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vozes silenciadas

A violência contra crianças, sob qualquer forma ou pretexto, é, sem sombra de dúvidas, o mais ignóbil acto que pode ser praticado pela humanidade.

É do consenso geral que as crianças são o melhor que o mundo tem. É dever de cada cidadão proteger as suas crianças pois elas serão o futuro e o futuro quer-se alicerçado em pessoas de bem.

Compete, em primeira instância aos progenitores, o dever de cuidar dos seus filhos mas compete a todos zelar para que, se esses pilares falharem, não sejam as crianças a sofrer.

Todos não seremos muitos para unir a nossa voz à voz da autora e assim darmos voz a quem não consegue fazer-se ouvir.

Bem-haja Helena por dar voz sonante a estes inocentes que precisam e merecem todo o nosso carinho e atenção.

Deixo-vos com um dos primeiros poemas que fiz (teria uns 15 anos):

CRIANÇAS

Crianças brincando
sob o sol da Primavera
são flores crescendo
enquanto o Verão espera

Se a cantar as ouvimos
mesmo desafinando
a nossos ouvidos são hinos
ou passarinhos trinando

Em alegres brincadeiras
a correr e a saltar
mesmo a fazer asneiras
o Mundo estão a alegrar

Suas alegres risadas
enchem o espaço inteiro
antes de lhes dar palmadas
há que pensar primeiro

Pois se choram, que tristeza
cada lágrima que cai
por muita a nossa dureza
é na alma que nos dói.

Maria Melo

INTRODUÇÃO

ROUBARAM-TE OS SONHOS

Roubaram-te os sonhos que tinhas, bem cedo,
Da boca o sorriso, dos olhos o norte
ao rasgarem-te o corpo à força do medo
e sentires na pele o arrepio da morte
Bebeste o azedo licor do desgosto
num quarto fechado com portas de dor
desceste ao inferno num dia ao sol-posto
sem brasas de afeto nem chamas de amor
Tiraram-te o viço em cama de cardos
mataram-te a esperança mal era parida…
Teus dias agora são pontas, são dardos,
Memórias feridas no auge da vida.

Abgalvão (In Palavras aladas)

MÃE, PAI, PORQUE ME MALTRATAIS?!...

Felizmente agora já muita gente fala deste assunto, mas quantos meninos e meninas deste País ainda estarão neste momento a sofrer, a chorar por um colo, por uma mão estendida!

         Queríamos pais que gostassem de nós, que se comovessem como nós, quando chamados de Pais.

Precisávamos de pais que nos dissessem que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque amamos os nossos Pais e por eles somos amados…

Precisávamos de Pais que nos fizessem parar de chorar e nos devolvessem sorrisos retidos nos nossos corações…

Precisávamos de Pais que nos dessem um colo, o calor de um abraço…

Enfim, nesta nossa curta passagem pela vida nunca soubemos o que eram os carinhos, os afectos;

         Muitos meninos e meninas ainda sofrem e nós teremos alguém que falará por nós, que não nos esquecerá jamais.

         Sabem? Fácil é ouvir a música que toca; difícil é ouvir a consciência de quem nos faz mal, acenando o tempo todo, mostrando as escolhas erradas, movidos que são por vontades que nem às pedras as faz rolar pelo chão.

Estas crianças de que falo, foram brutalmente espancadas, ate á morte pelos seus próprios familiares, avós, pais, e agora jazem silenciosas.

Mas acreditem, a paz delas ainda não veio. Ainda há muitas outras a sofrer algures por este País fora e de que ninguém fala, por medo, mas pergunto que medo? Medo de ser perseguida? Medo por falar e dizer a verdade? Medo ao ver uma criança vizinha que é espancada e maltratada pelos seus familiares? Aonde pára a solidariedade? Aonde pára o nosso sentimento de ajuda?

Pelo que vejo, preferem ficar de braços cruzados e ouvir os gritos duma criança a sofrer; gritos de pedido de ajuda. O que poderei dizer a pessoas que têm este comportamento?

