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Vampira
Sentia teu corpo sobre o meu, todo o teu ser, tuas mãos percorrendo minha sintura, teus lábios descobrindo os recantos escondidos de uma alma atormentada, desnudo de mim mesmo, estalar de dedos de almas ocultas pelas sombras um pouco por todo o lado, teus negros cabelos estendidos como o manto da noite ao qual a lua dava cor…
Teu feitiço tecido mais alem dos limites da memoria incansavel na busca da paz, momento indescritivel, como o grito que se perde trancado na garganta, teus seios nus, roçando minha pele inflamada pelo desejo, tuas pernas, nos fixos, fortes, cegos apertando cada vez mais, tuas unhas abrindo estradas de sangue, delirio e prazer, dor e arrepio, tua lingua em meu mamilo, tua sede incansavel e as cortinas carmim bailando ao vento da meia noite, o som da aparelhagem longe baixinho para que nada destrua o hipnotismo deste momento, treme o meu ombro esquerdo… dor delirio prazer, os teus dentes mais e mais fundo e o cheiro do sangue sobre os lençois roxos que se tingem a passagem do rio, sorves cada gota…
vomitos,dor, nada para sexo tesão...
Cada gole, cada inpiração enquanto a minha coluna se curva à dor meu peito se levanta e as pupilas de uns olhos delirantes minguam como a lua…
Vampira…
Vampira… com a qual o leito se torna dor e prazer, e a eternidade oferecida entre corpos nus que se amam e odeiam se matam e alimentam e ambos se tornam eternos numa macabra balada de dor e desejo..
Guias-me fora de mim, paras segues, maldita sejas entre todas as peles... teus labios fora da minha carne e teu pulso roçando meus labios, o cheiro do teu sangue escondido em veias debaixo da tua pele branca… sereia, cravo os dentes olhos brancos delirio vontade, morre a vida voa-se na prisão da liberdade, teu sangue em minha boca, esse sabor esse saber, essa vontade de eterno e efimero essa maneira de burlar o morrer…
Sinto te em mim… rainha… sinto me ainda dentro de ti dentro do teu ser, enquanto tu em mim e essa dor que nos faz renascer…
aperto-te exploro-te gemidos dor excitação...
Falta de ar...ai
Ai…dor não resistir ai querer mais….
A noite caiu e tu vampira comigo no telhado da velha mansão… gargalhadas pela noite no que antes só foi sexo agora é união…
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Comentários
Re: Vampira
Texto bem escrito em dom da palavra!
:-)
Re: Vampira
Bem, que forte, que realista! Levaste-me a imaginar tudo o que dizias, no meu de tanta escuridão... Está simplesmente fantastico, suberbo!
Continua! :-)
Beijinho!