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TERRA PROMETIDA II
Há na floresta alheada
Uma bruma de névoa e alvorada,
Um rasto de enigma
De sons e movimentos
Representados pelo estigma
De reunir num só tempo
Todos os tempos e momentos…
Há na floresta alheada
Os eflúvios do mistério,
A gnose por nós saudada
O passado em conhecido ermitério:
Filha de Oceano e Mnemosine,
A nossa mui saudosa Saudade
Deusa ausente de um tempo ou idade…
Há na floresta alheada
Um murmúrio que corre apressado
Cantando por toda a parte
Este tempo que nos é dado:
Chegaram os Filhos da Terra!
Um novo momento no tempo
É-nos oferendado, ei-lo começado!
A inversão do tempo e do movimento…
Há na floresta alheada
Um rito de passagem
Simbolo\signo: a palavra.
Ideia criada, falada, representada;
Terra áurea em mente lavrada,
Movimento simbolicamente verbalizado
Que até nós vem vindo filtrado
Na sábia voz de nossos avós!
Etérea fronte faz essa floresta
Qual fonte marcada na testa,
Alheada de um mundo inexistente
Habita o sonho remeniscente:
E, porque já o era antes de o ser,
É ela alheia e alheada de o ser…
É nesta floresta alheada
Que levamos no coração
Que nascem de uma assentada
Os frutos da nossa emoção.
E assim, caminhando na vida,
Mergulhando no denso nevoeiro
Na procura de uma Terra Prometida,
Nessa floresta, encontrei, um prisioneiro:
Há na floresta alheada
Uma alma cansada
Pelo arrasto dos grilhões
De quem vive sem conclusões
Prás questões que se lhe colocam,
E à su’Alma, infortúnio provocam.
Há na floresta alheada
Uma alma cansada
P’lo arrasto dos dias
Que seu corpo carrega;
Cansada ela ainda de o Ser,
Sem já o poder Ser ou Viver…
Habita nela o absurdo
Como em todas as coisas,
Não fora ela, de fruto, humana
Pertença dos sentidos
Que nela são: mudo, cego e surdo.
A todos os corações queridos
De sua querida Albicastro Lusitana.
E assim; numa, que fiz, viagem alheada,
Por dentro desta floresta, percorri
O que pude… e sorri, sim sorri…
Sorri porque a vida
Brindara-me com um sorriso,
Sobejou-me retribuir,
Dar de volta outro alegre riso.
Magnifica a alegria da existência
E da sua metafisica da incongruência
Que apenas se torna real e plaúsivel
Pelo cogniscível quando à’lma é visível:
Prescutações que o esp’rito elabora
Com os préstimos da emoção
Que mui alegremente colabora,
Para por assim, confundir-nos o coração…
Há na floresta alheada
A vida dos outros em nós
E a nossa vida confundida
Com a de nossos egréjios avós,
Numa fusão atemporal
Que a nossa geração vê difundida
Em sua variada humilde voz.
E assim, misturando existências
De mim, comigo e com os outros,
Cheguei ao conhecimento desta criatura
De quem vos falo, esse aqueloutro,
Cujo nome sem idade faço retrato:
Um dos “Filhos da Terra” – Herostrato.
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Comentários
Re: TERRA PROMETIDA II
Bom poema, gostei de ler! :-)