CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
NIILISMO, NIHIL - Filosofia Sem Mistérios - Dicionário Sintético
NIILISMO – do Latim “NIHIL” = nada. Doutrina filosófica que nega a existência do “Absoluto”, seja como “Verdade”, seja como “Valor Ético”. Também nega a Existência de Deus, pois se Ele existe por si mesmo, sem ter sido causado por qualquer outra coisa, é “Absoluto”, portanto, inexistente. Consequentemente afirma que tudo é Relativo e dependente de outros para existir. Não há nada que exista por si mesmo, que tenha em si próprio o motivo (a Causa) de Ser ou Existir. O termo “Niilismo” foi usado pelo filósofo Nietzsche (1844/1900, alemão nascido na Prússia) para designar o que considerava ser o sinal da decadência européia, a ruína dos valores tradicionais que a civilização ocidental consagrou como perfeitos durante o século XIX e inicio do século XX. Para o filósofo (que alguns classificam mais de Poeta e menos de filósofo) essa degeneração sinalizava a descrença em um Futuro ou em um Destino glorioso. Posição contrária à daqueles que enxergavam no “Progresso da Civilização” o motivo para se manter a esperança de dias vindouros melhores. Nietzsche também se valeu do termo “Niilismo” para “decretar a morte de Deus”; pois como já se disse, essa doutrina não admite qualquer noção de “Absoluto”, inclusive a Divina. Se a decadente Europa já ostentava sua situação Niilista, o “seu Deus” já não existia. Morrera. E com Ele, a crença em qualquer fundamento, ou base Metafísica para as questões Éticas, Estéticas, Sociais, Morais etc. Todavia, o Niilismo nietzschiano não parava na simples constatação de que “tudo sucumbira”, que “tudo acabara”. Não estacionava na constatação que o “Nada” era o único sobrevivente (sic); até porque, nesse caso o “Nada” seria “Absoluto”, logo não poderia existir, conforme estabelecia a noção Niilista. Nietzsche propôs então novos “Valores” que, segundo ele, eram “Afirmativos da Vida”, da “Vontade Humana”. Capazes de superar as antigas e falsas bases Metafísicas, libertando o Homem dos grilhões que o prendem à “Moral do Rebanho”; isto é, ao comportamento resignado, dócil, covarde (segundo ele) ante as adversidades, por imaginar que as mesmas são imposições de Deus. E também libertar da atitude de seguir o grupo (ou o rebanho) sem qualquer questionamento; a anulação individual para contar com a “segurança do grupo”; a covardia dos carneiros que aceitam o jugo de outrem e as outras formas de submissão que são pregadas como “virtude” pelo Cristianismo. Os novos valores, conforme Nietzsche estariam acima e “Além do Bem e do Mal”; ou seja, acima e além do que prega a “Moral Cristã”, que sempre foi objeto de sua ira, pois ele lhe debitava “o sepultamento dos instintos” que conferem prazer aos indivíduos mais fortes, enquanto depura (sic) a Humanidade dos indivíduos mais frágeis e inaptos. Essas posições de Nietzsche são consideradas por alguns como incentivadoras de doutrinas racistas, nazistas e congêneres. Outros alegam que não, pois só tratam do plano teórico. É uma discussão que não prevê um final imediato e deixo ao (a) leitor (a) o julgamento que melhor lhe parecer. Outra aplicação ao termo “Niilismo” foi dada pelo escritor russo IVAN TURGUENIEV, que em sua obra “Pais e Filhos” usou-o com o significado de “ação revolucionária” dos intelectuais que a executariam por iniciativa própria e solidariamente, para fazer oposição à autocracia1 russa. Recomendava o escritor que atos terroristas fossem praticados como forma de luta, a qual visava exterminar (ou tornar “nada”) as tradicionais e injustas relações sócio-econômicas-politicas. 1-Autocracia – Governo de
