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Solto gritos de agonia

Mergulhado na solidão,

Solto gritos de agonia.

Fechado e enclausurado.,

Quase como um acto de delírio,

Os punhos vão de encontro aos vidros,

Baços e ofuscantes,

Lançando um brilho estonteante.

Estilhaços voam pelo ar,

Penetrando a minha pele morena.

Mas no lugar do que devia ser uma fenda de fuga,

Surgiu aço,

Impossível sequer de riscar.

Como posso eu escapar ao meu próprio pensamento?

Libertar-me destes enlaces,

Cruzados pela loucura que de mim se apodera.

Não consigo,

Não consigo resistir ao estado de demência,

Enfraquecido por meses de insistência.

Deixo-me levar pela eterna melancolia,

Encostado à parede fria.

E apenas quando este nó se soltar,

E eu me poder finalmente movimentar,

Poderei voltar a sonhar e idealizar.

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domingo, fevereiro 13, 2011 - 21:30

Poesia :

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FernandoTeixeira

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