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SOMBRAS
SOMBRAS
Sombras de Sol, sombras de Lua
Todas elas ficaram na rua
Sombras da noite, sombras do dia
Sem Sol ou Lua não havia
Sombras do mato, sombras do deserto
Para mim elas não estão perto
São sombras do Sol ou da Lua
Que deitam sempre para a rua
Sombras de nuvens, sombras de mar
Podem ser do Sol ou do Luar
Sombras de água, sombras de terra
Que pairam nas sombras da guerra
Sombras de frio, sombras de calor
São sombras de nada ou de amor
Sombras de desejos pairam no ar
Nas sombras de quem sabe amar
Sombras de guerra, sombras de paz
De tudo o homem é capaz
Fazem sombras ao próprio homem
Nas muitas sombras que comem
Sombras do diabo, sombras de Deus
Pairam na Terra dos filhos seus
Sombras que matam, sombras que vivem
São sombras de nada que nada dizem
Sombras do passado, sombras do presente
Sombras de ontem do que se sente
Sombras que ficam, sombras de partida
São todas sombras que têm vida
Sombras de filhos, sombras de pais
Nunca são sombras demais
Unem – se nas sombras de família
Sempre em eterna vigília
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José Custódio Estêvão
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Comentários
Nunca tinha pensado que
Nunca tinha pensado que houvesse tanta sombra, mas
a verdade é que há muitas: a sombra do Sol, a sombra da vitória,
as sombras dos desejos... Mas as sombras de que mais gostei no teu
poema, foram as "sombras de água". Magnífica evocação de rios e de
árvores!
Bom fim de semana!
poema
As sombras existem e das mais diversas formas possíveis e imaginárias, é uma questão de pensar nelas porque surgem sempre na nossa vida, até as da água que nela são sempre refletidas e nelas podemos refletir.
Faz o favor de ser feliz
Estâvão