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Visita á Ilha de Núria
(Conto fantasia)
Já era tarde quando saí do escritório. Entrei em meu carro e dirigi-me como sempre para casa, precisava de um bom banho, comer qualquer coisa e…descanso. O dia tinha sido atribulado na empresa.
O telemóvel tocou, atendi, era minha amiga Susana,
fazia anos, tinha-me esquecido completamente! Depois de um pouco de conversa convenceu-me a ir jantar com elas e uns amigos. Não podia dizer não, era uma amiga do peito, nunca faltara a um aniversário dela…desde garotas!
Chegado a casa tomei um refrescante e saboroso banho…penteei-me…um pouco de maquilhagem …perfumei-me um pouco … coloquei um vestido bem fresco e vaporoso (a noite estava quente) …dei uma volta sobre mim mesma…mirando-me…estava linda! E o cansaço… até passara!
Encontrámo-nos num restaurante bem badalado, com vista para o mar…bem junto á praia,Susana estava esplêndida, como sempre.
Cumprimentámo-nos…já conhecia a maioria dos presentes, eram amigos e amigas comuns.
Reparei num rapaz meio afastado, e Susana reparando no meu sobrolho de interrogação, aprontou-se logo em nos apresentar:
- Henry, vem cá – disse Susana chamando pelo rapaz –
apresento-te uma grande amiga minha, Carolina.
- Olá Henry, prazer em conhecê-lo – respondi.
- Olá Carolina, muito prazer! A Susana fala tanto de si que estava curioso por conhecê-la sabe?
- Ena! Sou assim tão famosa e nem sabia Susy? -
Respondi rindo-me.
Pela noite dentro, durante o jantar, fiquei a saber que Henry era do Norte, e que estava em Lisboa por alguns dias, a serviço da Empresa onde trabalhava.
Terminado o jantar fomos até ao bar do restaurante.
Percebi que Henry procurou sentar-se junto a mim, isso agradou-me, simpatizara com ele! O ambiente estava agradável, meia-luz, música suave, deixando com que nos pudéssemos ouvir uns aos outros, conversa agradável….as anedotas picantes do Francisco e o riso estridente da
Susana já só por si fazia a festa!
De repente Henry perguntou-me:
-Queres dar uma volta pela praia? A noite está tão agradável! – Ao que respondi prontamente que sim!
Estava já a sentir-me sufocada, ali dentro.
- És ainda mais bonita do que dizia a Suzy, Carolina!
-Ena…ena! Que andou ela a falar de mim? -respondi rindo
– Ah! E outra coisa…chama-me Carol, como todos os meus amigos, ok?
- Ok Carol! - Disse piscando o olho e sorrindo.
Sentámo-nos na areia, e ele olhando para o mar, reparou numa ilhazinha pequenina não muito longe da praia…a lua iluminava-a tornando-a misteriosa mas muito bonita.
- Que ilha é aquela Carol?
-Ilha da Núria! – Respondi com um sorriso nos lábios –Ilha dos amores…da mulher fogo…tem uma história aquela ilha! Dizem que lá o espírito de Núria (mulher brasileira, ardente e apaixonada espera todas as noites seu eterno amado, um português por quem se apaixonou perdidamente…e todas as noites ele aparece para se amarem em espírito.
-Que história fantástica essa! - Respondeu Henry.
- E imensamente romântica! Dizem que por vezes a ouvem cantar melodias de chamamento, outras vezes gemidos de
prazer e amor …quando os dois se encontram.
-Histórias que o povo inventa – disse ele – não passam de lendas!
Levantei-me e dirigi-me a um rochedo imponente quase por cima de nós e disse-lhe:
-Vês o que aqui está escrito? Consegues ler apenas com a luz da lua?
Ele começou a ler devagar “- Na direcção desta seta, estão vocês a olhar, essa tão bela ilhazinha que minha amiga carinhosamente chama pedrinha! A partir deste dia, será apenas conhecida, pela”Ilha da Núria”…amiga por quem nutro enorme ternura!”
- Quem escreveu isto? - Disse ele.
-Uma amiga dela…diz-se que a partir desse dia a alma de Núria veio habitar sua Ilha para todas as noites com seu amado português se encontrar! Algo tem de real...visto desta forma, não achas?
