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GOTAS DE AMOR
AMAR-TE NA POESIA
Quero te amar na poesia,
Infinitamente te quero.
Amar-te de noite e de dia,
Inquietamente,
Impulsivamente.
Quero teu amor lindo,
Rindo,
Brincando,
Sofrendo,
Chorando,
Sob o teu olhar,
Tua proteção,
Ouvindo-te.
Quero te amar na poesia,
Sentindo tua gostosura,
O teu corpo,
Tua ternura.
Quero te amar na poesia,
Fazendo meus versos
Acalentando teu sono,
Realizando teus sonhos,
Guardando-te, com encanto,
Com magia, ouvindo teu canto,
Admirando teu encanto.
Quero te amar na poesia,
Como uma flor no campo,
Que enriquece a paisagem,
Perfumando a aragem.
Quero te amar na poesia,
Fazendo meus versos,
Imerso em devaneios,
Sem receio,
Desacorrentado,
Com o pensamento voltado
Ao amor que tenho guardado.
OLHOS DE LINCE
Durmo?
Parece um sonho ou é estranho pensamento?
Não!
Nenhuma coisa, nem outra.
Apenas o efeito do teu olhar
Penetrante,
Que num instante,
Envolve todo o meu ser,
Igual ao raio laser,
Fulminante.
Deixou-me com
Uma sensação de dominado,
Fazer ceder meu coração.
Teu olhar, como se fosse de um lince.
Sedento de desejo,
Plantou no meu íntimo
Um sentimento diferente,
Transformou-se em amor
Eu, um nada homem que,
Até então,
Existia consumido pelo tempo,
Buscando emoções,
Sem fé, sem alma,
Sem esperança.
Misturado às máquinas,
E com elas confundido,
Recolhi-me ao silêncio.
Encontrei a individualidade.
Não serviu.
Achei o soturno como saída
Para um nada homem,
Cuja crise existencial
Era substancial,
Aumentando cada vez mais
A fraqueza.
Teu olhar de lince
Penetrou no nada homem
E o fez esboçar reação,
No coração,
No pensamento,
No íntimo,
Na alma,
E calma, senti
Explodir uma paixão.
O nada homem, agora,
Acredita no destino,
No espírito,
Na esperança,
Se deixando ler no rosto
Os efeitos desse teu olhar.
Agora posso ver
Teu sorriso,
Tua meiguice,
Tua alegria,
Tua felicidade,
Tudo que emoldura tua face,
Devolvendo os mistérios
Com que ele seduz.
O nada homem não existe.
Já posso ver que as roseiras brotam
E crescem;
Que o mar,
No balanço do vento, vai e vem,
Como o pulsar do teu coração;
Que ouve na voz do vento
O gorjear dos pássaros que
Em vôos lentos
Dançam a melodia do amor.
Fascinação
Toma conta do homem
Atingido pelo teu olhar de lince,
E te ver transformada em
Flor singela,
Entre outras
A mais bela,
No eterno esplendor da natureza,
Que tocada pela brisa matutina,
Não é mais flor menina,
Ou um botão a desabrochar,
É uma flor da colina,
Que entre ervas daninhas,
E muito espinho,
Fez da dor
O seu passaporte
Para a eternidade.
Ah, esse teu olhar de lince
Transporta-me
Para as mais imprevisíveis
Emoções.
CIDADÃOS DA RUA
Às margens poluídas
Do Rio Bacanga
Da gente humilde
E encolerizada,
O grito repugnante se faz ouvir.
O sol,
Que penetra em seus poros,
Com tanta liberdade,
Instala em cada um,
O câncer epidérmico,
Enquanto a esquistossomose
Adormece, momentaneamente,
No seu interior.
O direito dessa maldade,
Que dizem ser igualdade,
Conquistando com braços fracos
E fome,
É um desafio
Ao nosso peito, à própria morte;
Idolatrado é o torrão amado,
Onde os sonhos e esperanças
Perpetuam-se dentro de nós;
Pátria de formoso céu,
Bem poluído,
Que impede a luz natural
De resplandecer
Às margens plácidas do rio,
Que fede,
Após ter acolhido a sanha
Egoísta daqueles que sempre
Usaram
A “Lei do Gerson”
Que afeleia e envenena
A sociedade;
Ouviram da gente humilde,
O grito que ecoa
No espaço sem fim,
Da dor, da fome,
Da miséria que corroem
A estrutura humana;
Gritos dos que integram
Os 60 milhões de subempregados,
Dos pais e mães das 400 mil
Crianças
Que morrem de doenças evitáveis,
Dos desnutridos que
Transformam-se em loucos
E dos 15 milhões que vivem
Na rua...
