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Codinome Lampião

O meu nome é Virgulino O lagarto nordestino Ouça bem o que lhe digo O cangaço é meu quintal Meu sobrenome é perigo Vai logo me dando essas moedas Vai logo rezando á padre Ciço Foi com Antônio e Levino Com meus irmãos eu aprendi Que no cangaço o homem Tem que ser macho No cangaço o homem Não pode dormir Leão valente e cangaceiro Macho de todas as maneiras Foi assim que eu me apresentei Na tropa do sinhô Pereira Vendo o sofrimento de meu povo Nas mãos do crime eu cai Na casa da baronesa De água branca eu bebi Peguei o bicho pelo pescoço Prendi Antônio Gurgel Um frio na espinha desceu pelas costas Me gelando a boca do céu Numa agonia de dá dó Foi dois de uma vez só Perdi Colchete e Jararaca Na invasão á Mossoró O calango escondido Não aceitou a derrota Mas tive que esperar Pois Pernambuco, Paraíba E Ceará, estavam á me caçar Atravessei o São Francisco Com cinco cabras na mão E foi lá na Bahia Que eu me levantei do chão Um certo dia escondido Na fazenda de um coiteiro Foi lá que encontrei Meu amor verdadeiro Só tinha um problema Era a mulher do sapateiro Fugiu comigo em nome desse amor Enchendo meu coração de alegria Maria Déia, cheia de ideia Flor nordestina Na caatinga Debaixo de um umbuzeiro Nasceu minha filha Expedita Lindo anjo vindo do céu Á iluminar minha vida Com minhas roupas de Napoleão Feitas pelas minhas mãos de artesão Apresentei meu bando e minhas cartucheiras Ás lentes de Abrão O meu olho que vazava Dr: Bragança arrancou Confesso tive medo Mas não senti nenhuma dor Meu destino tava chegando Senti meu peito sangrar João Bezerra e Aniceto Rodrigues Vieram me atocaia Vi cai Quinta-feira Vi cai Mergulhão Vi cai Enedina De joelho no chão Vi Moeda e Alecrim No rabo do foguete Vi cai Macela Vi cai Colchete Antes de dar meu último suspiro Pensei no meu amor Onde tá Maria Bonita? Minha amada Minha flor Fui Virgulino Ferreira da Silva Codinome Lampião Vivi, amei, e morri Nos braços do Sertão Se fui herói ou bandido Deixo aqui esta questão Mas quem luta por igualdade Merece consideração

Sandro Kretus

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domingo, fevereiro 1, 2009 - 16:07

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