CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Versos Universais II
VERSOS UNIVERSAIS
Fitando todo aquele mar de treva
Diante de mim o Júpiter se eleva
Como se um mundo tornara-se alguém
A exibir seu único tempestivo olho...
Pensando em perguntar: "quem te fez caolho?"
Eu penso que capaz não haja ninguém...
Meteorito rasgando a escuridão
Tal qual lampejo de vida em Plutão
Tal múltiplos espasmos musculares,
Sem noção de quem lhes é todo ouvidos,
Na ignorância da crença a um pedido
Fazer as gentes erguem os olhares!
Ataviam-se e penso: passou do cúmulo!
Abra-se a terra, engula-nos tal um túmulo!
E o cosmos nunca sentirá a perda.
Não desta raça primitiva e tosca
Cega a toda luz que há em si, feito moscas
Se encantando por pedaços de merda!
'Stirado ao chão todo corpo um dia fica:
É a gravidade quem nos crucifica
Tal qual uma medalha no seu peito.
Tal uma divindade --indivisível, cruel,
Egoísta -- nega aos vis mortais o céu,
Transmuta a (boa) vontade em despeito!
Por que diabos não fui parido cego?!
Não há muita diferença entre o morcego
E o soturnismo de minha pessoa:
Nas horas em que mais se faz o frio
Nos manifestamos ante o vazio,
Sobrevivemos de tudo o que ecoa
Pelo imenso do espaço abobadado
Sob o qual sinto-me sempre velado...
Sob o qual tremo com a psicótica
Idéia de que a lua, de tal forma irada,
Tal qual fosse uma órbita revirada,
Me vigia, exposta apenas a esclerótica!
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 2415 leituras
Add comment
other contents of Adolfo
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Soneto | Índios II | 0 | 2.327 | 10/27/2011 - 01:00 | Português | |
Poesia/Soneto | Tributo a Augusto dos Anjos XVII - Sobre Augusto II | 0 | 1.707 | 10/22/2011 - 03:01 | Português | |
Poesia/Soneto | Ciúmes IV - Reciprocidade | 0 | 1.658 | 10/21/2011 - 23:41 | Português | |
![]() |
Videos/Música | Ruídos que eu escuto enquanto eu escrevo | 0 | 3.556 | 10/21/2011 - 23:34 | Português |
![]() |
Videos/Música | Ruídos que eu escuto enquanto eu escrevo | 0 | 3.201 | 10/21/2011 - 23:33 | Português |
Poesia/Dedicado | Cretinagem Alheia | 2 | 2.731 | 10/21/2011 - 18:52 | Português | |
Poesia/Soneto | Beijo de boa noite III | 2 | 961 | 10/19/2011 - 22:17 | Português | |
Poesia/Amor | Amar feito tu me amas | 0 | 1.315 | 10/19/2011 - 19:16 | Português | |
Poesia/Soneto | Te re-encontrar | 2 | 1.163 | 10/19/2011 - 19:15 | Português | |
Poesia/Amor | Opostos | 0 | 1.363 | 10/19/2011 - 19:13 | Português | |
Poesia/Amor | Amar feito tu me amas II | 0 | 1.874 | 10/19/2011 - 19:12 | Português | |
Poesia/Soneto | Tributo a Augusto dos Anjos XVI - Judas III | 0 | 1.637 | 10/17/2011 - 21:26 | Português | |
Poesia/Soneto | Tributo a Augusto dos Anjos XV - Judas II | 1 | 2.651 | 10/14/2011 - 22:18 | Português | |
Poesia/Soneto | Tributo a Augusto dos Anjos XIV - Judas | 2 | 2.277 | 10/14/2011 - 21:44 | Português | |
Poesia/Desilusão | Estrelas de prata | 4 | 2.440 | 10/10/2011 - 20:41 | Português | |
Poesia/Paixão | Dueto IV | 3 | 1.787 | 10/06/2011 - 17:20 | Português | |
Poesia/Amor | Te amar | 2 | 1.533 | 10/04/2011 - 20:44 | Português | |
Poesia/Paixão | Versos chocólatras IV - V - VI | 0 | 2.090 | 09/19/2011 - 21:26 | Português | |
Poesia/Amor | Redondilhas | 0 | 2.019 | 09/19/2011 - 00:20 | Português | |
Poesia/Soneto | Tributo a Augusto dos Anjos XI - Crise Existencial II | 0 | 1.785 | 09/18/2011 - 00:06 | Português | |
Poesia/Soneto | Sobre o nosso (muito mais do que muitíssimo breve) primeiro beijo | 0 | 2.567 | 09/17/2011 - 18:31 | Português | |
Poesia/Soneto | O amor... III | 0 | 1.447 | 09/17/2011 - 18:27 | Português | |
Poesia/Soneto | Pássaros de perfume II.I | 0 | 1.612 | 09/17/2011 - 18:24 | Português | |
Poesia/Soneto | Votos III | 0 | 2.336 | 09/17/2011 - 18:22 | Português | |
Poesia/Soneto | Beleza da tentação | 0 | 994 | 09/17/2011 - 18:21 | Português |
Comentários
Cosmos
Sentem-se assim diante da grandiosidade do céu, esquecendo... Renegando! a grandiosidade que cada um carrega dentro de si.
E muito obrigado por ler, amiga Suêdy ((:
Pequenos somos diantes desTe
Pequenos somos diantes deste imenso universo!E a vida humana é quase nada em relação aos céus!
Belo poema!