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Filosofia Sem Mistérios - Dicionário Sintético
ANIMISMO – esse nome debutou no cenário da filosofia em 1934, graças a TYLOR que o expôs em sua obra “PRIMITIVE CULTURE”. O filósofo usou-o para dar nome às crenças dos Homens primitivos que acreditavam que todas as Coisas eram “Animadas”; ou seja, vivas. Dessa crença surgiu a Corrente que buscava explicar todos os fatos e acontecimentos como resultados das Forças ou Princípios (animados) existentes nas Coisas e nos Seres. Para TYLOR, esse Animismo deveria ser tido como o precursor da Metafísica (ou sobrenatural) e das Religiões na medida em que se acreditava em Potências (Forças) situadas Além ou Acima da Matéria. Para ele, a primeira e principal ocupação do Homem Primitivo era explicar de algum modo os fatos que aconteciam ao seu redor e como nem sempre os acontecimentos provem de uma Causa sensível (que pode ser Sentida, captada pelo Homem através da visão, do olfato, do tato, do paladar ou da audição) ou é resultado de um Processo conhecido, nossos Ancestrais lançaram mão do recurso de atribuir as Causas, os Motivos e as Conseqüências aos “deuses”, que não eram outros senão alguns animais, certas plantas, algumas rochas, à água, ao fogo. etc. Embora ilógica e indemonstrável era a “explicação” possível e que os satisfazia. Posteriormente essa tese de TYLOR foi derrubada pela observação sociológica que indicava que a primeira preocupação do Homem Primitivo não era explicar os Fenômenos, mas sim cuidar da sua própria conservação. Tanto no que tange à busca por alimentos, quanto à procura por abrigo contra as intempéries e os animais da época. Por conseqüência, as “questões filosóficas e/ou religiosas” só eram estudadas se houvesse relação direta entre as mesmas e as urgências cotidianas, ou então quando houvesse tempo de sobra, como foi no Mundo antigo, especialmente na Grécia Clássica que pôde montar seu esplendido arcabouço filosófico graças ao trabalho escravo que permitia aos seus cidadãos o tempo necessário aos estudos. Para alguns estudiosos, aliás, a Religião primitiva vinculava-se muito mais com a Magia que tinha a missão de responder pelo Sobrenatural (ou Metafísico). Seria a Magia, por conseguinte, a verdadeira matriz das Religiões atuais.
Atualmente traços do Animismo podem ser vistos em rituais onde são veneradas as “Forças da Natureza”, as “Energias Telúricas (ou da Terra); ou então, no dia a dia, através dos remédios homeopatas que servem a “Essência” de certa planta ou de outra matéria. Ou, então, através do uso dos “Florais”, da crença em Astrologia e outras congêneres.
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