Talvez seja por puro egoísmo, desprezo, comodismo, não precatando as vozes de quem pede ajuda, implora por uma mão, um afeto, um socorro. É esta a sociedade em que vivo.

Os tempos mudaram, mas os sentimentos, esses jamais poderão mudar….

Em cada esquina, em cada rua, há e haverá sempre alguém, que temos de acudir, sem medos, pois é um direito-dever que nos assiste.

Deixemos esse temor, e avancemos em frente, não fiquem indiferentes, hoje serão eles e amanhã?

Dizem que as crianças são o melhor do Mundo…

“Sou uma pessoa, Mãe e Pai, Tenho um coração que é meu, e não só Vosso. O meu coraçãozinho também sente e sofre mesmo que seja pequenino.

Será que vós não sentis quando me castigam, quando me maltratam, até quando me matam?

Será que o Vosso coração não sente nada, meus pais?
Tantos motivos, tantos problemas... Tudo serve para me aniquilarem.

Eu não fiz nada nem pedi para nascer; foram vocês que optaram. Sou tão frágil, sou o ser mais frágil deste mundo. Sou o ser mais pobre, mais desarmado, mais incapaz de se defender.

Por isso, não terei eu direito à vossa proteção?
Vocês abusam do direito da força, da lei do mais forte?
Não será isto fruto desta civilização materialista, que só vê os seus interesses artificiais e já não conhece os valores morais, como o amor, carinho, afectos, um ombro amigo, e tantos sorrisos que nos podiam dar. Mas afinal, pai e mãe porque quiseram que eu nascesse?

Sabem sou alguém que deseja ser amada e deseja amar. Dizem que o respeito pelas crianças é fundamento da nossa civilização e querem matar-nos! MENTIROSOS!

Pai e Mãe na minha solidão, choro!
Na escuridão da noite clamo por amor e carinho,
Por entre os lençóis, por entre mantas, por entre roupas rasgadas, pois sou tratada como um objeto!
Não me ouvem pois não!?
As minhas palavras,
São meras parvoíces como vocês dizem;
Para nada sirvo, a não ser para me maltratarem.
Serei o saco de boxe onde descarregam as vossas frustrações?
E é este mundo que quereis, Pai e Mãe?

COMO PODEM FLORIR OS LÍRIOS DO CAMPO

CRIANÇA

Nasceste para ser amada;
Vais crescendo pouco a pouco e,
Nos teus sonhos de criança,
Idealizas alegrias, sorrisos, abraços, amigos
Mas não têm voz ativa;
Ninguém te ouve! Sofres!
Criança nua, magra, sem pais,
Com mãe ou só pai,
Sem lira, sem cravo, sem afago;
Sem dia, sem noite, que amor não tem.
Criança que sofre, gelada, sem tecto, sem chão,
Onde procuras pão e não há;
És explorada por uns e por outros, sem dó nem piedade.
Querias ser como as outras crianças, que vês na Televisão
E de que ouves falar; têm tudo sem trabalhar.
E tu criança do meu País, que trabalhas de sol a sol,
O que sabes de ser criança?
Queria poder dar-te os meus braços,
O meu prato, a minha cama,
Enfim, eu queria saber como te dar no abraço,
A minha chama;
Menino terra, esperança, homem no amanhã,
A viver da promessa
Crescendo depressa, morrendo depressa.
É a Vós, Crianças maltratadas do meu País, que devo este livro!
Será um grito de alerta de alguém que vos quer ajudar dando a vós ao Vosso DRAMA!

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quarta-feira, maio 1, 2013 - 10:05

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MARIA HELENA ALMEIDA

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Comentários

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Vozes silenciadas

Muito bonito este texto. Os filhos são um presente que Deus nos dá e como presente,devemos amá-los e orientá-los ao longo da vida,sem jamais permitir que lhes façam mal, pois são seres indefesos e precisam da nossa atenção e afeto.
Abraços

http://colchaderetalhos13.blogspot.com.br

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