Um contingente miserável
Que o poder acha razoável,
Onde quatro milhões não têm escolas,
E que pedem esmolas
Tentando sobreviver;
As margens poluídas do Bacanga,
Outrora ponto de encontro dos
Boêmios,
Que os poderosos transformaram
Em aterro,
Jogando fora tanta pureza,
Embolsando dólares,
Destruindo a natureza;
Dinheiro do pacto social,
Que se destinado aos pobres,
Era um processo natural,
Mas vem como se fosse
Metralhadora,
Varrendo necessitados
E oprimidos,
Crianças ou adultos, deste gigante país,
Sem esperanças;
Um mundo paralelo se forma,
Pelos cidadãos da rua,
Filhos da fome e da miséria,
Uma realidade dura e crua...
O grito não se faz ouvir
Por negligentes,
De uma sociedade preconceituosa,
Que rotula de marginal a pobreza,
Por viver num mar de rosas;
Às margens poluídas do
Rio Bacanga,
De histórias tradicionais,
Da rainha Iemanjá,
Do boto encantado,
Da cavala canga,
E das festas que não voltam mais...
Pátria de formoso céu azul,
Oitava economia do mundo
Capitalista,
A terceira em concentração
De renda,
E a miséria imperando
De norte a sul.
Fabricamos armamentos bélicos
E aviões,
Grandes navios e computadores,
O segundo exportador de ferro,
O terceiro de aço,
Sem pedir favores.
O primeiro no cultivo da soja,
Exportamos até luxo do carnaval,
Temos região com 55%
De analfabetos,
Somos um país sem igual...
O grito se espalha com o vento
Que o joga para o mundo,
Ecoando no universo imundo,
Da fome, da miséria,
Dos cidadãos da rua
GRUTA
Gruta profunda
Camuflada de flores
Onde acampam e repousam
Grandes paixões e amores
Gruta profunda
Que se deixa fecundar
Sem ódio, sem luta
Que faz-nos vibrar
Penetrar-te mansamente
Com contrações evoluindo
E com calor exaurindo
É padecer eternamente
ROMÂNTICO AMANTE
Não toque essa música envolvente
Meu coração acelera e sofre
Ela lembra teu corpo quente
Sobre o meu sempre tenso e nobre
Não quero sentir emoções latentes
Que me provocam tanto mal
Lembrar teus beijos sempre ardentes
Excitantes, deliciosos sem igual
Quero música alegre e dançante
Para esquecer os sofrimentos
De quem foi um romântico amante.
FACHO DE LUZ
Teu porte de mulher pura
Teus encantos e magia
Busco em ti a ventura
De amar todos os dias
Tua voz quando escuto
Sinto bater forte o coração
Não deixarei um minuto
De admirar este ser
Quebrarei todos os espinhos
Que possam ferir o coração
Garantir os teus carinhos
Manter viva essa paixão
Ter sempre o peito cheio
De um amor que seduz
És meu grande anseio
És meu facho de luz.
PARA SEMPRE
Ah, como te adoro!...
Meu amor não quer mudança
Quer estar sempre vivo
E guardá-la na lembrança
Rolando pelo frio chão
Meu coração esquenta
Entrelaçados no colchão
Nosso prazer aumenta
É gostoso te amar querida
Teu corpo sempre ter
Quando ênfase à vida
Fazendo o meu tremer.
RAIO DE ESPERANÇA
Teu rosto
Meus afagos
Teus beijos
Meus desejos
Nossos corpos
E manias
Nossos corações
Muitas emoções
Sabor que avança
Raio de esperança
De imenso fulgor
Formosa, bondosa
Olhar faceiro
És meu amor.
BRINDE AO AMOR
Brindemos o amor intenso
Nas festas de fim de ano
Brindemos a excelência da vida
Que nos permite amor intenso
Os anjos abençoam este romance
Que caminha firme e forte
Posso dizer-te: tive a sorte
De encontrar-te em caminho
Amar-te é importante,
Em qualquer instante
Faz-me alegre e feliz
Como sempre eu quis.
IMAGEM DE VOCÊ
Imaginei mil coisas belas
Enfrentei tudo, até o mundo
Pra contigo ficar junto
E superar as mazelas...
