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Por-.do-sol ao meio dia
Custa-me abrir os olhos, e faço-o devagar, não seja que me vá encarar denovo com aquele tecto branco, esteril, que me cubre um e outro dia, qual firmamento estrelado, que me oculta esconde e mantem vigiádo, de um lado a outro apenas paredes brancas, à mesa de cabeceirauma jarra cristalina que ainda guarda as unicas flores que me deste, que se agarram a vida como podem, ao contrário de mim, elas não se querem render…
Estas maquinas de apitos constantes que me recordam que ainda vivo, este imcomodo no braço, atravessado por uma fria agulha goteante de alimento que me entra no sangue e me mantem vivo neste tormento. Abrem-se as portas e pessoas indiferentes entram, vestidas de mais branco vêm a mim, fintam-me em silêncio, lêm apontam em seus blocos de notas e denovo desaparecem, sem nada me dizer…
Estou cá à tanto tempo que da minha memória já à muito desapareceu, o que me arrastou a esta alva cama, até este tecto. Sofrimento.
Levanto minha mão, finto suas costas, en quanto qual encadeado cubro meus olhos, e que vejo!? E que sinto!? E quem sou!?
Passam os dias passam as estações, QUE ALGUEM LEVE ESSAS MALDITAS FLORES, que já cansadas a muito deixaram de lutar por viver, que a já muito tempo, assim como todos me abandonaram tambem…
Suspiro…
Caem as podres folhas das mortas flores, sob a atenção do meu olhar… doem me as costas, sinto um agudo incomodo no meio da coluna, a dor e cada vez maior, e pela primeira vez em tanto tempo, grito, grito como nunca gritei.
Sinto as lagrimas que me lavam a cara e um grosso fio de baba que me escorre pela boca aberta a mais não poder…
Cada momento se faz eterno, cada segundo um mundo, aguento de olhos fechados, para não afrontar, que apesar de ser humano me tratam como o mais vil animal…
E enquanto sinto as dores relembro aqueles cheiros, aqueles campos varados em valas, onde soa o ribombar dos canhões, céus cinza, chuvas que queimam a pele, e a regra aquela regra “quem fica para trás e deixado para trás”… e lembro me de um “eu” um jovem eu medico que outrora carregava a ilusão de curar os cancros de um mundo corroido ate as entranhas pelos verames asqueirosos e inquietos da maldade, eu não deixei para trás que caiu… e depois aquela dor aguda nas costas, aquele grito mudo e seco, aquele calor humido, que se alastrava mais e mais…
Depois…
O que à depois!?
E depois?...
Depois este tecto branco, não entendo como esta dor arrancou tudo isto da minha memória, fotogramas em movimento, recordar para mim não e viver, recordar, é uma ponhalada, um tiro pelas costas que só me faz sofrer.
Calma…
A agulha goteia agora para um distante chão…
O meu braço sangra, de onde com loucura e dor a arranquei, e os lençois tornam-se carmim…
E pela primeira vez em muito tempo, calma…
O ar e de cristal que parece rachar a cada respiração, não achas estranho que haja nevoeiro no quarto!?
Não te parece estranho!?
É a primeira vez que vejo o por-do-sol ao meio dia…
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Comentários
Re: Por-.do-sol ao meio dia
Texto bem escrito em dom da palavra!
:-)
Re: Por-.do-sol ao meio dia
Bem, com tanta palavra dita, que mais posso eu dizer?
Isto é de ficar sem fôlego, não ha nada que me tire a atenção quando leio as tuas coisas! Fiquei fascinada! Parabens Tommy!
Está soberbo!
Beijinho!
Re: Por-.do-sol ao meio dia
Antes de conseguir pronunciar alguma palavra, fui ver o por do sol...são cerca de 23:30 e garanto-te que vi, tal é a força das palavras que escreves.
Não te parece estranho o por do sol a esta hora?
Re: Por-.do-sol ao meio dia
Meu Deus, Tommy...mas o que é isto???
já nao encontro palavras para comentar nada.
tu escreves que eu sei lá!!!
beijo
depois de ler um texto destes, preciso de ir á janela, respirar fundo!
(será que "o ar é de cristal"?)