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A DOR DOS SENTIDOS

Temos um corpo.
Um corpo onde habita a dor.
A dor precisa dele.
Do corpo.

Para sentir-mos a dor,
ainda que de paixão,
o corpo tem de estar presente,
excessivo por vezes.

Um corpo de flores secas,
sem raízes.
As flores nascem no corpo
regadas pela dor.
Nascem à deriva,
são medíocres
como medíocre
é o corpo onde habita a dor.

Temos um corpo,
a dor,
e flores secas.
É aí que mora a paixão
morta pela sua mediocridade,
à nascença.

Que faria se descobrisse que afinal essa paixão
Alimentou as flores?

Que nasceram com cores que faltam no corpo?

Dir-me-ia que um corpo
Onde habita a dor me mentia.
Forçava-me a semear o sonho,
porque o sonho num corpo onde habita a dor
e nascem flores coloridas,
é um sonho de trás para a frente.
As paixões deveriam começar no fim e acabar no auge.
Assim, nem o corpo,
nem a dor,
nem as flores secas teriam importância.
Nasceríamos todos os dias,
com um novo corpo,
liberto da dor.
Despontariam dos escombros a flor da verdade.

( A dor faz-nos falta, até para sonhar… não importa o corpo onde habite. Nem as pétalas que nos arrancam dos sentidos.)

José F. Vicente

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quarta-feira, março 3, 2010 - 22:45

Ministério da Poesia :

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