CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Todos os dias nos roubam uma flor
Toda despedida é dolorida
Mas, nos conformamos quando a partida era prevista
E sabíamos que ela aconteceria.
Mas, a alma é dilacerada mortalmente
Quando não esperamos por isso.
Nossa sociedade perdeu a noção da vida
Todos os dias nos roubam uma flor.
Vidas que são ceifadas na inocência
Sonhos furtados de corações sinceros.
Uma angústia profunda abate sobre os olhos
Cansados de lágrimas derramar.
No caminho da escola
Na volta do trabalho
Quando menos se espera
Um estrondo se ouve a interromper mais uma vida.
Os pássaros voam em fuga,
As borboletas, espantadas, procuram refúgio
E o perfume das flores é destruído.
Acostumamos com o odor fétido da morte
E não mais lamentamos a violência
A ceifar vidas inocentes.
O clamor do sangue espargidos no asfalto quente
É levado pela fumaça
E chega até as nuvens.
Aves de rapina espreitam as vítimas
E esperam ansiosas para destruir.
Até quando roubarás nossas flores?
O sol escaldante do egoísmo humano
Cai violentamente sobre as poucas flores que ainda resistem
E logo as queimará sem piedade.
O consumismo exarcebado atropela as vítimas
Tanto os que querem quanto os que necessitam.
O capitalismo selvagem impõe regras
Que ninguém consegue evitar.
O valor da vida humana não é mais do que um tênis
E, se não posso comprar um celular de última geração,
É fato que terei que roubar
Para mostrar lá na comunidade.
Todos os dias nos roubam uma flor
E o jardim já está quase deserto.
Protestos contra a violência gera mais violência
E as pessoas já não se respeitam.
Uma sociedade sem escrúpulos
Que preferem a podridão fétida do caos
Em vez de uma busca sincera ao Criador.
À medida que envelhecemos
Vemos que o tempo bom já passou.
O tempo onde havia o respeito aos mais velhos
E aos mestres que ensinavam.
Do nada o jovem levanta sua voz
Dedos em riste, voz exaltada a gritar ofensas e ameaças
Ao velho mestre que está a lhe ensinar.
Onde está o respeito?
Não podemos duvidar de que ele é capaz de fazer o que promete
Afinal, sua vida já não está sob o seu controle.
Deixo minhas mãos pousar livremente
E antevejo a hora de partir.
Os sonhos de um mundo melhor
Onde possa reclinar minha cabeça vai ao chão
E a tristeza infinita adentra o coração.
O que me resta é deixar as lágrimas rolarem.
Hoje roubaram mais uma flor.
Poema: Odair
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1613 leituras
Add comment
other contents of Odairjsilva
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Desilusão | Saudade que fere | 6 | 849 | 02/21/2024 - 19:06 | Português | |
Poesia/Paixão | Doce sabor proibido | 6 | 1.987 | 02/21/2024 - 02:02 | Português | |
Poesia/Amor | Pense em mim | 6 | 1.224 | 02/20/2024 - 10:28 | Português | |
Poesia/Desilusão | O erro do coração | 6 | 646 | 02/19/2024 - 10:29 | Português | |
Poesia/Amor | Trovas de amor e saudade V | 6 | 865 | 02/18/2024 - 11:57 | Português | |
Poesia/Desilusão | Nuvem passageira | 6 | 968 | 02/17/2024 - 11:08 | Português | |
Poesia/Amor | O desejo que arde em mim | 6 | 552 | 02/16/2024 - 12:01 | Português | |
Poesia/Amor | Eu penso em ti | 6 | 1.808 | 02/15/2024 - 10:30 | Português | |
Poesia/Pensamentos | O poder sagrado da jornada | 6 | 2.577 | 02/14/2024 - 12:39 | Português | |
Poesia/Tristeza | Distância cruel | 6 | 1.297 | 02/13/2024 - 11:46 | Português | |
Poesia/Amor | Portal do amor | 6 | 1.839 | 02/12/2024 - 13:02 | Português | |
Poesia/Amor | Trovas de amor e saudade IV | 6 | 1.492 | 02/10/2024 - 12:33 | Português | |
Poesia/Pensamentos | A canção de um Historiador | 6 | 3.462 | 02/10/2024 - 00:05 | Português | |
Poesia/Desilusão | Apenas um minuto | 6 | 2.301 | 02/09/2024 - 12:07 | Português | |
Poesia/Amor | Nas entrelinhas dos teus olhos | 6 | 1.392 | 02/08/2024 - 22:56 | Português | |
Poesia/Amor | Arrebata-me | 6 | 1.439 | 02/08/2024 - 10:32 | Português | |
Poesia/Amor | Trovas de amor e saudade III | 6 | 682 | 02/07/2024 - 20:50 | Português | |
Poesia/Amor | Abrigo no seu olhar | 6 | 1.020 | 02/07/2024 - 01:10 | Português | |
Poesia/Amor | Trovas de amor e saudade II | 6 | 1.700 | 02/05/2024 - 22:30 | Português | |
Poesia/Amor | Trovas de amor e saudade I | 6 | 883 | 02/05/2024 - 00:09 | Português | |
Poesia/Amor | Eu abro meu coração | 6 | 677 | 02/04/2024 - 12:13 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Sistema ignorante | 6 | 1.723 | 02/03/2024 - 13:20 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Na grande arena do destino | 6 | 1.860 | 02/02/2024 - 11:53 | Português | |
Poesia/Pensamentos | História oficial | 6 | 1.754 | 02/01/2024 - 20:19 | Português | |
Poesia/Amor | Paixão que não se cala | 6 | 1.002 | 01/31/2024 - 19:11 | Português |
Comentários
Todos os dias nos roubam uma flor
Descrevestes exatamente o ser humano dos dias de hoje e de não muito tempo atrás. A desvalorização dos direitos humanos e o desrespeito aquele que tem o dom de ensinar. Afinal,sem um professor,ninguém jamais será alguém.
Sempre será preciso alguém para ensinar e muitos para aprender.
Abraços
http://colchaderetalhos13.blogspot.com.br