Hoje, no findar do ano
Provo-te amor perfeito
Todo o sentimento do peito,
Povoas o meu cotidiano
Beijos e carícias me completam
Quando fortemente me abraças
Encho-me de garbo e emoção
Pois preenches todo o meu coração.
COM VOCÊ
Mais um ano que finda
Com o sol brilhando tanto
Os dias não são mais tristes
E nem existem mais prantos
Junto tudo é bonito
Amor para sempre infinito
O sol queima nossos corpos
O coração bate mais forte
Amar-te é loucura
Que todos, acho, queriam
Beijar teus lábios, doçura
Viver imensa ternura.
A NOITE MAIS BELA
Hoje a noite é mais bela
A lua ilumina o espaço
Ofertei-te as rosas mais singelas
E o aperto do meu abraço
Hoje estou mais feliz
Tendo-te ao meu lado
Nesta noite mais bela
Como sempre quis
Hoje é aniversário
E nenhum adversário
Faz-te mais feliz
Como sempre eu te fiz.
MANIA
A distância e a saudade
São impulsivas em mim
Mexem com a minha emoção
Motivam-me sempre assim
Inspiro-me a todo instante
Chegando a ter calafrios
Por não sugar tua boca
Por estar um pouco distante
Mas nada como um outro dia,
Que bem próximo deve estar
Para abraçar-te como queria
Pensamento que me inquieta
Enquanto isso não se realizar
Você, para mim, virou mania.
POETAREI SEMPRE
Só um sublime amor
Faz-me poetar tanto
Poetarei eternamente
Ouvindo teus cantos
São eles que me inspiram
Nos instantes da minha vida
São eles que me sensibilizam
A compor poemas, querida
Tanto faz perto ou longe
Tua imagem é perpétua
No meu corpo e na minh’alma
Teu sorriso, teu perfume
E até mesmo o teu ciúme
Aquecem a minha aura.
OFERENDA
A flor que me ofertas
Símbolo de um amor sincero
Impressiona-me pela beleza
Da mulher que sempre quero
A flor que me ofertas agora
Linda como um sonho juvenil
Consagra nosso sentimento
Que é sincero e será eterno
Flor, entre outras, a mais bela
Regada através dos tempos
Pelo orvalho das madrugadas
E em dias e noites de sonhos
É a flor que enfeita o enredo
Da nossa história de amor.
O SILÊNCIO DAS FLORES
Se elas pudessem falar
Talvez não fossem tão belas
Basta o perfume e a beleza
Que são frutos da natureza
Se elas pudessem falar
Talvez não se chamassem flores
Embora representem o amor
Transformariam-se em dores
Como elas não falam
Exalam sua essência
Inebriam nosso íntimo
De amor, por excelência.
SEMPRE AIROSA
A inquietude toma conta da calma
Pois sem estar vendo todo dia você
Não há como serenizar a minh’alma
Ansiosamente penso em te ver
O que me traz um pouco de paz
É ver nos meus sonhos borboletas
A pousar no meu imaginário jardim
Bailando em sons de trombetas
Leva-me por inteiro à tua vida
Faz-me porto do teu amor sincero
Amar-te-ei para sempre querida
Ainda respiro o teu cheiro de rosas
De rosas vermelhas que te enfeitam
E te tornam mulher sempre airosa.
RENDO-ME À POESIA
Não me rendo ao espetáculo, mas à emoção...
Não me rendo às palavras, mas ao sentimento,
Rendo-me aos sonhos para poder viver,
Para alimentar-me a alma...
Bebo a inspiração, para celebrar a poesia,
busco a perfeita rima para transformar
idéias em frases que possam exprimir
toda a minha saga poética.
Se chorando, rindo, solitário, amargurado,
vou deixando marcas no tempo
escrevendo em pedaços de papel
o que vai ao íntimo.
Não sou a voz dos outros,
ao mesmo instante em que
sou tu, sou eu, somos nós em cada poema.
Talvez sejamos a voz do coletivo,
que em sentimento uno
expressamos comportamentos íntimos
que se transformam em emoções.
Eu, você, nós todos cantamos nossos cantos.
e às vezes em pratos, alma agitada,
fazemos do céu o nosso leito,
o luar, a nossa luz.
A nossa estrada assemelha-se a um
manto, que nos reveste, e que nos conduz
à sapiência e, então, escrevemos em papéis,
passagens resumidas de nossas vidas...
em forma de poesia...
