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A Vida
Eu sei que estou vivo
Porque ainda faço coisas que me permitem apreciar a vida
Se um dia me roubam o sabores, cheiros, o toque dos amores
Perco-me, e desapareço da minha vista.
“Se eu souber que algo que tu faças vai matar alguém e não te impedir, isso faz de mim o assassino e de ti a arma?”
“E se esse alguém estiver a morrer? E nada do que possas fazer, te permite evitar que morra… mas mesmo assim, aquilo que fizeste, acabou por matar… não é a morte apenas “Morte”?”
“Se eu segurei a mão de alguém durante o seu ultimo suspiro… para que não morresse só, será que lhe tornei a passagem mais fácil, ou apenas dificultei a minha vida?”
“E… se eu chorar… serei fraco… ou apenas humano…? “
É proibido matar.
É permitido sofrer.
É tabu falar de eutanásia.
É macabro ver alguém morrer.
É estranho mexer em cadáveres.
É inútil tentar seja o que for, por vezes.
É segredo saber lidar com a morte dos outros.
É impossível ser objectivo depois de sentir certas emoções.
Morrer de cancro do pulmão com metástases espinhais numa cama de medicina à 1:36 da manhã com um enfermeiro a dar-vos a mão depois de administrar a ultima dose de analgésicos prescritos pela equipa médica… é… digam-me vocês… o que é?
PS: Desculpem a categoria e o titulo, mas foram propositadamente para enganar.
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Comentários
Obscuramente humano e
Obscuramente humano e forte.
Abraço.
Vitor.
apenas humano
Estás desculpado, pois nunca me soube tão bem ser enganado!!!
Um poema fatal qual o seu contexto, uma forma bastante interessante de fintar os sentimentos que a morte nos espeta na alma!!!
:-)
Muito obrigado Enrique.
Muito obrigado Enrique.
Sem dúvida um texto
Sem dúvida um texto instigante ...
até onde vai o limite do ser humano ?
até onde ele não vai , fica parado na estação da vida ?
Excelente reflexão !!!!
beijos
Susan
O problema não é estar
O problema não é estar parado, é estar preso...
Obrigado pelo comentario.