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Os cavalos amarrotam o papel

Os cavalos amarrotam o papel, enquanto isso tu segues pelo corredor do hospital a procurar dentro da cabeça dos velhos a febre das tardes de domingo, essas tardes religiosas em que te divertes e castigas o corpo negando-lhe desejos e outras vontades. Segues pelo corredor do hospital, as camas perfiladas e sobre essas camas estão deitados em agonia os soldados e no pensamento deles há fome e não há filosofia, há vómito e não há moral. O dia hoje é frio, os turistas parecem a morte na fotografia. Os cavalos amarrotam o papel e galopam na fita do filme. A cabeça dos velhos que antes da entrega á eternidade se entregam ás fantasias de uma lingerie sacra. A morte conseguiu revelar o amor, o orgasmo verdadeiro embrulhado nas palavras, aquelas cócegas no umbigo quando o telefone toca como um sonâmbulo a chamar a lua para a indecência da terra.

Lobo 09

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quinta-feira, julho 2, 2009 - 16:01

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lobo

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Comentários

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Re: Os cavalos amarrotam o papel/para lobo

Pergunto eu:

Valerá a pena tentar descrever o mundo, pensando o mundo como aquilo que ele foi, antes de ser aquilo que pretende ser?
Esquisito, não é? Pois. Também o é o respirar que nos faz acordar todos os dias. E no entanto cá andamos.
Tudo isto para dizer que adorei.

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