POR QUE MORREM AS FLORES?
Morrem as flores
Morrem as vidas
O peito me punge ao vê-las fenecer,
Pétalas caindo, galhos secando,
Por que as flores?
Por que a vida?
Por que não são eternas?
Ah, nada é para sempre!
O céu será mais estrelado,
Com a morte das flores?
As lágrimas serão as garoas?
E a primavera existe sem flores?
Aflige-me a morte das belas...
A dor e a saudade me falam delas
VAIDOSA
Não eras uma rosa, símbolo da pureza do amor?
A Deusa dos jardins, que a todos embriagas com olor?
Deusa que se alimenta do orvalho das noites frias
E que para os casais transforma-se em harmonia?
Quantas brisas não te embalam dias e noites,
Deixando os cravos embevecidos de sentimentos.
Oh! Rosa, vaidosa, que com artimanhas vence
O tempo que passa registrando a sua história.
Rosa que, em princípio, não mostra o espinho,
Se deixa sugar, cede a sua essência, de forma mágica,
Para enriquecer o mel que adoça os lábios das Iracemas...
Rosa, que de repente, no planger dos meus dias,
Ferida, transforma o néctar dos encantos, em fel
Matando sentimentos, destruindo toda a alegria.
SEMPRE BELA
A noite hoje está mais bela
Vejo no teu semblante alegria
És como uma flor singela
Expulsando de mim a nostalgia
Confundo teu brilho com estrela
A iluminar o meu universo
De amor sempre sincero
Tentando rimar tudo em verso
Sinta-me como um eterno
Nas tuas macias entranhas
Pois as marcas que ficam
Jamais serão estranhas.
TARDE FRIA
No meu peito pulsa célere o coração
Na tarde fria, no por do sol,
Na emoção da saudade triste,
Da tristeza que tua ausência traz.
Solitário procuro nos raios amarelados
Que refletem na água, na forma de saudade
O brilho que em teus olhos sempre vejo
E no vai e vem da maré, murmúrios e poemas
Imagino-te linda com anseios ardentes
Levando-me a sonhar neste instante
Dançando uma canção bem sonora
De fascínio tal qual, o romper da aurora.
No meu peito pulsa célere o coração
Na tarde fria, já no fim do dia,
No momento em que o sol em agonia
Vai cedendo para o véu da escuridão
Na tarde fria, no por do sol
Quando vidas germinam e vidas falecem,
Esperança de manhãs claras e rosas orvalhadas,
A brisa enxuga no meu rosto lágrimas que descem.
Sinto falta do teu calor, do teu carinho,
No meu crepúsculo de sofrer em silêncio,
Do brilho dos teus olhos como os das estrelas e do luar
Dos teus momentos felizes, pronta para amar.
IDADE PARA AMAR
Me vem a lembrança eterna
De ver tua boca abrir-se como rosa
De morder as pétalas vermelhas
Num misto de paixão primorosa
Beijei-a de mansinho primeira vez
E loucamente com insensatez
Beijar-te-ei sempre apaixonadamente
Pois minha alma vibra intensamente
Diz o poeta que
Se canta, sem ter mocidade
Que também se ama se nos apetece
Por que para o amor não tem idade
E o coração de quem ama não envelhece...
O AMOR É TUDO
A paixão é azul
Da cor do céu de verão
Da mesma dimensão do infinito
Transborda qualquer coração
O Amor é cor-de-rosa
Sereno, delicado, cheio de ternura
Vem de alma tão generosa
Diferente de muitas criaturas
O desejo é vermelho forte
Supera até mesmo a vaidade,
Não depende de momento, de sorte
Extrapola qualquer vaidade
Tem paixão constante
Lembra uma estrela na imensidão
Do mesmo céu azul de verão
Mas dói a todo instante
O amor é como rosa
Radiante antes do sol posto
Perto é sempre primorosa
Longe é como lágrima no rosto
Um desejo pode ser muito forte
Sonhos que se tornam realidade
Misto de paixão, amor e doçura
Tem alma, coração e vida
Olhando-me sinto proteção
Na estrada, ajuda-me na subida.
