CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
O Imprevisto
Fui criada em uma época em que os nossos pais nos orientavam dizendo exatamente o que era preciso fazer. Nunca imaginaram que as coisas podiam ser diferentes e nem tampouco nos deixavam a chance de decidirmos por nós próprios. Se ousássemos fazer algo diferente e o tiro saísse pela culatra, como era costume se dizer, aí então não éramos capazes de resolver nada sozinhos. E acreditávamos que era assim mesmo que as coisas aconteciam.
A primeira viagem que eu fiz sozinha, devia ter meus doze, treze anos, aconteceu o meu primeiro imprevisto. Meu pai era motorista de ônibus, nessa época e conhecia bem todos as empresas e motoristas. Então tudo o que eu devia fazer era simplesmente embarcar e esperar que chegasse ao destino e o motorista me dissesse: aqui é o fim da linha. Minha mãe me orientou para que eu descesse na rodoviária, fosse até a lanchonete do meu tio, que ele me levaria para casa. Não devia falar com ninguém durante a viagem, sob hipótese alguma. Havia uma sub-estação que ficava na entrada da cidade e lá estava a minha prima Nadja a minha espera. Ela me disse pela janela do ônibus, que era para eu descer e ir para a casa dela. Eu disse que não podia, pois a minha mãe havia dito para ir para a casa da outra tia. Então a minha prima argumentava: você não veio para o meu casamento? Eu respondia que sim. E ela então dizia que tanto fazia eu ir para a casa dela como ir para a casa da outra tia, que ia dar no mesmo. Eu não conseguia decidir, porque precisava fazer exatamente como a minha mãe havia dito que fizesse. E agora, José? José, para onde? (relembrando uma música que falava mais ou menos nisso). Tanto ela insistiu que eu acabei descendo uma estação antes do final da linha. Mas com a consciência pesada, por fazer diferente do que haviam me dito para fazer. Hoje eu oriento os meus filhos de forma diferente. Digo sempre a eles, que se houver um imprevisto (e eles sempre acontecem), saibam qual a melhor decisão a ser tomada. Para terem sempre um Plano B, caso o primeiro não der certo. E até aqui, isso sempre tem funcionado muito bem.
Débora Benvenuti
http://colchaderetalhos13.blogspot.com.br
Submited by
Prosas :
- Se logue para poder enviar comentários
- 2311 leituras
other contents of deborabenvenuti
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Amor | Você nunca mais estará Só | 0 | 2.201 | 06/23/2011 - 17:33 | Português | |
Poesia/Dedicado | Náufragos da Solidão | 0 | 1.812 | 06/23/2011 - 16:58 | Português | |
Poesia/Tristeza | Por que te chamas...Solidão? | 0 | 1.699 | 06/23/2011 - 16:37 | Português | |
Poesia/Tristeza | O Direito de Sonhar | 0 | 2.170 | 06/23/2011 - 16:18 | Português | |
Poesia/Amor | Eternamente...Só | 0 | 1.289 | 06/23/2011 - 16:14 | Português | |
Poesia/Amor | De todos os Amores | 0 | 1.768 | 06/23/2011 - 14:53 | Português | |
Poesia/Amor | Em algum Lugar | 0 | 1.358 | 06/23/2011 - 00:59 | Português | |
Prosas/Contos | A MAGIA DO LAGO | 1 | 2.269 | 06/22/2011 - 03:15 | Português | |
Poesia/Geral | Simplesmente...Homem | 0 | 1.564 | 06/19/2011 - 14:52 | Português | |
Poesia/Erótico | Sensações | 0 | 1.690 | 06/09/2011 - 17:08 | Português | |
Poesia/Desilusão | Melancolia | 1 | 1.507 | 06/08/2011 - 01:42 | Português | |
Poesia/Dedicado | O Sequestro da Imaginação | 1 | 1.690 | 05/29/2011 - 22:47 | Português | |
Prosas/Contos | A Palavra, o Medo e a Coragem | 0 | 2.160 | 05/25/2011 - 03:25 | Português | |
Prosas/Contos | A Palavra, o Tempo e o Vento | 0 | 2.131 | 05/16/2011 - 01:15 | Português | |
Prosas/Contos | O Muro Invisível | 0 | 2.490 | 05/09/2011 - 02:39 | Português | |
Poesia/Fantasia | A EXPECTATIVA | 3 | 1.863 | 04/16/2011 - 14:54 | Português | |
Prosas/Contos | Embalando Sonhos | 0 | 2.728 | 04/13/2011 - 02:27 | Português | |
Poesia/Fantasia | Vidraça | 4 | 1.721 | 04/07/2011 - 20:40 | Português | |
Poesia/Fantasia | EM BUSCA DO AMOR | 1 | 2.059 | 04/07/2011 - 19:52 | Português | |
Prosas/Contos | A Emoção e a Esperança | 1 | 2.735 | 04/01/2011 - 13:38 | Português | |
Poesia/Amor | Migalhas de Amor | 2 | 1.328 | 03/28/2011 - 09:37 | Português | |
Poesia/Amor | Como pétalas ao Vento | 2 | 2.447 | 03/26/2011 - 22:16 | Português | |
Prosas/Outros | A Mão Direita | 0 | 2.351 | 03/06/2011 - 03:03 | Português | |
Prosas/Contos | A Visão e a Observação | 1 | 2.458 | 03/05/2011 - 02:44 | Português | |
Prosas/Contos | A Travessia | 0 | 2.127 | 02/06/2011 - 04:03 | Português |
Add comment