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Entrevista do mês de Junho de 2012: Domino Pawo

Entrevista do mês de Junho de 2012: Domino Pawo

A poesia: Que significado tem na tua vida?

A poesia sempre teve presente na minha vida, embora só passados muitos anos me tenha apercebido disso.  Para mim, poesia significa voar e não estar preso a um mundo que nunca foi o meu.  Como as minhas prosas ou poesias são sempre feitas num breve momento, ou num estado de transe, acabam sempre por ser uma importante marca deixada num determinado momento espontâneo, uma impressão digital da alma que recordo tempos depois, ao ler o que escrevi.

O que sentes pelo waf?

Estava eu no facebook, quando de repente vi algo que falava de um sítio onde estavam poetas e outros artistas, fiquei curioso e inscrevi-me. Mais tarde completei o meu perfil e como me sentia inspirado pelo momento, acabei por escrever o meu primeiro texto na WAF, de boas vindas. Mesmo não tendo muito tempo, fui acompanhando e espreitando a arte de algumas pessoas. Com o passar dos tempos, algumas delas acabaram por se tornar pessoas amigas. Como alguém uma vez me disse: “ os iguais sempre se encontram”. Por isso, posso dizer que o que sinto pelo WAF é o de um local simpático, um importante ponto de encontro entre os mais variados artistas, que antes de o serem, são também pessoas de carne e osso.

Qual o papel da música na tua vida?

A música na minha vida tem acima de tudo um papel de regulação do meu bem estar espiritual e por consequência físico. Em dois campos distintos. Como ouvinte e apreciador tem um papel que muda consoante o tipo de música ouvido, o ambiente em que estou ou o estaodo anímico em que estou. Mas regra geral faz-me sentir calmo, com energia ou pronto para um momento de inspiração. Como executante assume um papel muito mais curativo. Acaba por ser um bom meio para expôr tudo o que sinto cá para fora, o que faz com que a energia acumulada não seja usada de forma negativa para o Mundo. Ao mesmo tempo serve para poder passar a mensagem mais facilmente.

Fala-nos um pouco do teu projecto os 7 pecados mortais...

O projecto 7 Pecados Mortais, ou 7 Pecados Capitais, surgiu para fazer interagir os artistas, ao mesmo tempo que criam uma obra individual, mas que no final acabam por se ligarem numa obra conjunta.  A ideia de juntar poetas e fotógrafos ou pintores, numa empreitada em comum, não é nova, e certamente já muita gente a pôs em marcha nos mais variados pontos do planeta, mas achei interessante pô-la em prática na WAF, já que é aqui que actualmente se encontram excelentes artistas, capazes de colaborarem neste projecto de interação artística. Também funciona como mais um meio de fazer passar a mensagem.

Fala-nos dos teus projetos futuros…

Os meus projectos futuros mais directos passam todos por um necessidade crescente de bem estar e qualidade de vida.  E tudo o resto, a música, a poesia, a fotografia e todas as outras artes que amo estão agregadas a esse novo pensar. Muitos projectos serão feitos a solo, em grupo existem sempre muitas chatices para as quais já não tenho a mínima paciência, embora esteja a desenvolver alguns projectos onde participam outros artistas. Tirando tudo aquilo que tenho anotado para médio e longo prazo, de momento tenho a idealizar projectos no campo da fotografia, música, teatro e design.

Obras marcantes:

A primeira obra que eu me lembro que me marcou  foi "A Tentação de Santo Antão" de Hieronymus Bosch. Tinha eu 6 anos, e graças à insistência  de me porem na catequese,  e a uma senhorita catequista que mostrava estas coisas belas  a uma criança ávida de conhecimento, dei de caras com irreverente Bosh. Na altura eu nem sabia o nome do senhor, mas aquela obra ficou para sempre gravada na retina. Essa e outras, que muito  mais tarde percebi que a senhora tinha-me mostrado coisas de Matthias Grünewald, ou de Albrecht Dürer, além de ter ficado sempre um gosto especial por cânticos de igreja e pelo som dos orgãos antigos.  Portanto, implicitamente eu retive o traço e as sensações dessas imagens, o que mais tarde originou o gosto pelo clacissismo, pela figura humana,  que depois se propagou aos mundos imaginários, surrealismo e muitas outras correntes.
Alguns anos mais tarde, quando descobri o gosto pela leitura, dei de caras com “O Anti-Cristo”  de Friedrich Nietzsche. E se na minha infância tinha tido um episódio que durou um ano, em que massivamente me bombardearam com imagens  de sofrimento, pecado, amor  e redenção, a adolescência  começou com o descobrimento do EU que podia ser, e da outra verdade que nunca me tinham contado.
Depois de me cansar de ler muita coisa, comecei a apreciar o mundo da fotografia, e quando descobri " Cupid &Centaur" de Joel-Peter Witkin, através de um amigo meu,  percebi que afinal o mundo podia ser um sítio fantástico e que eu não estava de todo sozinho.