-Coisa arrepiante! E interessante! - Respondeu Henry rindo - e continuando disse:
-Queres ir até lá? Agora?
-Teremos de ir a nado! – Respondi – mas…porque não?
Vamos então!
Despimos a roupa, fiquei apenas com a tanga vestida e ele em boxeurs. Nadamos até lá. Subimos e senti um certo arrepio percorrer-me o corpo. Ele comentou que também sentiu. Imaginámos ser por estarmos molhados.
Caminhamos mais um pouco e encontrámos uma clareira toda tapada em volta…a lua iluminava aquele lugar como se de um palco se tratasse…era uma imagem linda e única. Ficámos perplexos com tamanha beleza. De repente ouvimos uns sons vindos de lá…pareciam gemidos de prazer…como se alguém se estivesse a amar. Olhámos na direcção do som e ficámos petrificados! Duas luzes brilhantes parecendo dois corpos enrolavam-se no mais louco frenesim…gemendo e contorcendo-se, parecendo um casal em cúpula.
Ficámos ali olhando maravilhados por um tempo indefinido, até que o Henry me segurou pela mão e levou-me para um sitio mais afastado, olhando-me nos olhos disse:
-Quero amar-te…aqui e agora…desejo-te!
Eu também estava possuída por um desejo incontrolável de fazer amor com ele.
Beijámo-nos com frenesim, como se sempre o tivéssemos feito…como se nossos corpos sempre se tivessem tocado…amado.
Ele desceu com a boca até meu umbigo metendo sua língua nele…arrepiando-me de prazer…desceu mais abaixo e segurando-me as nádegas chupou minha rosa…lambendo-a em seguida com tal doçura e loucura que quase perdi arazão… com tanto prazer gritei. Ele voltou-se colocando-nos numa posição de 69...uma loucura!
-Aiii…que booommmmm …que delicia!.. Gemíamos os dois.
Ficámos assim por algum tempo, calados …saboreando-nos.
A língua dele explorava minha rosa, que estava deliciada por tanta volúpia… enquanto a minha explorava cada centímetro de seu sexo…ora lambendo…ora sugando aquele belo membro que vibrava de tanta excitação.
O prazer era tanto que cheguei a julgar que teríamos um orgasmo ao mesmo tempo naquela deliciosa posição.
Ele prevendo o mesmo…voltou-se, colocando-se por cima de mim…tremia…beijou meus peitos…minha boca, enquanto segurava minhas pernas levantando-as…enfiou aquele membro bem durinho dentro de mim…num vaivém tresloucado, ao mesmo tempo que gritávamos de gozo…atingíramos o orgasmo… juntos!
Quanto parámos, ouvia-se apenas um silêncio enorme.
Olhámo-nos não entendendo bem o que se tinha passado.
Como tínhamos ficado naquele estado de um momento parao outro? E que prazer enorme era aquele que tinha sentido? Era inexplicável tamanho repentino desejo…tamanha paixão…tamanho prazer!
Ouvimos chamar da praia…procuravam-nos. Nadámos até lá.
Explicámos que tínhamos tido curiosidade em visitaraquela misteriosa ilha. A Susana riu e disse:
-Vejam lá! Pois diz-se que quem lá for á noite fica possuído pelos espíritos de Núria e seu amado! Não
saindo de lá sem se amarem loucamente …já ouvi relatos
desses! Disse, continuando a rir-se com vontade por nosverem tão calados.
-Que parvoíce! – Respondeu o Henry – ditos populares! –
Disse ele olhando-me nos olhos.
Vestimo-nos e voltámos para a festa que já estava muito mais animada…com todos dançando na sala.
Tentámos esquecer o episódio…dançando e brincando….mas nossos olhares trocavam-se sempre nos interrogando que
viramos realmente naquela ilha e que nos tinha acontecido.
Fora um prazer maravilhoso o que sentira, mas que foi estranho também…foi!
De uma coisa estava certa…algo se passava naquela bela ilha! Mas também sei que não conseguirei desvendar tal
mistério.
E assim continuará um mistério, a Ilha da bela Núria.
Carol-atrevida
ou
(Fátima Rodrigues)
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Comentários
Re: Visita á Ilha de Núria
Muito bom este texto erótico.
Parabéns,
abraços,
REF