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ENVELHECER


Por que é tão difícil aceitar a flacidez da pele cansada do excesso de vida?
As rugas que sulcam o nosso rosto e a flacidez que se desliza sobre o corpo estampam a vivência desenhada pelo tempo. Por que isso fere as nossas retinas tal qual alguma doença contagiosa? A vida vivida não é sinônimo de feiúra, de cansaço, de senilidade. É a beleza esculpida pelo tempo em nosso corpo. A rugosidade das mãos é poesia escrita sem palavras. As rugas são versos eufônicos que compõem o poema do corpo.
A musicalidade está nos gestos, na generosidade da forma esculpida, no semblante da paz consentida pelo discernimento aparente.
Já não há batalhas travadas nos olhos, porque o olhar descansa na beleza dos detalhes, na pureza do instante.
Envelhecer não é uma palavra tão difícil de pronunciar.
En-ve-lhe-cer. No tempo exato de cada um será possível
entender-lhe melhor o significado.
Envelhecer. Há muito mais poesia nesse verbo do que possa parecer. Mesmo sendo brancos os versos, assim como os cabelos que se tingem de prata antes de virarem ouro. Poesia de viver.

 

 

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quinta-feira, março 10, 2011 - 20:38

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Elizabeth F de Oliveira

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