Entrevista do mês de Abril de 2010: Jopeman

No ano passado editaste o teu primeiro livro "Olhar da Alma". O que sentiste ao vê-lo pela primeira vez nas tuas mãos?

Essencialmente a realização de um sonho que talvez nem soubesse que tinha. Aconteceu tudo muito rápido, como se tivesse sido algo que deveria acontecer independentemente da minha vontade. O meu primeiro texto data de 1 de Dezembro de 2008, e em início de Abril de 2009 já sabia que iria ter um livro editado. Não é o livro que me completa, talvez por ser muito “verde”, mas é decerto aquele que me abriu. E claro, há sempre aquela sensação de orgulho por imortalizar algo que nos pertence.

Quais têm sido as reacções dos teus leitores ao teu livro?

Os que me leram, e que convivem diariamente comigo, na generalidade exclamaram “Não sabia que escrevias!”, e para eles respondo “Também não sabia”. Os restantes dizem-me que gostaram e que o livro é como uma pequena mas séria introspecção que dá gosto de ler. Tem um valor muito pessoal para mim por aquilo que lá foi escrito, mas tenho a consciência que não é um livro em que as pessoas reparem, só se for pela capa (riso).

O que significa para ti o WAF?

O WAF é sobretudo o “Fogo de Conselho” onde estou com os amigos a desfrutar daquilo que nos une, e onde o sonho tem matéria para se manter aceso.

Com que sonhas?

Sonho manter-me feliz só com aquilo que tenho dentro de mim, ter uma vida que me orgulhe na morte, viajar mais com o corpo e escrever uma obra que consiga pôr as pessoas que a leiam em êxtase.

Tens projectos literários para breve?

Penso que ainda não encontrei a minha própria maneira de escrever, aquela que me saiba dar um calafrio seja com a tinta da caneta seca ou ainda húmida. Quem por hábito me lê sabe que tenho experimentado diferentes registos. Por isso vou escrevendo, mas não tenho a obsessão de publicar apenas para dizer que tenho mais um livro.

Obrigado por tudo WAF!

Ficha Técnica

- Obra Marcante:

Não esquecerei nunca “A Sombra do Vento” de Carlos Ruiz Zafón, “O Medo” de Al Berto e tudo o que seja Pessoa.

- Fonte de Inspiração:

Tudo o que o Homem pode ver, ser ou a sentir, seja em vida, em sonho ou em morte.

- Filme Preferido:

Podia referir outro qualquer, mas o que me vem primeiro à cabeça é “Braveheart”, um filme de paixão e de luta pelos ideais certos. As gaitas de foles irlandesas e as paisagens escocesas fizeram em mim o resto.

- Canção de Eleição:

Há uma canção que desde há muitos anos me consegue sempre tocar e tornar-me mais feliz por aqueles breves instantes, “What a Wonderful World” de Louis Armstrong…com Kenny G de preferência.

- A Imagem que Valeu Mil Palavras:

O primeiro dia em que consegui ver algo de jeito em frente ao espelho.

- Uma palavra que te descreva:

Sonho

- O Jantar Perfeito:

Qualquer um em que entre aquela pessoa, mesmo que seja nuns simples degraus de uma casa a comer apenas um pouco de pão.