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Teu amor me basta, não saio e permaneço casta.

Vontade de ficar em casa,
sozinha, jogada,
roupa velha,folgada,
para alojar o conforto,
meu corpo em teu pensamento,
absorto.

Aqui é meu secreto porto,
onde me escondo,
o telefone toca, não respondo,
gosto deste silêncio em min'alma
gosto da solidão que me acalma.

Mas gosto mais que tudo,
das lembranças que guardo,
pintadas como quadro
em minha memória.
Gosto de ter-te tatuado
em minha história,
Gosto de ver-te
vestido de vitória.

Gosto, como gosto de me perder em ti,
gosto, como gosto de viver o que nunca vivi.

Por isso prefiro, sossego, respiro,
me inspiro e amor por ti transpiro
e fico em casa sozinha,
tua lembrança é minha melhor vizinha,
melhor que qualquer presença,
melhor que qualquer crença,
é estar aqui sentada,
nem triste nem amargurada,
confortável e solitária,
sou tua namorada
real e não imaginária,
sou tua amada,
aguardando a hora marcada,
para me entregar,
ser tua sem pensar,
ter-te sem ter que mais esperar
ficar plena de tanto te amar,
me esquecer, me achar,
em ti me perder,
nunca mais me encontrar
e de novo conhecer,
os verbos namorar,
amar, viver e saciar.
Ter-te sempre
casto ou indecente,
sem ter que morrer, nascer
e torcer para te encontrar,
em outra vida ainda não concebida,
livre de de sofrimento ou ferida,
ser "a única", profecia rúnica
a tua, de todas, a preferida.
a grande mulher da tua vida,
tua musa encontrada,
e não mais perdida
uma ilusão agora vivida
amada não mais sofrida,
traída, rarefeita e imaginada
a mãe, a companheira,
a última e a primeira
mulher que tens inteira.

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domingo, outubro 4, 2009 - 00:55

Poesia :

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analyra

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Comentários

imagem de anadeornelas

Re: Teu amor me basta, não saio e permaneço casta.

Analyra,

Que amor, tão bem cantado...
Que amor tão solitário e intensamente sentido e vivido....
Lindo, lindo de se ler....

1 beijo

imagem de analyra

Re: Teu amor me basta, não saio e permaneço casta.

Pode parecer loucura ( talvez seja!) mas as vezes mais vale uma solidão esperançosa que uma presença ociosa e pesada. Melhor estar só e sentir amada, do que triste e acompanhada.
Pois é um pouco solitário meu amor, mas não é bordado de conflito ou dor.
E assim o mundo gira, e um dia chego lá, irei um dia conseguir encontrar este amor imaginário, aguardo enquanto os homens da peça vida mudam o cenário...
E quem sabe este meu amor solitário não vira solidário?
Grande abraço e grata pelo comentário.

imagem de Manuelaabreu

Re: Teu amor me basta, não saio e permaneço casta.

Olá amiga já tinha saudades de te ler...mas a vida é este caos sem tempo.
Na tua poesia pintas um quadro por letras deambulando na ânsia..."Cesário verde" também deambulava e vertia para a tela lindo, lindos quadros pintados por letras.
Gostei da tua poesia.
Parabéns...um abraço. :-)

imagem de analyra

Re: Teu amor me basta, não saio e permaneço casta.

Nossa, lembrar-te "Cesário Verde" é uma das maiores honras que já tive. Grande abraço, e muito, muito, muitoa grata pelo comentário, hoje durmo mais leve, quase flutuando.
Grande abraço.

imagem de LilaMarques

Re: Teu amor me basta, não saio e permaneço casta.

Ana Lyra,

Mais um texto muito harmônico que trazes para nós.
Gostaria de lhe fazer uma observação que achei interessante. Hoje, lendo sobre as musas das artes, encontrei a musa da poesia de amor, que cham-se Erato. Seu símbolo é a lira (fonte: http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20060812055748AAnZDKb), não é interessante? Sim, pois vejo que o amor faz com que entres em sintonia direta com Erato e produza em grande quantidade, com qualidade.

Grande abraço.

imagem de analyra

Re: Teu amor me basta, não saio e permaneço casta.

Na verdade pode ser mesmo, pois é ausência do amor que me inpira, me preencho dele na poesia que minha alma transpira.
Grande abraço, gosto imensamente de ler-te.

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