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Onça
Pensaram-me sarado, como uma débil e ludibriosa ilusão.
Pensaram-me lindo! Como poderiam, se nem na alma se deixaram, ao menos, intuir um vislumbre?
Pensaram-me tanto! E tiraram-me o que sempre me houve de mais especial: minha singeleza.
Vez ou outra, sinto-me sóbrio, mas jamais tão sóbrio quanto a sobriedade. Confesso que soçobro nos mares etílicos, destilados ou não, afim de fugir desta onça. Fuga! Pulgas! Em seus pêlos...
Pensaram-me sarado, lindo e um cardápio:
– Oi?
– Pois não!?
– Lindo. Sarado, quero! – vejo uma boca entreaberta. Aberta. Dentes. Fome. Sanha. Gula. Abocanhado.
– Nunca me nomeei estes caprichos, por que repetes?
– Lindo. Sarado, quero!
Não há sobremesa que sacie uma onça, é bem verdade!
Talvez um litro de suor lhe trouxesse de volta do céu. Talvez nem houvesse céus!
Deus! (Diabo!)
Fui caçado pela onça deste mundo. Não apenas uma. Todas! Elas estão por aí com seus focinhos arrebitados intimando a presença de um eu (Lindo. Sarado, quero!) que nunca existiu ou existirá (não pra elas!).
Talvez porque felinos simplesmente não gostem de banho...
Que o mundo lave sua alma!
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Comentários
Re: Onça
Que belo texto, hein?
Parabéns,
Um abraço,
Roberto