AQUELA FLOR
Sabe aquela flor que nasceu
Que parecia ter alma, ter vida
Ela proliferou suavemente, mas morreu
Depois de tantas outras flores nascidas
Uma espécie de milagre da multiplicação
Assim como num peito que nasce um amor
Que cresce e vira paixão, cheio de emoção
Que nos faz esquecer o mundo, esquecer a dor
Aquela linda flor nasceu e morreu
Fertilizou o jardim da minha imaginação
Fez crescer o pulsar do meu coração
E pulsando de amor o meu coração
Envolvo-me nesse sentimento profundo
Assim como o milagre da multiplicação
FLOR DO TEMPO
Vi uma flor linda nascer
Na manhã de sol primaveril
Parece ter alma, parece viver
Faz-me voltar ao tempo juvenil
Vi uma linda flor nascer
Na imensidão dos meus sonhos
Um mistério dentro do meu ser
Mas que me torna sempre risonho
Quando volto à realidade do tempo
Do tempo de espera em segredo
Ouço na voz do fresco vento
Pra que te ame, sem medo,
E te amando sem medo assim
Como floresce a for linda no jardim
Tenho a certeza que nascestes pra mim
ACORDES DA NOITE
Os pirilampos bailam à noite,
Sob a luz lunar e céu estrelado
Em deslumbrante festa que fascina
O mesmo som, os mesmos acordes
Não me canso de escutar a melodia,
O dedilhar no piano em compasso
A música de Chopin me invade
No cair das folhas soltas no espaço
No espelho d’água, à minha frente,
Do rio que te empresta o nome,
Santo Amaro, ouço o teu canto
Na clave de sol do novo amanhecer
As águas correrão da vertente
Inundando teus vales de riqueza
NOTURNO EM MI BEMOL MAIOR
Há paz no entardecer de Santo Amaro
A noite se aproxima um pouco fria
Mergulho fundo num mar imaginário
Tentando fugir da angústia, da solidão
No véu da noite, ainda poucas estrelas
Que cintilam em ritmo cadenciado
Enquanto a brisa envolve o meu corpo
Que descansa em uma rede de algodão
Ouço acordes que invadem o cenário
É Noturno, em Mi Bemol Maior,
A música de Chopin, que me seduz
Que ressuscita em meus versos,
Na amplidão dos meus sonhos
Todo o meu amor e encantamento
SOB O CÉU DE SANTO AMARO
As brancas nuvens se espalham
no teu céu azul e branco.
Tuas praias, dunas, campos, rios,
lagos e lagoas,
Fortificam um coração a pulsar
nos lençóis,
Ao norte do Estado,
banhado pelas águas do Alegre
E do Santo Amaro
que te empresta o nome.
O progresso quer romper tuas
entranhas com insistência.
Não deixa o negro tapete cobrir
tua branca areia,
nem macular teu imenso
santuário ecológico.
Não permitas que o Sangue
jorre do coração de Rosarinho
Para abrir a fenda de um portal
imaginário do prazer.
És a Santo Amaro do Maranhão,
onde as trilhas encantam
Em aventuras motorizadas,
em traçados de belo bailado,
Deslizando deliciosamente
em teu corpo tão encantador,
Em formato arenoso emoldurado
por verdejante flora.
Impressionante fauna,
nos leva aos morros que nos fazem
Imaginar as asas de um pássaro
ao contemplar a Lagoa da Gaivota.
Ah, Queimada dos Britos, Travosa,
Sonda, Betânia, Espigão,
Mares e rios que cortam os Lençóis,
dunas e belas lagoas,
Todos envoltos pelos brilhos do sol
e do luar quase sempre presente,
Pois o Sol cria sua própria luz,
que é lançada no espaço cósmico
em todas as direções.
A lua não cria sua luz, ela apenas
reflete a luz que o Sol lança sobre ela.
Se o Sol se apagasse, as estrelas
continuariam brilhando do mesmo modo,
como se nada tivesse acontecido,
porque elas são fontes luminosas
como o Sol.
E Santo Amaro continuaria resplandecendo,
Através dos seus imensos espelhos d’água.
MEU PAI, MEU HERÓI
Pai
Olho para o horizonte
E me perco no infinito.
Tento descobrir teu rosto
Entre as nuvens que se
Formam no céu.
Se existes,
Envolto estás na espumas
Que se vão ao léu
E o meu peito se enche de saudades.
Os dias passam rapidamente
Mas a tua imagem continua
Presente na minha imaginação.
A força motora que acelera
Meu cérebro faz-nos retroceder
No tempo e sentir o afago nos teus
Brancos cabelos, tingidos que foram
Pelas duras horas de labor.
