CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Síntese do Ser
O Ser humano, intrinsecamente, é um ser de sentimentos, expressando-os e exaltando-os em cada pormenor da existência, na qual a essência, quer queiram quer não queiram, é o amor, o ódio, os sentidos e o desejo. Até ao viver tornar-se sobreviver, e isto implica a ganância, o materialismo e o anti-social, o apriorismo existia, ou seja, o que era natural do Ser existia genuinamente, sem ser esquecido ou simplesmente colocado de parte, em função de uma sociedade selvagem – desculpem-me os animais selvagens, que realmente não têm culpa alguma do arracionalismo propositado do Homem. Neste caso arracional, visto que os humanos têm raciocínio, ou seja, são racionais. Não poderia considerar irracionais, visto que irracionais são aqueles que não têm raciocínio. Logo, arracional remete-nos para o que tem raciocínio mas não o utiliza – chamo apriorismo à essência humana que referi anteriormente: o amor, o ódio, os sentidos e o desejo.
Quanto ao amor, levado ao êxtase por tantos poetas e cantores, simplesmente não existe. Os poetas, hoje, já não o são, passaram a ser apenas divulgadores dos seus sentimentos, erradamente. Os poetas, realmente, são aqueles que escrevem descrevendo uma sociedade, ou meramente o quotidiano. Os sentimentos, esses, ficam para o leitor. Já os cantores, o gosto é pessoal, ou pelo menos deveria, mas a influência anti-gosto próprio é de tal forma surpreendente que o gosto musical tornou-se num gosto comercial e influente de pessoa para pessoa, isto é, actualmente vive-mos, em termos globais, sob o gosto de outrem.
Novamente falando de amor, a sociedade, sem excepção, formou uma estrutura cognitiva extremamente ignorante e complexa, mas por incrível que pareça, as pessoas, nós, regemo-nos por ela. O que significa que as relações pessoais tornaram-se em relações físicas, sem qualquer sentimento, apenas suportadas pela atracção dos corpos, em função de cérebros perversos e paradoxais (diz-se que se ama sem se amar, nem tão-pouco sabendo o significado dessa palavra). Sendo assim, não se admirem com o abandono injustificado – os conscientes ou os tristes – visto que se converteu banal.
O “carpe diem” ou o “chaque jour” serão, provavelmente, as soluções a tomar pelos corações deambulantes sem perspectivas de destino. Vivendo espontânea e somente cada dia, sem pensar no futuro, ou pelo menos aplicando-lhe hipóteses menos felizes e captando soluções lúcidas. É importante a concentração no presente mas a reflexão sobre o futuro.
Em evidência estão as diferenças de concepção de amor para o homem e para a mulher. Quanto à mulher, a qual tem uma visão mais complexa e uma forma de o demonstrar mais estranha – na visão masculina – é certamente um ser que gosta de sensação, falando de sentimentos, ou melhor, de prazer (delírio intelectualizado, de forma anti-sentimental, pela sociedade actual). O sexo feminino, é também, a entidade que tem mais dificuldade, ou não gosta, de exprimir claramente o que sente, gostando apenas de o fazer em momentos de privacidade programados, e não espontâneos como seria de esperar.
Quanto ao homem, o Ser mais emotivo, com mais perversidade mental, é certo, mas mesmo assim com mais facilidade ou gosto pela expressão de afecto, o que o pode tornar, em suma, um traidor - dependendo do intelecto de cada um, mas no geral – pela falta continua de atenção e carinho depositada na relação pelo sexo feminino. A este fenómeno, está muitas vezes relacionada a bissexualidade ou a homossexualidade. O homem é, sem dúvida, sentimentalista e afectuoso, como tal, procura a mesma atenção (afecto e ternura) no relacionamento.
O ódio, evidente em cada vida. Quem nunca o sentiu? Seja por teimosia ou pelo simples odiar sem resposta. A sua efemeridade está na forma como o expressa-mos, ocultando-o directamente ao destinatário, transformando-nos em criaturas simpático-cínicas, caso seja pessoa conhecida, ou comentando hipocritamente, com este ou com aquele, os defeitos dessa pessoa, caso seja desconhecida ou ex-conhecida.
Apesar de involuntário (normalmente) ou irreflectido, o ódio, actualmente, terá de ter sinónimos como a raiva (a atitude mais perigosa do odiar, por vezes levando à loucura os mais fracos de espírito ou à coragem os fortes de alma), a perseguição do diferente ou somente a sua exclusão (ignorância cometida sem repreensão, aliás, com forte aplauso, como se de um facto coercivo se trata-se).
