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Os cavalos amarrotam o papel. 2

Os cavalos amarrotam o papel. A menina que anda na catequese fez uns versos, os cavalos comem a insipidêz daqueles versos, versos de uma paisagem tisica e imbecil. A caligrafia daqueles versos é como umas costas vergadas. Imaginemos os bichos a fazer versos, imaginemos que aqueles versos provocam nos tais bichos uma masturbação zoológica. Agora os cavalos olham aquele papel com olhos ausentes. A menina aprende a multiplicar, a ser fértil como é o mandamento da igreja. Aqueles versos, aquelas sardas na cara, a revista tombada nos joelhos e de novo se escuta a pregação. A menina não olha, não ouve, não fala, não sabe quem é, não levanta as asas, não mexe nada e são os cavalos que levantam as palavras para os significados que faltam. Estamos no reino do nada, vamos inventar virgulas para pontuar a inteligência.

Lobo 09

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quinta-feira, julho 2, 2009 - 18:21

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lobo

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