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"Doravante de quase uma vida e meia..."
"Doravante de quase uma vida e meia..."
Copyright © 2012 Silvie Wacknbath
Assim temos a terra na sua pertinaz neutralidade, o vento a embala por definição num rochedo improvável sem mordaça.
Pelo sim ou pelo não, de uma calma guerra para uma inquieta paz numa oferta, lenta como desafio entre a diferença da palavra quente e a palavra frio.
Jorra um anel de sangue manso, turvo numa doravante de quase uma vida e meia gasta em vão...
Sente-se um tão pouco amor e uma inexistência cruel de valores, numa era de negrume em duros desgostos,
desfrutados no silêncio da noite e num parir azedo de um novo dia.
O núcleo da terra-mãe assemelha-se a um cancro vivo mas doente que, sente a dor quando as suas entranhas amam incondicionalmente
as ervas daninhas da superfície.
É a sirene que as lágrimas humanas despoletam que iniciam solstício dormente entre brasas secas e cifras húmidas que tilintam.
Digam-me poetas, que marcas a vossa "mãe" vos cravou no dorso á nascença e qual a dor que se vos revê no peito erguido de frágil carne?!!!
Será que a dor jaz no que todos vós "cantais"? ou nas palavras gotejadas de faúlhas que hoje por entre dentes soletrais?!
É tudo uma mera ciência de carniça aguada onde impera a dura fome do ser...
A terra-mãe, (mãe de uma filha apelidada de "vida"), adoeceu num parto tempestuoso, de tempo grado, numa névoa grassa de um barco
imanejável.
Diz a mulher de Adão que ela é o que resta no aceso do último candelabro...
Enquanto Adão ruma a um poente sem fim destinado...
As mãos do homem são frias numa escuridão dispersa, sem um rude regresso de vida.
Ouvem-se os gritos alados dos seres da fome, estão de joelhos sangrentos e doridos, de pés gretados e descalços,
sobre íngremes calçadas sem cruzamento.
As suas vestes estão rasgadas e os seus corpos desnudos de esperança!!!
Mas os seus olhos cansados ainda enxergam...
O olho esquerdo esperancia alimento para combater um longo e penoso jejum de humanismo...enquanto o olho direito ainda possuiu uma réstia de amor.
O tal nobre sentimento que se espelhou numa raça em extinção, que se arrasta desde os primatas até aos clones robotizados e futurescos.
A vida ainda tem forças para dar passos pequenos e irregulares contra a peneira dos preconceitos,
envolta numa fogueira de autenticas vaidades!!!
Esta ainda se agarra á "mãe", percorrendo anos luz de um campo cru, mas pouco evolutivo e incerto, perante o ar que há muito lhe falta!
Respira o "cianeto" de uma fome injusta, prolongadamente desumana que outros lhe trouxeram.
A vida sente o pulsar lento de uma inevitável morte...!
A "mãe" , a sua verdadeira e fiel progenitora ainda procura embalo protector na lua, mas também ela mudou o seu rumo mesmo estando moribunda
por tão grande falta de luz e alimento.
Então o núcleo da mesma abre-se e engole a vida (sua eterna filha) para as suas tenras entranhas.
Talvez um dia a "mãe" possa libertar novamente esta filha, mas enquanto ali permanecer a vida jamais sentirá a dor da fome humana,...
A fome que um dia matou o que havia sido recriado á sua semelhança, num espelho de dupla face chamado esperança!!!
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