CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
O fantasma da velha escola - epílogo
Lilith estava diante do túmulo de Alfredinho. Ela não fora ao enterro e fora transferida de escola logo após a tragédia. Não vira mais Marcão, mas soubera que os pais de José Afonso e colegas o estavam acusando e que os alunos acreditavam que a morte de Alfredinho fora causada pelos fantasmas da menina e de José Afonso. Ouvira também que pessoas diziam ver os fantasmas de José Afonso e da menina na velha escola. Suas reflexões foram interrompidas pelo som de passos. Virou-se, ficando surpresa.
-Marcão?!
Ela mal o reconheceu. Estava muito magro e com um ar doentio.
-Oi, Lilith. Não pensava que a veria de novo.
-Meus pais acharam melhor que eu saísse da escola.
-Eu também saí, porque não aguentava mais ver aquela ... escada e...
-O que mais, Marcão?
-Todo mundo me colocou na geladeira depois que souberam que fugi e não tive coragem de fazer nada por meu amigo. Os pais de José Afonso apareceram lá em casa, xingando-me e culpando-me e a mãe do Alfredinho me chamou de assassino!
Lilith sentiu pena de Marcão. Ele podia ter errado, mas merecia ser tão punido?
-Sinto muito, Marcão.
-Eu sei que os fantasmas estão me rodeando, Lilith. Não os vejo ou ouço, porém, sei que estão me rodeando. Voltaram a aparecer para você?
-Não.
-Você mal me reconheceu. Estou horrível, não estou?
-Está precisando se cuidar.
-Vejo que nunca mais vestiu preto.
-Cansei de curtir tristezas.
-Você ainda...?
-Sim. Vou ver até morrer. Não posso fazer nada. Marcão, estou indo.
-Lilith, desculpe pelo que lhe fiz.
-Está tudo bem. Cuide-se. Até mais.
-Até.
Apressando o passo, Lilith saiu do cemitério perguntando-se qual seria o destino de Marcão, que lhe parecia estar sendo castigado além do que merecia. Olhou à sua volta.Podia ver espíritos aqui e ali, zanzando pelo cemitério. Alguns lhe eram indiferentes. Outros lhe acenavam.
-Aprenderei a viver com isto.
Sim, viver era tudo que ela podia fazer. Viver e enfrentar o que lhe aparecesse.
Submited by
Prosas :
- Se logue para poder enviar comentários
- 2564 leituras
other contents of Atenéia
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Meditação | Viver | 1 | 723 | 03/12/2014 - 01:36 | Português | |
Poesia/Geral | A força em nós | 1 | 2.113 | 06/24/2014 - 19:58 | Português | |
Poesia/Meditação | Sem medida | 1 | 1.232 | 07/09/2014 - 21:52 | Português | |
Poesia/Meditação | Lugares | 1 | 1.858 | 01/13/2015 - 22:30 | Português | |
Poesia/Desilusão | Don't call me anymore | 1 | 4.946 | 03/14/2018 - 13:22 | inglês | |
Poesia/Amor | How can I show you | 1 | 5.187 | 03/13/2018 - 16:48 | inglês | |
Poesia/Fantasia | Give me wings | 1 | 5.194 | 03/13/2018 - 21:29 | inglês | |
Poesia/Geral | Não haverá mais segredos | 1 | 3.444 | 02/09/2018 - 10:39 | Português | |
Poesia/Erótico | Ternura selvagem | 2 | 2.806 | 03/29/2011 - 21:31 | Português | |
Poesia/Geral | Conheçam-me | 2 | 2.106 | 08/14/2012 - 22:07 | Português | |
Poesia/Geral | Ajude-me | 2 | 1.912 | 03/16/2016 - 19:43 | Português | |
Poesia/Geral | O gato negro | 2 | 1.993 | 06/26/2013 - 12:38 | Português | |
Poesia/Geral | Podemos nos respeitar | 2 | 1.398 | 07/23/2016 - 00:07 | Português | |
Poesia/Geral | As pessoas nos julgam | 2 | 1.548 | 08/03/2016 - 10:25 | Português | |
Poesia/Tristeza | You'll never be forgotten | 2 | 5.873 | 03/10/2018 - 13:37 | inglês |
Add comment