CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
VELHA AMIGA
Cedinho, minha primeira visão: uma folha de papel
Sem nenhuma rasura, numa mesinha ao pé da cama.
Aquela folha de papel domina toda minha atenção.
É uma “folha pedinte” estendendo sua branca mão,
Em súplica, diz-me:- Sou amiga de todo menestrel.
Observo-a, coitada, tão vazia, nenhuma palavra,
Sequer uma letrinha; ali, sozinha, pede, clama.
Que mágico poder de atração uma folha em branco,
Tão pura, exerce sobre minha mente? Sou franco,
Ouvi-a dizer-me:- Pegue a caneta, e, em mim, lavra
Que seja um versinho, prometa, tenho fome de palavra.
Não espero mais, ferem-me o coração seus doridos ais.
Empunho-me de uma caneta:- dê-me estro. Rogo.
Sou tomado por forte verve, escrevo logo:
Folha de papel, és, hoje, deste poeta o mote,
Mas, serves à Humanidade, com seu precioso dote,
Desde remotas Eras: Com os egípcios, ainda pedra,
Conheceste os hieróglifos; com o Império Babilônico,
Após, por longo tempo, ter servido ao poder faraônico,
Aceitaste a rude escrita cuneiforme, com a qual se lavra
O severo Código de Hamurábi; foste pergaminho e papiro;
Dos poetas e dos apaixonados registraste o suspiro.
Concebeste Os Dez Mandamentos quando pedra virgem;
Dos fenícios, conheceste o código que ao nosso deu origem;
Em folha de papel a História da Humanidade foi exarada.
A folha já não estava mais vazia, e, muito emocionada,
Aproveitando do vento uma lufada, curva-se ante mim,
Como a dizer: - Muito obrigada. E o dia começa assim.
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1327 leituras
other contents of manoeldealmeida
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Desilusão | CADA COISA A SEU TEMPO | 0 | 476 | 06/06/2011 - 04:18 | Português | |
Poesia/Meditação | CHAMA DE AMOR | 0 | 677 | 06/06/2011 - 04:17 | Português | |
Poesia/Meditação | IMORTAL | 0 | 520 | 06/06/2011 - 04:16 | Português | |
Poesia/Dedicado | INGRA | 0 | 523 | 06/06/2011 - 04:15 | Português | |
Poesia/Paixão | TEU SORRISO | 0 | 1.023 | 06/06/2011 - 04:14 | Português | |
Poesia/Desilusão | LAÇOS DE AMOR | 0 | 718 | 06/06/2011 - 04:13 | Português | |
Poesia/Meditação | MUITAS VOZES | 0 | 602 | 06/06/2011 - 04:12 | Português | |
Poesia/Amor | RELAÇÃO DE DEPENDÊNCIA | 0 | 695 | 06/06/2011 - 04:11 | Português | |
Poesia/Geral | HIPÓSTASE (*) | 0 | 747 | 06/06/2011 - 04:10 | Português | |
Poesia/Amor | PAIXÃO | 0 | 561 | 06/06/2011 - 04:05 | Português | |
Poesia/Meditação | “LIÇÃO DA VIDA” | 0 | 669 | 06/06/2011 - 04:03 | Português | |
Poesia/Tristeza | JUNTO A TODOS, PORÉM, SÓ. | 0 | 814 | 06/06/2011 - 04:02 | Português | |
Poesia/Tristeza | XODÓ | 0 | 589 | 06/06/2011 - 04:01 | Português | |
Poesia/Tristeza | A DOR CEGA | 0 | 753 | 06/06/2011 - 04:00 | Português | |
Poesia/Geral | “MEDIDA DAS COISAS TRANSITÓRIAS” | 0 | 649 | 06/06/2011 - 03:58 | Português | |
Poesia/Tristeza | CAUDAL DA VIDA | 0 | 805 | 06/06/2011 - 03:57 | Português | |
Poesia/Amor | “DE REPENTE DO RISO FEZ-SE O PRANTO” | 0 | 682 | 06/06/2011 - 03:55 | Português | |
Poesia/Geral | “OS MUTANTES” | 0 | 822 | 06/06/2011 - 03:54 | Português | |
Poesia/Geral | O MAIS IMPORTANTE... | 0 | 551 | 06/06/2011 - 03:52 | Português | |
Poesia/Geral | INESGOTÁVEL RESERVATÓRIO | 0 | 580 | 06/06/2011 - 03:50 | Português | |
Poesia/Geral | SER INEXPLICÁVEL | 0 | 526 | 06/06/2011 - 03:48 | Português | |
Poesia/Geral | A BELEZA DO SORRISO | 0 | 618 | 06/06/2011 - 03:41 | Português |
Add comment