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Dezastres 1ªpart

Senti aqueles olhos verdes pousados em mim, ela estava irritada conseguia senti-lo. E sabia perfeitamente que ela não me queria ver a frente nem pintado de ouro, os seus olhos trespassavam-me como duas flechas mas isso não me abrandou… tinha que falar com ela de qualquer maneira, não ia deixar que isto acontecesse… não agora, estou decidido a que ela me oiça e não vou deixa-la partir sem antes esclarecer tudo… não o vou fazer…
- como é que ainda te atreves a aparecer aqui?! Afinal ainda és mais otário do que eu pensava – a sua voz estava mais fria que gelo ceco
- Ângela…
- é que nem digas nada Tom, desaparece! Pira-te! Ou ainda não percebeste que eu não te quero ver a frente muito menos desperdiçar o meu latim com quem não merece – ela virou-me costas e começou a andar mas como já referi estou decidido a esclarecer tudo, agarrei-lhe o pulso e virei-a para mim
- Ângela temos que falar
- ai temos!? Sobre o quê!? Sobre o simples facto de me teres posto o maior par de cornos alguma vez visto em toda a história?! É para me atirares isso a cara é? Pois eu dispenso… mas parabéns sempre conseguiste ganhar a aposta não foi? Então agora que já não tens que provar nada a ninguém deixa-me em paz!
- não foi nada disso, tu percebeste tudo mal
- ai foi?! Então vais-me dizer que não apostas-te em como conseguias andar comigo? Ou então que não andas-te a comer mais de metade das gajas da universidade enquanto supostamente namorávamos!? Poupa-me Tom!
- e não andei! Como é que ainda não percebeste que só nos querem e separar?!
- poupa-me!
- fodasse Ângela estou a dizer-te a verdade!! Achas que se não gostasse realmente de ti estava me dava ao trabalho de vir atrás de ti?! Achas mesmo!? Fogo tu conheces-me… olha para mim, olha-me nos olhos e diz-me se eles te mentem!
- Tom para com isso. Não te enterres mais!
- faz o que te peço… olha-me nos olhos e diz-me que nunca mais me queres ver a frente – ela olhou-me nos olhos, conseguia ver o quão magoada e irritada estava e o pior de tudo era saber que ela se encontrava assim por causa de uma mentira.
- Eu nunca mais te quero ver a frente! Desaparece da minha vida de uma vez por todas! – as palavras dela atingiram-me como facadas no coração, conseguia ver as lágrimas a formarem-se nos seus olhos, conseguia sentir os meus a ficarem húmidos… não posso deixar isto acontecer… não posso deixar que nos separem por uma estúpida invenção…
- Ângela…
- ouviste o que eu disse, agora deixa-me em paz… - ela deu meia volta e seguiu o seu caminho, não sei porque mas os meus pés recusavam-se a descolar do chão, o meu cérebro recusava-se a interiorizar aquilo que ela me havia dito, tinha vontade de gritar, mas as minhas cordas vocais recusavam-se a funcionar, o meu corpo recusava-se a reagir…
Começou a chover, não sei quanto tempo fiquei ali parado a chuva a olhar para o local onde ela havia estado a bocado… quando finalmente voltei a ter controlo do meu corpo, arrastei os meus pés no caminho de casa, de cara baixa caminhava pela rua não me preocupando com o facto de estar ensopado, não me preocupando com absolutamente nada. Quando cheguei a casa meti a chave a porta, num gesto automático, assim que entrei o meu irmão veio logo ter comigo.
- como e que foste capaz de fazer uma coisa daquelas a Ângela?!
- também tu!? Eu não fiz nada! Mas será que ninguém percebe que isso foi tudo inventado para me tramarem!?
- Tom não me mintas
- Fodasse eu não te estou a mentir caralho!
- Como é que queres que eu acredite em ti, se tens a fama que tens?!
- Como é que és capaz de me perguntar uma coisa dessas?! Eu sou teu irmão gémeo, era suposto acreditares em mim!! Porque é que toda a gente insiste dizer que eu estou a mentir?!
- Perguntando!! Já não sei sinceramente se te conheço ou não, se hei-de acreditar em ti ou não!
- Olha sinceramente faz como quiseres, não estou para ouvir o meu próprio irmão gémeo a duvidar de mim, já me bastou ter perdido a Ângela por uma mentira! – digo virando costas ao meu irmão e indo para o meu quarto fechando a porta atrás de mim com uma brutalidade
Como é que até o meu próprio irmão gémeo consegue acreditar nos outros do que em mim?! Ele, o único que me devia apoiar e ajuda, esta contra mim, já não sei o que fazer!! A Ângela não acredita em mim, por mais coisas que possa dizer, por mais coisas que possa fazer para tentar provar que não fiz nada, nada apaga o que ela pensa e o que sente por mim neste momento . As palavras que ela me disse atingiram-me como se fossem facas afiadas que me estivessem a cravar no coração. Eu juro, juro que assim que descobrir quem foi o cabrao que teve a brilhante ideia de espalhar este rumor pela universidade lhe vou aos cornos… ele vai ficar tão desfigurado que nem a mãezinha dele o vai reconhecer….
Peguei no maço de tabaco e dirigi-me à varanda apoiei-me no parapeito enquanto fumava o primeiro cigarro, olhei as estrelas que se faziam notar agora que as nuvens haviam partido. Quem é que terá sido? E porque é que me fizeram uma coisa destas?
Como que em resposta ao meu pensamento o meu telemóvel deu sinal de ter recebido uma mensagem. Agarrei automaticamente nele e abri a mensagem
@sms@
Que tal é veres a tua vidinha perfeita a ser desmoronada?
Prepara-te Tom este é só o inicio da tua desgraça
@fim sms@
A mensagem era anónima, quem quer que a tivesse mandado estava decidido a estragar-me a vida… eu vou descobrir quem és ai vou, vou.

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sexta-feira, maio 7, 2010 - 17:25

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