CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

Codinome Lampião

O meu nome é Virgulino O lagarto nordestino Ouça bem o que lhe digo O cangaço é meu quintal Meu sobrenome é perigo Vai logo me dando essas moedas Vai logo rezando á padre Ciço Foi com Antônio e Levino Com meus irmãos eu aprendi Que no cangaço o homem Tem que ser macho No cangaço o homem Não pode dormir Leão valente e cangaceiro Macho de todas as maneiras Foi assim que eu me apresentei Na tropa do sinhô Pereira Vendo o sofrimento de meu povo Nas mãos do crime eu cai Na casa da baronesa De água branca eu bebi Peguei o bicho pelo pescoço Prendi Antônio Gurgel Um frio na espinha desceu pelas costas Me gelando a boca do céu Numa agonia de dá dó Foi dois de uma vez só Perdi Colchete e Jararaca Na invasão á Mossoró O calango escondido Não aceitou a derrota Mas tive que esperar Pois Pernambuco, Paraíba E Ceará, estavam á me caçar Atravessei o São Francisco Com cinco cabras na mão E foi lá na Bahia Que eu me levantei do chão Um certo dia escondido Na fazenda de um coiteiro Foi lá que encontrei Meu amor verdadeiro Só tinha um problema Era a mulher do sapateiro Fugiu comigo em nome desse amor Enchendo meu coração de alegria Maria Déia, cheia de ideia Flor nordestina Na caatinga Debaixo de um umbuzeiro Nasceu minha filha Expedita Lindo anjo vindo do céu Á iluminar minha vida Com minhas roupas de Napoleão Feitas pelas minhas mãos de artesão Apresentei meu bando e minhas cartucheiras Ás lentes de Abrão O meu olho que vazava Dr: Bragança arrancou Confesso tive medo Mas não senti nenhuma dor Meu destino tava chegando Senti meu peito sangrar João Bezerra e Aniceto Rodrigues Vieram me atocaia Vi cai Quinta-feira Vi cai Mergulhão Vi cai Enedina De joelho no chão Vi Moeda e Alecrim No rabo do foguete Vi cai Macela Vi cai Colchete Antes de dar meu último suspiro Pensei no meu amor Onde tá Maria Bonita? Minha amada Minha flor Fui Virgulino Ferreira da Silva Codinome Lampião Vivi, amei, e morri Nos braços do Sertão Se fui herói ou bandido Deixo aqui esta questão Mas quem luta por igualdade Merece consideração

Sandro Kretus

Submited by

domingo, fevereiro 1, 2009 - 15:07

Prosas :

No votes yet

kretus

imagem de kretus
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 11 anos 48 semanas
Membro desde: 08/30/2008
Conteúdos:
Pontos: 179

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of kretus

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Poesia/Amor O deslize da mulher rendeira 1 565 03/03/2010 - 02:23 Português
Poesia/Geral Bacamarte apaixonado 1 448 03/03/2010 - 02:23 Português
Poesia/Geral Oráculo dos tigres 1 404 03/03/2010 - 02:22 Português
Poesia/Soneto Navegante 3 315 02/28/2010 - 13:41 Português
Poesia/Soneto A flor mais bela 2 405 02/28/2010 - 13:41 Português
Poesia/Soneto Estar contigo 1 465 02/28/2010 - 13:40 Português
Poesia/Soneto O navegante e a flor 1 356 02/28/2010 - 13:39 Português
Poesia/Soneto Mensageira das violetas 1 406 02/28/2010 - 13:39 Português
Poesia/Geral Noite 1 446 02/28/2010 - 13:33 Português
Poesia/Geral Prisma 1 329 02/28/2010 - 13:33 Português
Poesia/Amor Ardente coração 1 388 02/28/2010 - 13:32 Português
Poesia/Gótico O gótico 1 362 02/28/2010 - 13:32 Português
Poesia/Geral A poesia 1 397 02/28/2010 - 13:32 Português
Poesia/Geral A farra do rato 2 674 11/28/2009 - 23:13 Português
Poesia/Soneto Almas gêmeas 2 453 10/26/2009 - 21:17 Português