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Um eterno vazio

Aos que tornam-se sombras no seio das tardes de verão
Que escorraçam seus oponentes como um rolo compressor
Dizem e agem como se fossem os donos do mundo
Abusam das crianças e maltratam os idosos
Para que possam sempre permanecerem no poder e dominação.

Aos que tem olhos eternamente fechados para o mundo
Que não valorizam os que trabalham arduamente todos os dias
Roubam-lhes a sua esperança com falsas promessas
Dificultam suas vidas o máximo que podem
Porque não respeitam a vida humana e carregam um ódio profundo.

Aos que são herdeiros de tormentos e declamam segredos
Que rasgam as cédulas de liberdade dos injustiçados
Impedindo-os de alcançarem a tão sonhada justiça
Menosprezando os direitos humanos como se nada fossem
Porque só querem manter os seus domínios e provocar o medo.

Aos que detém o poder mítico das alucinações
Que controlam o tempo e as aspirações dos trabalhadores
Dificultando o acesso aos benefícios arduamente conquistados
Querem apenas manter as pessoas como massa de manobra
Porque desejam perpetuarem-se no domínio das convicções.

Aos que tem o sangue quente e treme diante dos calafrios
Que provocam o caos e o terror na sociedade hodierna
Construindo muros de separação entre os menos favorecidos
Maquiando a verdadeira face da violência urbana
Porque desejam manter as aparências de um eterno vazio.

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

www.odairpoetacacerense.blogspot.com

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terça-feira, dezembro 27, 2022 - 11:12

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