêncio,
ora com muito medo,
ora com entendimento de que ele é necessário!
Um grande abraço!
POEMA
Viva Dany May
Obrigado pelo comentário.
Faz favor de ser feliz
Um abraço
Eatêvão