Até parece que essas nuvens
São formadas de partículas que
Desprenderam-se de tua cabeça.
Teu corpo cansado, ainda lembro,
Retratava com perfeição a marca
Da tua escravidão como chefe de
Família.
Quantas e quantas não foram as horas
De sofrimento.
Quantos não foram os dias de acerto
E desacertos para manter sempre essa
Chama de líder que te fez
Pai em todos os sentidos.
Agora, nós é que caminhamos
Lentos um pouco mais do que
Fazíamos meses passados
A carga é pesada meu pai
Mas os teus ensinamentos nos tornaram
Fortes suficientes para prosseguir na vida
Em busca de uma firmeza que prometemos
Encontrar.
Continuaremos buscando no horizonte a
Tua imagem singular
Certos de que te encontraremos no
Reino da glória.
Reza por nós, pai
Perdoe-nos se não soubemos estimar-te
Como devíamos.
Perdoe-nos pai, por tudo
Até por não sabermos te amar.
Perdoe-nos pai
Você foi um herói.
CLARIDADE
Fiat lux!
Clareia
Claridade...
No túnel do amor:
Fiat lux!
Nem tudo está perdido.
O negro espaço,
Foge no tempo.
Que se faça a luz!
É ventura,
Tudo o que seduz.
Que se faça a luz!
É tempo de esperança,
É bonança,
DEUS, só Ele nos conduz.
Fiat voluntas tua!
(Faça-se a Tua vontade!)
PARALELAS
Me perco nas palavras,
que são infinitas.
Me perco nas emoções
que são incontroláveis.
Me perco no sentimento
que é bastante profundo.
Me encontro no prazer
que é incontestável.
Me encontro no amor
que é para sempre, eterno.
Me encontro na ternura
que é parte tua criatura.
Me perco e me encontro
no fazer,no sentir, no gostar.
Me perco e me encontro
nos gestos e no ato de amar.
Infinitamente me perco,
infinitamente me encontro.
Paralelas que dão curso
à vida, na emoção do amor,
na plenitude do prazer.
PRECISO ABRAÇAR-TE
Silêncio, te peço,
silêncio.
Não digas nada,
por favor.
Preciso abraçar-te
bem forte,
sentir teu carinho,
o teu amor.
Aperta-me em teus braços
de forma carinhosa,
com prazer.
Afasta a dor de minha alma,
tão sofrida, tão amargurada.
Me faz alegre,
me faz reviver.
Busco em ti,
a felicidade perdida,
hoje magoado, sentido,
muito ferido.
Preciso reaprender a viver.
te busquei no horizonte
de minhas ilusões,
no nascer ou no por do sol,
no clarão da lua,
no espaço, dia e noite,
no pecado, na emoção.
Te busquei até nas folhas
soltas ao vento.
Silêncio,
não digas nada,
por favor!
Preciso abraçar-te,
bem forte...
GOTAS DE AMOR
O crepúsculo desmaia
em cores suaves
e de forma mágica
irradiando os corações apaixonados.
O vento parece entender
e vem tocar suavemente
as pétalas das orquídeas,
como se acarinhando-as
e revigorando as recém-brotadas.
É o prenúncio da noite
que desperta em minha alma
recordações que formam meu mundo.
E imerso,
procuro desvendar os mistérios do amor,
da paixão,
que às vezes
transformam-se em desejos,
dores, saudades e tristezas.
Para cada pergunta
uma resposta
e nenhuma delas me satisfaz.
As horas se perderam
na escalada do tempo.
Quantos sorrisos
não foram com a primavera,
ano após ano.
Nosso céu interior
modificou-se a cada alvorada
ou limiar dos intermináveis
dias de amor e paixão.
Acredito haver para sempre
o florir na primavera.
E a rosa que,
despedaçou-se com o toque do vento,
renasça para perfumar
e colorir a vida,
para que possamos
beber as gotas de amor
que depositamos
na taça do coração.
E embriagado pelo beijo,
tenhamos forças
para arrancar de dentro do íntimo
a saudade que tanto nos maltrata.
