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A Rua
Ah! A Rua!
Não aquela da Alfândega, um deserto onde as areias são pessoas tão juntas, quentes por ironia.
Não aquela da Consolação, consolada pelas buzinas dos estressantes estacados.
Não aquelas de Pompéia! Engolida e escavada pela regurgitação d’uma vovó!
A minha rua!
Onde os fios de alta tensão embrulhavam e seguravam as quimeras pueris:
os meninos a correr pelo sonho preso à rabiola!
Mais tarde talvez soubessem-se cabestro,
burlesco,
burleto...
- “Avuou, bora lá!” – Gritavam os pés ‘sujismundos’ em uníssono!
E lá se iam os fios provocarem alta tensão aos pais!
Nem tão longe de nós, as meninas já eram safadinhas.
Não havia uva, pêra ou maçã a se comprar
nas intermináveis feiras do beijo.
O amor era lídimo! E a brincadeira, já, falsária!
Cada bulica ganhava uma propina:
“- Mais areia por favor!” confabulava um futuro engenheiro (ou pião!).
E as bolas tilintavam! Quebravam! Os dedos mais pareciam lareira de São João,
fartada do fogo louco do divertimento!
Ah! A Rua!
Onde Dona Selma alvejava coca-colas nos prodígios Ronaldinhos -
que, de fato, nunca foram, encovilados na mesmice operária que se puseram um dia.
Seu Paulo, eram dois: o Rei maneiro que de cuecas nos tirava sempre o sorriso que explodia por admirar sua princesa; e o vulgo Barbaulo, que mal sabíamos se era a barba ou sua boca suja que espetava!
Ah! Meu crendeiro morto!
Ah! A Rua!
Ah! Seu caminho!
Quanto mais crescemos
mais nos parece torto...
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Osvaldo Fernandes
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