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Desesperada...
Estou num lugar estranho. Sinto-me presa, completamente amarrada. Mas não sinto qualquer tipo de cordas a prenderem-me os movimentos. Se estivesse realmente amarrada, teria dores nas mãos, mas tal não acontece. Sinto as mãos a tentarem arranjar espaço suficiente para me conseguir mexer, mas mesmo assim as minhas mãos continuam a tentar mexer-se. Quero ver o que se passa contigo. Porque estou num compartimento tão feito à minha medida. É quase como se me tivessem tirado as medidas, mas não de uma forma positiva. As minhas mãos continuam a tentar. Desesperadas por serem livres querem perceber onde é que estou.
Nem um pingo de luz existe naquele lugar. Estou deitada, porque não me sinto a fazer força nos pés. Mas quase que estou espalmada, tal é o espaço que tenho naquele sítio.
"Onde estou? Socorro! Ajudem-me! Alguém?" -Era simplesmente o que dizia. Não tinha forças.
Qualquer que fosse a força que dantes tivera, a cada segundo que passava perdia mais e mais a força que tanto me caracterizava. Porque não consigo reagir. Preciso de me mexer, preciso de respirar. Preciso de sair daqui. Mas como? Começo a sentir-me mais cansada. É como se tivesse acabado de correr uma maratona. Como se tivesse acabado de empurrar um carro pela maratona fora. Era um cansaço anormal. Apesar de me sentir fraca, apenas queria gritar. Nao quero mais ficar aqui.
"Por favor, tirem-me daqui!! Eu vou morrer!" -Gritava cada vez mais baixo.
O ar estava a esgotar-se. Entrei em pânico. Num minuto tinha ar puro para respirar, noutro estava num lugar escuro, pequeno e repleta de ar usado. O que posso fazer? Simplesmente, deixar-me ir.
Então fechei os olhos e esperei que o meu corpo deixasse de lutar. Eu queria deixar de lutar. Estava cansada e finalmente percebi que com a tentativa de me salvar apenas desperdicei mais e mais ar precioso. Nunca dera valor ao ar que respirava, mas agora, no fim da sua efémera vida, percebera o quão importante era o ar. MAs agora, essa conclusão não iria ser partilhada com todos aqueles de quem gostava. Iria morrer entretanto. Sabia e sentia isso. Era impossível não saber. Só esperava era que fosse indolor. Nunca quisera uma morte lenta e dolorosa.
Finalmente, dei o meu último suspiro, a última inspiração e expiração. Não havia mais nada a fazer, se não sorrir. Afinal não doía. Parecia que finalmente tinha atingido a tão merecida paz...
Até mais
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Comentários
apenas queria gritar
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.
Desesperada
Em alguns momentos de nossas vidas,esse sentimento existe e parece ser tão real,que realmente nos sufoca.
Abraços
http://deborabenvenuti13.blogspot.com.br - LUAR DE OUTONO