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UMA AVENTURA NA TERRA DO QUEIJO

Maria Hilda de J. Alão

Lá, na Terra do Queijo,
Aconteceu a história
Que agora vamos contar:
Depois de se casar

Com a bela rata Ritinha
D. Ratão sabia que tinha
Responsabilidade e dever
De cuidar muito bem

Da esposa e dos futuros filhos.
Do amor de Ratão e Ritinha
Nasceram duas ratinhas
Que eram duas florzinhas.

Dom Ratão fazia de tudo
Para sustentar a família
Trabalhando, noite e dia,
Na fábrica do rato Topetudo.

Honesto e bom funcionário,
Ratão teve do seu patrão
O reconhecimento e foi premiado
Com um dia de lazer

No famoso parque da Terra do Queijo,
Que de conhecer tinham desejo
As duas formosas ratinhas,
Florência e Tininha.

Chegou o dia da viagem.
Com as malas prontas
As ratinhas estavam tontas
De alegria e emoção.

Chegaram à estação de trem
Da sua cidade, Ratolândia,
E num canto viram alguém:
Era Roque, o ratinho da Groelândia.

Dom Ratão e Ritinha
Ficaram felizes e contentes,
Pois conheciam de muitas festinhas
A família do ratinho Roque.

E entraram todos, em algazarra, no trem.
As ratinhas chamavam Roque aos gritos:
- Vem, Roque! Senta aqui, vem!
O trem partiu ao som do terceiro apito.

A viagem foi maravilhosa.
Chegaram à Terra do Queijo.
Tininha com um chapéu rosa,
Desceu mandando um beijo

Para os outros ratinhos presentes na estação.
Depois saíram juntos.
Nas carinhas brilhava a emoção
Ao verem florestas, casinhas, carruagens

E personagens famosos na terra dos ratos
Em seus belos castelos, tudo feito de queijo.
Agora sim eles iam brincar
De balanço e escorregar
No parque que fazia até adulto sonhar.

Deixando os pais reunidos,
Lá se foram Florência, Roque e Tininha
Entrar em uma filinha
Para brincar na roda gigante,

No trem fantasma e chapéu mexicano,
Carrinho bate-bate e balanço
Montanha russa e carrossel:
- Sou forte e não me canso.

Dizia aos gritinhos o ratinho Roque.
Os três amiguinhos na maior emoção
Foram escorregar num escorregador
Feito de queijo parmesão.

E Roque não resistindo
Quis morder o brinquedo,
Mas Tininha, atenta, foi logo falando:
- Roque não seja bobo,

Se comer o brinquedo
Como vamos nos divertir?
Concordando com a amiga
Roque e as duas ratinhas

Escorregaram até caírem
Bem em cima de um branquinho
Queijo mineiro salgadinho
Que servia de amortecedor.

Foi neste instante que os três
Avistaram a enorme montanha
Toda de queijo suíço:
- É de perder o juízo!

Exclamou o ratinho Roque.
E foram escalar a montanha.
- Quem vai à frente?
Perguntou Florência contente
Na sua doce inocência.

- Eu! Gritou o ratinho Roque.
Os três começaram a escalada:
Mãos num buraco e pés em outro
Foram subindo cuidadosamente

Aquele enorme queijo suíço.
Ao chegarem à metade,
Isso não é mentira é verdade,
Ouviram um grito e por isso,

Fizeram silêncio para ouvir
Melhor e de onde vinha
O gritinho que fez Tininha
Dizer: - Acho que alguém vai cair!

Olharam para o alto do enorme morro
Viram que havia uma fenda estreita
E era dali que vinha
O pedido nervoso de socorro.

Os três amigos subiram um pouco mais,
E deslocando-se para a esquerda
Da montanha de queijo suíço
Chegaram bem perto da fenda.

Foi então que o ratinho Roque
Gritou: - Quem está aí?
A resposta veio com um suspiro de dor:
- Sou eu, Pablito, o gato escalador.

- E o que faz um gato
Na terra dos nobres ratos?
- Eu só queria brincar...
Respondeu Pablito a se lamentar.

Meu Deus, um gato
Invadindo terra de rato!
Era o maior perigo,
Um imenso castigo

Para os amiguinhos indefesos,
Que agora sentiam o peso
Do que seria uma imprudência
Subir aquela montanha amarela

Sem a presença de seus pais.
Enquanto pensavam ouviam os ais,
Os apelos e os gritos
Do assustado gatinho Pablito.

Disse Tininha: - E se for uma armadilha?
Eu, que de um rato sou filha,
Posso ser atacada por esse esquisito
Bichano que não é bem quisto
Na comunidade dos ratos.

Será que os pais tinham razão?
“Enfrentar bichano não é mole, não.”
Mesmo assim os três amigos
Resolveram tirar do perigo
O gatinho desvalido.

Foram os ventos fortes
Que jogaram o gatinho
Naquela fenda, onde sozinho,
Apelava para os gatos santinhos

Que fizessem um pequeno milagre,
Não o abandonasse à própria sorte.
E surgiram aqueles ratinhos valentes
Gritando com toda força:

- Sossega, nós vamos salvá-lo gatinho!
Fique bem no cantinho,
Pois já estamos bem pertinho.
Mostre-nos o seu pezinho

Para sabermos o seu tamanho.
Pablito esticou a patinha,
E Tininha que estava assustadinha
Exclamou: - É um filhote como nós!

Subindo dois buracos à esquerda
Chegaram bem perto da fenda.
- Agora quero que entenda –
Disse ao gatinho o rato corajoso-

- Quero que a pata direita estenda,
Crave as unhas da esquerda na parede da fenda,
E quando eu disser um, dois, três,
Puxá-lo-ei de uma vez.

Enquanto isso no parque
Corria a incrível notícia:
Um bichano, o maior que havia,
Chegou para acabar com a alegria

Dos ratos ali presentes.
E foi um alvoroço, uma correria,
Uma enorme gritaria
De ratos procurando os filhos.

A multidão, desenfreada, corria
Em direção da montanha de queijo,
Pois era ali que se escondia,
Segundo a rata Maria,

O “bichanão” como ela dizia,
Que viera acabar com a nação dos ratos.
Querendo se certificar do fato,
Puxava a multidão o pai de Roque

Preocupado com a segurança do filho.
Ao som de militar tambor,
E o coração cheio de temor,
Acompanhado por um rato policial
Ele chegou ao local

Do estranho acontecimento
No exato momento em que Roque,
Com toda força que tinha,
Puxava, ajudado pelas ratinhas,

Para o buraco onde estavam
O choroso gatinho Estevam
Tremendo de tanto medo
De rolar pela profunda fenda

Da montanha de queijo suíço.
Os pais das ratinhas chegaram
Bem no auge do reboliço
E ainda viram as filhas

Amparando o gato, o velho inimigo.
- Meu Deus, não pode ser!
Exclamaram Ratão e Ritinha
Juntando-se aos pais de Roque
E a multidão que aplaudia

Com palmas e muitos beijos
O feito que ficou na história
Da boa Terra do Queijo.
Descendo, gato e ratos, da montanha

Gritou para o pai a ratinha Florência,
Com toda a sua inocência:
- Papai, nós salvamos um gatinho
Que estava em perigo, coitadinho!

O silêncio foi total.
Os ratos ficaram pensativos
E concordaram com uma coisa:
Para as crianças não há essa de inimigo.

Na hora do perigo as diferenças,
Todas as desavenças
Devem ser esquecidas,
O importante é salvar a vida.

(histórias que contava para o meu neto)
 

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domingo, março 20, 2011 - 20:25

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Magamadalao

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