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Na Segunda-Feira eu não fui pra USP
Querida professora, eu não andei com os livros que a senhora pediu embaixo do sovaco, portanto não tenho muito o que escrever nessa prova de portugues e vou te encher o saco com as minhas histórinhas.. Segunda-feira eu não fui na excursão que você marcou, e você sabe porque viu uma baixinha com um moleton preto desbotado passar quase correndo em sentido contrario à escola do outro lado da rua. Pois é, eu ia pra banca comprar um cigarro, não sou muito de fumar mas naquela segunda eu estava nervosa. O dia já havia começado anormal, minha mãe deixou a moto na revisão e não poderia me levar pra escola como de costume. Peguei o ônibus, lotado como sempre, mas pelo menos de manhã as pessoas ainda estão cheirosas. Uma garota da minha sala estava no onibus e perguntou se eu ia na excursão. "QUE EXCURSÃO!?", "A que a Professora marcou sexta feira pela internet, pra USP". Bem, eu não tinha nem autorização, nem dinheiro, nem motivo e nem vontade para ir. Desci na rua butanta e aquela gostosa mistura cinza e fedorenta me saudou. o cinza do céu, da fumaça dos carros, do fedor, dos mendigos jogados pelos cantos, o cinza nos olhos das pessoas que consideram aquilo seu habitat natural. Porra será que ninguem percebe o quanto isso é absurdo? Pensei em tudo isso enquanto caminhava para a escola. Meu namorado estava sentado do outro lado da rua com a amiga gorda dele. E eu já sabia, já sabia que terminaria com ele naquele dia. "Merda, porque terminar um namoro tem que ser tão dificil?" Fui até ele e dei um puta beijo. Relacionamentos são complicados né, eu queria beija-lo mas também queria terminar, por varios motivos que estavam girando na minha cabeça. Expliquei pra ele a situação e disse que não entraria na escola, mas voltaria a tarde para a a aula de teatro. 7:02, ficar perto dele com tudo aquilo na cabeça estava insuportavel, quanto tempo demoraria pra ele entrar na escola e dar a minha liberdade, 7:05, também te amo amor, beijo.
Certo, I need a cigarrete. Fui com a cabeça baixa para o tiozinho do portão não me ver. "Uma quadra da escola, ufaa, mas vamos rápido que algum professor pode passar". Foi tiro e queda né professora, nessa hora eu olhei pro outro lado e vi você.
Ah professora, até aqui parece feio né, pois você ainda não sabe do pior, você não sabe o que a sua aluna pevertidazinha imunda aprontou. Nessa manhã ela traiu o namorado com um amigo dele. Como? Vou contar como aconteceu. Cheguei na porta da escola e ele estava lá, tão maduro e atraente, fui lá conversar com ele e o bando de alunos vagabundos que tinham chegado atrazados, abraçada com ele, mesmo todo mundo sabendo que eu namorava, muito piriguete né professora. Quando o portão abriu de novo ele olhou pra mim com aquela cara sacana e disse "Você não vai entrar, né?" Não, eu não ia. Depois disso nós fomos para a praça do Por-do-Sol e passamos a manhã inteira lá, prefiro não entrar em detalhes mas fazia tempo que eu não sentia tanto tezão. Nós dois naquele amasso em plena praça, quente, e o perigo, o risco de aparecer alguém, o proibido professora, sempre o proibido. Não vou terminar essa historia hoje porque a folha está acabando, mas professora, acho que pelo menos um 4 eu mereço, não?
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