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Tardes de Verão
Há muito tempo que não me encontro, faz há muito tempo que não me sinto perto de mim.
Vejo-me sentada diante de mim e comovo-me tremendamente. Lembro-me de mim que há tanto não recordava o eu.
Conheci os outros para me perceber e retorqui o poeta da sua definição de Amizade naquela tarde.
Estou assim abandonada, deixada nesta cadeira com vista para o mar, onde relembro as tardes de praia com amigos. Dos meus olhos caí uma ácida gota que escorrega pela minha cara, toca o meu nariz seco e vaí de encontro rastejando suavemente em direcção à minha boca e outra caí no chão e é pisada como chuva. Chuva que não vi caír naquele Verão...
Na verdade, eles já não existem, nem eu mesma, e choro por os ter abandonado.
São momentos difícies de recordações frágeis e memória fraca. É triste não haver explicação para o sucedido e revolto-me por não ter imagens para o recordar. Carrego nas minhas mãos a minha cabeça, de tão pesada que está esta minha consciência.
Sonhei com eles e com o regresso deles. Perguntei-lhes para que dia está prevista a sua chegada, perguntei-lhes também se não estava a ser chata a caminhada, se não estavam fartos de caminhar.. Nem um me respondeu, nem um fez que ouviu. Só um fingiu que não ouvia, eu.
Dói pensar que o rancor ainda lá mora na unidade do seu amor...
Visto outra cara e por dentro sinto-me sem nada, apenas como um morcego que se alimenta de sangue e este evapora sem se saber porque.
Relembro aquelas tardes de verão para deixar a saudade desfazer-se e alimentar uma esperança.
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Comentários
Re: Tardes de Verão
Sem dúvida alguma que lembranças tristes , de onde ergueram -se a esperança.
Muito lindo !!!
Abraços
Susan