A vida não depende das regras, mas, obrigatoriamente, tem de estar subordinada a elas, até mesmo às regras mal concebidas, e dessas, quer sejam sociais ou judiciais, o único culpado somos todos nós.
Se tens coragem, enfrenta as garras do mundo, se não a tens, esconde-te, chora, mas ganha-a. Se quiseres simplesmente acabar com a vida, mata-te. Mas a morte nunca foi solução.
Os sentidos, cinco. Olhar por olhar, sem intelectualizar ou reflectir. Ouvir por ouvir, sem sequer perceber ou racionalizar. Sentir por sentir, sem tactear o mundo de olhos cerrados. Saborear? Somente devorar, sem aproveitar o momento, relaxando. E cheirar, cheirar por cheirar, sem encontrar o mais belo perfume, nem tão-pouco tentar. Loucura? Não. Os loucos não são aqueles que vagueiam deambulando, são aqueles que nunca o experimentaram fazer.
Os sentidos, sendo intrínsecos da humanidade, deveriam ser percebidos pelas pessoas, antes da sua indevida utilização.
Por fim, a ultima das essências humanas que aqui vou retratar: o desejo. Ele é, em resumo, traduzido no sexo e no dinheiro, na chantagem e nos meios obscuros para atingir diversos fins com faces ocultas, na corrupção e na mentira. Em conclusão, os humanos, actualmente, são cobardes, interesseiros, materialistas e ilusórios.
Cobardes por viverem constantemente na sombra sem combaterem o que pensam que está mal (um dos alicerces principais da democracia e da própria consciência pessoal: a liberdade de se expressar da forma que cada um entende), vivendo apenas esperando que a vida acabe um dia. Interesseiros, visto que, por trás de uma intenção está normalmente um senão. Materialista... Hoje, a sociedade, sem hesitação, dá especial valor ao que é material, basta observar o que nos rodeia. E ilusórios, ou seja, mentirosos.
É certo que cada um compõe a sua vida da forma que quer, pois, é sua. Mas é fundamental desfrutar dela: Não vivam na escuridão, acordem, e digam o que têm a dizer à existência e a este mundo decadente.
Resta-nos viver para morrer, um dia.
Submited by
Prosas :
- Se logue para poder enviar comentários
- 857 leituras
other contents of FredericoDuque
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
![]() |
Fotos/ - | 3211 | 0 | 1.854 | 11/23/2010 - 23:54 | Português |
Ministério da Poesia/Dedicado | Rubens | 0 | 2.769 | 11/19/2010 - 18:28 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Divino | 0 | 2.315 | 11/19/2010 - 18:28 | Português | |
Ministério da Poesia/Dedicado | A Daniel T. | 0 | 2.715 | 11/19/2010 - 18:28 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Escrito na floresta: status quo | 0 | 2.592 | 11/19/2010 - 18:28 | Português | |
Ministério da Poesia/Amor | Ensaio sobre nudez | 0 | 2.183 | 11/19/2010 - 18:27 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Post meridiem | 0 | 2.976 | 11/19/2010 - 18:27 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Apoplexia | 0 | 2.442 | 11/19/2010 - 18:27 | Português | |
Ministério da Poesia/Amor | Impio | 0 | 3.176 | 11/19/2010 - 18:27 | Português | |
Ministério da Poesia/Tristeza | Canto à razão | 0 | 2.096 | 11/19/2010 - 18:27 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Incapacidade | 0 | 2.247 | 11/19/2010 - 18:27 | Português | |
Ministério da Poesia/Amor | Há quem precise de amor | 0 | 2.336 | 11/19/2010 - 18:27 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Visita incrédula | 0 | 2.195 | 11/19/2010 - 18:27 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Sobre o recíproco | 0 | 2.454 | 11/19/2010 - 18:27 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Crença | 0 | 2.690 | 11/19/2010 - 18:26 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Agricultura | 0 | 2.670 | 11/19/2010 - 18:26 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Cuidado | 0 | 2.941 | 11/19/2010 - 18:26 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Divertimento | 0 | 2.237 | 11/19/2010 - 18:26 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Perplexidade | 0 | 2.344 | 11/19/2010 - 18:26 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Madrugada | 0 | 2.322 | 11/19/2010 - 18:26 | Português | |
Ministério da Poesia/Amor | Descanso | 0 | 2.498 | 11/19/2010 - 18:26 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Pesadelo | 0 | 2.305 | 11/19/2010 - 18:25 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Evasão: Amor | 0 | 2.013 | 11/19/2010 - 18:25 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Ensaio sobre Amor | 0 | 2.482 | 11/19/2010 - 18:25 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Aeroporto de Frankfurt | 0 | 2.639 | 11/19/2010 - 18:25 | Português |
Add comment