ERA UMA VEZ...

Era uma vez um menino lindinho, tão pequeno mas tão grande, do coração que tinha. Este menino, de carne e osso, igual a tantos outros, era diferente, pois vivia no mundo isolado dos sonhos.
Tinha pai e irmãs, que a seu lado, tentavam conquistar o espaço intemporal da saudade.
E, gostavam muito dele!
À noite, a estrela guia MÃE olhava por todos e lhes enviava raios de luz para que durante o novo dia pudessem ultrapassar as adversidades da vida.
Cada um, por si só, explorava o mundo de maneiras distintas e apesar de, muitas vezes, as irmãs invocarem o menino, ele, quase sempre estava indisponível.
De tanto que gostava de brincar à noite, com os amigos! Quanto muito, lá se esforçava, sem pontualidade, pertencer ao grupo de irmãos, que muito contentes ficavam mas insatisfeitas das sistemáticas ausências desse menino.
O menino vive no mundo da fantasia, que as irmãs conhecem mas não vivem e não compreendem a felicidade excessiva e excêntrica do menino. Porque a felicidade encontra-se nas mais pequenas coisas e por vezes, através das menos boas aprende-se a tirar partido das melhores. Porque no mundo dos adultos, escolhemos ser crianças sempre que podemos, para depois voltarmos à realidade e continuar o nosso caminho.
Não faz sentido ser sempre pequenino.
E somos nós que atraímos tudo o que temos.
Do outro lado da ponte, vimos as duas irmãs que acenam...
O menino?! Continua lá...

Carmen Ezequiel :-?