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As Filhas do Sapateiro VIII (A Jovem Mãe)

A Jovem Mãe

Entoava por todo o Castelo o som de harmoniosas flautas anunciando um dia de festa. Repletas de viajantes, as ruas enchiam-se de pessoas que vendiam e compravam, viajantes e ciganos e outros fiéis e menos fiéis, em romaria, uns abancavam, outros empurravam e gritavam tentando a todo o custo sentar no melhor lugar que lhes permitira ver a procissão passar.
Festa na rua, festa em casa. E a Casa Grande também abriu as portas e recebeu a procissão como havia de convir nessas circunstâncias.

Porém o ar festivo que se respirava dentro de casa, não era o mesmo ar para todos. Algum ar parecia o odor dos estábulos onde dormem os cavalos e raramente é limpo. Esse era o ar em que a jovem mãe já sem forças para o respirar, suplicava diariamente para ver o marido. Os ignorados apelos massacravam o seu coração e despedaçavam lentamente o seu corpo que se definhava à medida que a solidão a empurrava contra a loucura amarga dos seus dias. Quando o sal secou por completo as suas lágrimas, e a escassez de água se sumiu por entre as veias, desistiu de implorar. Ao mesmo tempo que deixou de esperar, também deixou de o sentir.

(continua)

Carla Bordalo

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domingo, março 21, 2010 - 08:11

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mariacarla

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Comentários

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Re: As Filhas do Sapateiro VIII (A Jovem Mãe)

Incrivel a facilidade de "visualmente" entrarmops na história e por lá permanecermos.

Muito fortes e intensas as personagens.

A saga aproxima-se do fim

Fiel seguidor!

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