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Valium

 

Andam cansados os dias.
As respectivas noites não pregam olho.
Adormecem depois do almoço.
Passam pelas brasas ao fim da tarde
E quando volta a hora de serem noites
Não tiveram um dia descansado.
Passam os dias em branco
Que se vão acumulando
Para quem vive condicionado pelo tempo.
Uma bebedeira de vigilia epidemica,
Uma insonia colectiva.
Uma vontade de não abrir mão do tal terço da nossa vida.
Dorme noite.
Relaxa.
Bebe um chá de camomila,
Se não resultar toma um valium.
Dois.
Três.
Desde que acordes no dia a seguir
Sem tubo nenhum no nariz a tornar-nos o dia a seguir
Escuro como o carvão activado que constrata com
A brancura das noites a que nos tens habituado.
É de uma canção de embalar que andas a precisar??
Festinhas na cabeça!?
Cafunê!?
Assim será.
Deita-te ao meu colo noite,
Enquanto eu te murmuro melodias de embalar.
Descansa que não adormecerei.
Já tive as minhas canções...
Os meus chás...
O meu valium.
 

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sábado, março 12, 2011 - 17:44

Poesia :

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Outro

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Comentários

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Mais um de seus excelentes

Mais um de seus excelentes poemas...

Que exprime muito do que tenho sentido agora 

nesses ultimos dias ....

Beijos

Susan

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