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O Gato Maltês
Era uma vez um gato maltês, tocava piano e falava francês e também italiano, teve umas aulas quando era ainda um ratinho, por isso também fala inglês, mas não se lembra de como se fala alemão, porque só esteve na Alemanha duas ou sete vezes na semana passada.
O gato maltês conheceu uma gata mexicana quando estava a afinar um piano que era da irmã da gata que só fala Gales e escreve em português. A gata mexicana não sabe tocar piano e o gato maltês desafinou o piano para que ela tocasse afinado. A gata toca nas teclas pretas e o gato nas teclas brancas. E assim viveram felizes para sempre e tiveram muitos ratinhos que invadiram a casa da senhora do lado que tem dois cães que não ladram a não ser para pedir para fechar a porta da rua ou as janelas quando chove. A senhora costuma convidar os ratinhos no aniversário dos cães que são gémeos do mesmo cão, um rafeiro caixeiro-viajante que só aparece para pedir dinheiro para tabaco e cotonetes. A senhora tem muita pena deste cão, por isso está a pensar adoptar os ratinhos e levá-los ao dentista na passagem do ano do ano que vem, antes do fim do mundo de cá e do de lá. O gato maltês e a gata mexicana foram passar férias na rua paralela a esta e ficaram-se por lá deixando os ratinhos de vez na casa da senhora do lado. Até compraram uma vivenda com os donos incluídos e tudo. Agora só vestem roupa de marca registrada, tratam-se por "você", não cumprimentam os ratinhos quando estes os vêem na televisão e nas revistas ao lado da Lili Caneças que já está adolescente e tem acne na cara e não há cirurgia que disfarce a puberdade nem a pobredade. Os ratinhos estão muito desgostosos e um até já tentou suicidar-se a ele próprio ao recusar-se comer o almoço à hora do jantar. Os cães gémeos até já fizeram queixa à sociedade protectora dos humanos, mas não estava ninguém, só um bebé abandonado a fumar cigarrilha e a palitar as gengivas do cão que o adoptou, um empresário novo rico de raça indefinida, com um dente de ouro na unha. Um parolo, mas amigo dos humanos. A senhora dos cães gémeos faleceu. Como herança deixou o corpo aos ratinhos e os ossos que sobrassem aos cães. Os gatos souberam da herança que a senhora deixou aos filhos ratinhos e migraram para a casa da falecida senhora que a outra casa ruiu e a Lili Caneças ainda não nasceu. Os cães começaram a morder nas orelhas do casal felino e os caninos fizeram de adorno das orelhas. Ficaram muito bonitos e assim resolveram abrir uma empresa de brincos e afins com dentes de cães e viveram todos felizes para sempre.
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Comentários
Re: O Gato Maltês
Isso é que foi imaginar... imaginar... voar...
Felizes para sempre!
Beijinho
Carla
Re: O Gato Maltês
Olá Bé!
Você, como de costume, encanta a massa encefálica que por dentro da cebeça acima do pescoço entre os dois ombros deste ser... há também o rssto do corpo mas, são os restos da previsibilidade de um corpo que envelhece portanto, sem nenhum destaque a este texto.
Profundas estimas por ti!
Abraços, Robson!