Fonte de inspiração: 

Nos tempos antigos, acreditava-se que a inspiração provinha de espíritos “génios” que nos acompanhavam e nos davam a inspiração. Eu acredito nessa corrente filosófica, no sentido em que não depende apenas de nós ou dos outros a nossa fonte de inspiração.
Dependendo do ambiente, da situação em que estou, de com quem estou, do estado em que estou, a minha principal fonte de inspiração é o meu “génio” ou génios, que conduzem a minha inspiração pelos caminhos, geralmente sempre em estado anormal, mas no fim sempre certos. Até porque quando a obra não sai bem, sempre posso culpá-los a eles, afinal os génios são eles e não eu.

Filme preferido:

Muito difícil de escolher apenas um, mas amando história, mitologia e fantasia, escolho a trilogia do Senhor dos Anéis.

Canção preferida: 

Não tenho o que se pode chamar uma canção preferida para sempre ou desde sempre. De tempos a tempos tenho sempre uma diferente. Actualmente a minha canção preferida é “Cannonball” da banda “The Breeders”. Uma canção alegre para pessoas felizes que bebem cerveja num bar à beira da estrada empoeirada , de hot barmaids a servirem tostas de atum e bitches a jogarem snucker.

Palavra que me define:

Anunnaki

Jantar perfeito:

Agora, neste momento, o jantar perfeito era num salão de um castelo medieval francês com arcadas românicas encimadas por gárgulas,e janelas góticas envidraçadas por vitrais misticos. As  paredes repletas de enormes tapeçarias bizantinas em tons escarlate, e ao centro uma mesa em madeira talhada, robusta e comprida como o raio, ocupada pelas melhores pessoas que já conheci até hoje.  A mesa repleta de comida cheia de carne assada, peixe no forno,  muita verdura e montanhas de fruta, tudo acompanhado por bom vinho. Tudo num ambiente perfumado com cheirinhos de frutos do bosque e flores primaveris, sem esquecer  o apontamento do cheiro a fumo saído das tochas ardentes a debitarem uma  luz diferente do raio das lâmpadas que nós usamos na actualidade.  Música com fartura, sempre medieval , alegre, com saltibancos e outros animadores. Tudo pela noite dentro, e ao deitar bebíamos todos um bom chá par a ficarmos com um sorriso de orelha a orelha.

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Comentários

imagem de Odete Ferreira

A curiosidade ficou

A curiosidade ficou satisfeita...
Li a entrevista há já muito, mas o trabalho levou a que só agora arranjasse o tempo certo para reler e comentar.
Apreciei tudo que disseste e senti um certo orgulho por inferir quão completo é o teu ser artístico e com ideias fervilhantes. Precisamos de seres como tu...
Parabéns!
Bjinho :)

imagem de RICARDORODEIA

Vem tarde, mas o prometido é

Vem tarde, mas o prometido é devido... E BEM DEVIDO!

O sonho é que nos ordena e isso nota-se e denota-se. Foi sobejamente bom conhecer-te melhor.

Entenda-se que a tua entrevista transpira a emoção sincera da busca e encontro

Contigo e com os outros...

Um prazer ler a tua entravista. Até breve.

Abraço.

imagem de MariaButterfly

uma boa entrevista que gostei

uma boa entrevista que gostei de ler,

Beijo

imagem de Alcantra

Bela entrevista meu

Bela entrevista meu caro.

Abraços,

Alcantra

imagem de Henricabilio

literatura

A poesia está sempre presente na vida de todos nós,
pois ela é um presente div_hino e é fundamental
que o ser humano sinta isso - quem não sente nem
vive a poesia que existe envolvendo-o certaMente
que ainda está muito no início da aprendizagem existencial.

É ótimo encontrar cada vez mais pessoas respondendo
ao apelo poÉtico e a net tem tido uma importância
fundamental, pois as pessoas seguem uma dicotomia
lógica tornando-se autores e leitores simultaneamente.

Quanto à inspiração é sempre uma temática incontornável
na literatura e cada um pode ter a sua interpretação
muito pessoal, mas certamente que pelo menos a falta de
inspiração pode ter muito a ver com o cansaço e a saturação
- curiosamente tenho andado a escrever um texto à volta
deste assunto.

No restante da entrevista, nada a dizer pois além do mais
tem muito a ver com gostos e experiencias pessoais
que devemos sempre respeitar.

Envio um abraç0o desde as Caldas da Rainha!

Abilio Henriques

imagem de Jorge Humberto

Parabéns, amigo Domino!

Pela excelente e envolvente entrevista, que deixas-te, como testemunho, para todos nós: amigos e companheiros de letras e demais artes, por onde tu caminhas (e bem) estou certo.
Foi entusiasmante ler tuas respostas e assim ficar a conhecer um pouco mais de ti e de teu pensar.

Bravo pela merecida distinção. CONTINUA!!!

Abraço bem forte
Jorge Humberto

imagem de topeneda

O Verdadeiro Artista!

Um mamífero com penas!

Excelente!...

Abraço amigo!

imagem de joanadarc

Parabéns raio

Adorei a tua entrevista (claro...é tua).Genuína, repleta de ti, artisticamente tua, como tudo que flui de ti. Como fico contente de ver, entrevistado, alguém que me é tão próximo, e que admiro tanto, como tu, meu amigo...Parabéns, por esta magnifica e retratada entrevista tua.

Beijo

Joana