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HIPÓSTASE (*)
Espectros meus pensamentos pululam;
Seres por natureza noctâmbulos,
Invadem meus sonhos,
Irônicos e risonhos,
Quais lobos famintos ululam.
E vagueiam minhas recordações... Sonâmbulos.
Olhando em seus olhos tristes e vagos,
Vejo-me contemplando o espelho cristalino dos lagos:
São os “eu mesmo” fictícios,
Pessoas que eu quis ser, mas não pude...
Não se concretizaram,... Abortaram,...
Por que meus planos mudavam a miúde.
Agora, não se conformam com o destino:
Apontam-me o dedo em riste,
Dizem que, se não fosse meu desatino,
Um deles seria pessoa do mundo real,
Desempenhado seus papéis, seus ofícios.
Dizem que minha personalidade atual
É um equivoco uma fraude,... não existe.
Um desses espectros, que diz ser artista,
Alega que errei no meu ponto de vista:
Fosse eu sua personalidade,
Teria fama e seria celebridade.
Outro que se diz juiz,
Sentencia-me: - Não fosse tua preguiça, tu terias feito muita justiça.
Um que se diz religioso,
Afirma que se eu fosse menos cético e mais virtuoso
Teria convertido o herético e o presunçoso.
Para o que se diz médico:
Deixei de realizar o sonho de meus pais.
E ainda há o piloto de caça, o jogador de futebol, o
marinheiro,...
Fico impressionado: - Meu Deus,
Quanto personagem criei e matei!
Eles foram protagonistas dos meus projetos de vida.
Hoje, são sombras do meu passado,
Sempre retornam, protestando em brado,...
Então, para amenizar-lhes as dores da ferida,
Eu digo: - Não existe acaso. Quem sabe um dia...
Interrompem-me: - Não nos venha com fantasia.
E vão se, olhando-me de revés.
Como se alguém me ouvisse, exclamo:
- Voltaram, eu sei. São partes do mundo que criei.
(*) O dicionário Aurélio registra: “em filosofia, ficção ou
abstração falsamente considerada como real”
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