CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

Paripe anos 70,meu bairro

De repente sem quê nem por que
Me deu vontade de contar
Um pouco sobre o bairro de paripe e vai ser gostoso de escutar.
Por volta de 1970 eu chegava bem cedo em paripe,
Muito antes de o sol apontar tomava um mingau reforçado de milho para ter força para trabalhar. a senhora que vendia o mingau
Até hoje se encontrar por lá. Eu vendia peixe com o meu tio
Numa banca sobre a linha do trem depoes fomos para o velho
Mercado
Onde ficamos muito bem ao nosso lado dona vitória
Tinha bujingangas mil. Xorroxô bem mais a frente
Com seus velhos passarinhos Estevão com suas carnes
Saborosas
Como sempre em seu cantinho a direita seu Rubem forte e firme
Atendendo em seu barzinho lá fora seu Antonio do açougue
Tentando a sua senhora driblar para dar uma escapadinha
Procurando com quem namorar ao seu lado o velho Luiz
Pensando sempre em construir assim o hotel são Luiz
Começava a surgir com ele o mercado cepal
Chegava para competir com os barraqueiros pequenos
Fez muitos até desistirem eu juro que não entendia
Porque paripe crescia assim, mas logo entendi que era o progresso.
Teimando em ali persisti foram tantas casas de negocio nascendo
Que não dava nem para contar, mas lembro da pizzaria.
Que se chama até hoje Paraná, ao lado à casa de farinha Barreto.
Podia de tudo encontrar sem esquecer da casa chic
Com manolo botando para quebrar
Comandando com pulso de ferro
Botando os filhos para trabalhar.
Citei manolo da casa chic,
Mas, tenho que reinteirar.
Que muitos outros espanhóis
Fizeram paripe prosperava
Próximo a praça tinha a casa nina
Vendendo artigos femininos
E o Sergipe com seus filhos pequenos
Na sua barraca sempre sorrindo,
Os primeiros letreiros de paripe
Foi baiúca quem escreveu
O cabra desenhava tão bem
Via-se logo que era coisa de deus,
Só que quando tomava um porre
O talento lhe dava adeus,
E o julio do gaz, que derrepente um onibus comprou,
colocando o nome coração de mãe,
no qual ele mesmo era cobrador,
enquanto gordo do ferro velho,
estava sempre a perabular,
procurando quem tivesse sucata,
para rapidamente ele comprar,
E o Cosme fazendo seu carvão
Fazia a alegria da molecada,
Dava sempre um agrado aos moleques
Só para aqueles que lhe ajudavam.
Tinha uma rinha escondida
Bem em frente à estação
Lá as apostas comiam adoidadas
Tudo isso por trás de um portão.
Sempre que tinha um movimento
Algum tipo de aglomeração
Você encontrava logo h-pito
No meio com uma enxada na mão
Por isso era considerado o rei das evasões
Falando em religião não posso deixar de lembrar
Do convento escondido das freiras
Onde o povo ia rezar lá tinha programas sociais
Onde eu pude meus dentes tratar.
Quem vê paripe hoje em dia
Nem por baixo pode imaginar
Que quando chovia tudo ficava alagado
Não deixando ninguém transitar,
Quem gostava era a pivetada
Que ficava brincando por lá.
Para aqueles que eram fumantes
Sargento Paulo estava sempre por lá
Vendendo cigarros em montantes
Com o seu arrural lindo pra danar
Como era bom ver o trem chegando apitando
Convidando o povo para viajar,
eta tempo que deixou saudades!
Que até hoje é gostoso lembrar
Essa é um pouco da história de paripe
Que eu acabei de lhes contar.

Submited by

sábado, agosto 22, 2009 - 10:35

Prosas :

No votes yet

gege

imagem de gege
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 5 dias 13 horas
Membro desde: 07/26/2009
Conteúdos:
Pontos: 2836

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of gege

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Poesia/Canção Junto e Misturado 0 126 05/06/2024 - 17:18 Português
Poesia/Canção Briga na Coroa 2 197 04/27/2024 - 19:11 Português
Poesia/Pensamentos Bem-estar 0 254 04/09/2024 - 18:50 Português
Poesia/Dedicado Minha Cidade 0 193 03/29/2024 - 00:38 Português
Poesia/Geral agora foi que deu 0 169 03/20/2024 - 20:16 Português
Poesia/Dedicado Parabéns Mulheres 0 255 03/08/2024 - 02:14 Português
Poesia/Fantasia Um Rei 0 260 02/27/2024 - 18:43 Português
Poesia/Canção para recordar 0 349 02/13/2024 - 16:37 Português
Poesia/Geral recado 0 365 02/05/2024 - 17:23 Português
Poesia/Canção antigamente 0 361 01/31/2024 - 22:48 Português
Poesia/Canção Viagem para África 0 407 01/19/2024 - 20:21 Português
Poesia/Geral Um presidente cadeirante, quem sabe um dia?! 0 397 01/09/2024 - 19:41 Português
Poesia/Canção Munguzá com samba 0 548 12/22/2023 - 22:26 Português
Poesia/Canção Rosto molhado 0 534 12/14/2023 - 16:44 Português
Poesia/Canção Peixe e Marisco 0 487 12/07/2023 - 17:55 Português
Poesia/Canção Caranguejo 0 595 11/14/2023 - 17:36 Português
Poesia/Canção Amor de Borboleta 0 547 11/05/2023 - 16:00 Português
Poesia/Dedicado Uma noite mágica 0 547 10/25/2023 - 10:42 Português
Poesia/Geral Feijão felicidade 0 732 10/11/2023 - 01:26 Português
Poesia/Geral Viagem imaginária 0 725 09/23/2023 - 19:07 Português
Poesia/Geral O manguezal pede S.O.S 0 863 09/01/2023 - 02:33 Português
Poesia/Geral Oração ao cérebro 0 1.068 08/20/2023 - 00:22 Português
Poesia/Geral Esse foi o recado 0 464 08/16/2023 - 09:20 Português
Poesia/Dedicado Sofá fenomenal 0 966 07/29/2023 - 23:50 Português
Poesia/Pensamentos Navalha 0 1.011 07/27/2023 - 01:13 Português