Submited by
Prosas :
- Se logue para poder enviar comentários
- 2163 leituras
Add comment
other contents of fabiovillela
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Tristeza | A Maria do Crack | 0 | 1.631 | 07/22/2014 - 15:48 | Português | |
Poesia/Amor | Quadrantes | 0 | 902 | 07/21/2014 - 15:15 | Português | |
Poesia/Amor | Tudo | 0 | 682 | 07/20/2014 - 02:11 | Português | |
Prosas/Outros | Spinoza e o Panteísmo - Parte I | 0 | 690 | 07/19/2014 - 17:10 | Português | |
Prosas/Contos | Rubenito Descartes | 0 | 2.462 | 07/18/2014 - 23:45 | Português | |
Poesia/Amor | Aconteceu | 0 | 1.656 | 07/18/2014 - 17:19 | Português | |
Prosas/Outros | Schopenhauer e o Idealismo Alemão - Parte XIV - Considerações Finais | 0 | 3.108 | 07/17/2014 - 16:22 | Português | |
Prosas/Outros | Schopenhauer e o Idealismo Alemão - Parte XIII - A Sobrevida da Espécie | 0 | 1.156 | 07/16/2014 - 16:15 | Português | |
Poesia/Tristeza | Lamento | 0 | 954 | 07/15/2014 - 15:00 | Português | |
Prosas/Outros | Com mais amor. Com mais orgulho. | 0 | 1.363 | 07/14/2014 - 23:44 | Português | |
Prosas/Outros | Schopenhauer e o Idealismo Alemão - Parte XII - O Extase Religioso | 0 | 2.370 | 07/14/2014 - 15:44 | Português | |
Prosas/Outros | Schopenhauer e o Idealismo Alemão - Parte XI - A Arte | 0 | 1.237 | 07/11/2014 - 16:15 | Português | |
Prosas/Outros | Schopenhauer e o Idealismo Alemão - Parte X - O individuo genial. | 0 | 1.913 | 07/09/2014 - 16:23 | Português | |
Prosas/Outros | Schopenhauer e o Idealismo Alemão - Parte IX - A Sabedoria da Vida | 0 | 2.226 | 07/07/2014 - 16:11 | Português | |
Poesia/Dedicado | Com muito orgulho e com muito amor | 0 | 599 | 07/06/2014 - 16:51 | Português | |
Poesia/Amor | Prenúncio | 0 | 434 | 07/04/2014 - 16:16 | Português | |
Poesia/Tristeza | Elos | 0 | 1.214 | 07/01/2014 - 15:42 | Português | |
Prosas/Outros | Schopenhauer e o Idealismo Alemão - O Suicidio - Parte VIII | 0 | 3.408 | 06/30/2014 - 21:53 | Português | |
Poesia/Amor | Sophie | 0 | 892 | 06/29/2014 - 18:15 | Português | |
Prosas/Outros | Schopenhauer e o Idealismo Alemão - Parte VII | 0 | 1.327 | 06/29/2014 - 15:59 | Português | |
Prosas/Outros | Schopenhauer e o Idealismo Alemão - Parte VI | 0 | 984 | 06/27/2014 - 21:57 | Português | |
Poesia/Amor | A canção de Saigon | 0 | 1.405 | 06/25/2014 - 16:56 | Português | |
Poesia/Geral | Cantares | 1 | 837 | 06/24/2014 - 19:56 | Português | |
Poesia/Amor | A Estrela da Noite Fria | 0 | 1.191 | 06/22/2014 - 16:17 | Português | |
Poesia/Amor | A Volta | 0 | 686 | 06/20/2014 - 16:15 | Português |
Comentários
Re: Filosofia Sem Mistérios - Dicionário Sintético
acho inclusive que o Niilismo é presente mais que nunca nos tempos de hoje... temos todos elementos niilistas em outra dosagem... ultra-moderno!
enfim, bem lembrado integrar o conceito Niilismo na sua seleta!
Parabéns!