ANOITECER INTERIOR
O silêncio dorme em meu peito
Igual às árvores semimortas
Que desfolhadas esperam o outono
Anoitecer e amanhecer da esperança
O silêncio dorme em meu peito
Um sono sem sonho à luz do luar
No brilho da eterna lembrança
Na conjugação do verbo amar
No anoitecer do meu interior
O silêncio dorme em meu peito
No crepúsculo da vida e do prazer
O infinito tempo que sem tempo
Nunca perdoa e segue em frente
Libertando saudades de outros tempos
Universo do teu corpo
135 Comentário(s)
UNIVERSO DO TEU CORPO
No universo do teu corpo
Deixo-me envolver em delícias
E, no gozo da volúpia ardente
Ao sabor do teu hálito quente
Vou fluindo pela abóbada estrelada
Entre sonhos, sentido as carícias
Do toque imaginário das tuas mãos
A enrijecer meus músculos cansados
Da velhice que ancora no meu tempo
Sem importar-se com sentimentos
Que sustentam minh’alma, meu corpo
E dão-me forma de ser, de homem
Que ama, sente saudade, ilusão
Que navega no teu mundo, no teu coração
No universo do teu corpo
Muitas estrelas hão de brilhar
Transpondo galáxias fictícias
Em busca da luz do teu olhar
Navegando no teu mundo
Por entre estrelas cadentes
Em vôos lentos e profundos
Sem sentir o toque dos ventos
Envolvendo-me em segredos
Que ninguém pode desvendar
Como os da magia da natureza
Que leva o coração a amar.
APENAS UM OLHAR
Apenas um olhar,
nenhuma palavra.
Um olhar de desejo,
antes casual,
armado pelo destino,
uma estratégia genial.
Depois,
outro olhar,
na tarde festiva de verão,
quando sonhos e fantasias
adornavam meu pensamento.
Mais uma vez um olhar,
mais penetrante,
mais profundo,
como se nada mais no mundo
me fizesse meditar.
Um sonho,
parece um sonho.
Antes teu olhar,
depois teus lábios a suplicar meus beijos,
com tanta ansiedade.
Um leve sorriso me lança no paraíso,
imaginário e grandioso,
tornando-me audacioso.
Uma saudade,
o teu abraço,
o teu calor,
a nossa vontade.
No silêncio da noite,
me perco ma imensidão do prazer,
sob a luz dos teus olhos brilhantes,
sem piscar um só instante,
prazer que alimenta o meu ser.
Juntam-se em todos os momentos
o dulçor dos teus olhos
tua bondade,
tua felicidade,
tua saudade,
enfim,
todos os teus sentimentos
completam esse instante
de encantamento.
SORRISO DE TERNURA
Deslumbrado diante do infinito,
meditando sob o raio de sol
que parece penetrar no meu íntimo,
iluminando minha alma,
sinto descortinar o teu semblante
de mulher sensual,
trazendo no rosto um sorriso de ternura
que domina, fazendo com que tudo pare
para dar lugar à tua beleza.
Diante do teu corpo, pensamentos vis
povoam minha cabeça
para desejar algo que de ti não mereço.
Sentindo remorsos pelos pecados meditados,
sei que padeço, embora toda a tua felicidade
estivesse, como se condensada,
nesse teu sorriso encantador.
Tudo belo e difícil de ser descrito pelo poeta,
mesmo inspirado pelo azul do céu,
pela pureza da flor descrita pelo escriba
a sensibilidade do sentimento amor,
de todo o encantamento da natureza,
a leveza do vôo de um beija-flor.
Ao tempo em que sinto a sensação do só,
com a angústia infernal,
como se o coração
em chamas vivas de um vulcão
a queimar o meu interior,
com o ego ferido,
dentro de um mundo tão intenso,
meu pensamento segue adiante,
por caminhos tão distantes,
mas que vão encontrar teu sorriso,
o mesmo sorriso de ternura,
que não encontro em nenhuma outra criatura.
Meu coração treme de medo da perda,
da saudade, da solidão,
mas que é superado pela lembrança,
do teu sorriso de ternura,
do teu semblante de mulher sensual,
do teu pecado.
Então, sinto o raio de sol,
queimando o meu interior,
tocando a minha alma,
aumentando a ansiedade,
o meu amor.
PRAZER DO FIM
O desejo da carne
O de amar
O toque do corpo
Lábios que se unem
Momentos de emoção
Sentimentos se confundem
Pernas e braços se misturam
Num insaciável prazer
Carícias
Pensamentos fortes
Loucos, talvez,
Encontros e desencontros
No vazio,
No espaço,
Teu abraço,
Meu enlace,
Meu tudo
Teu começo,
Frêmitos de gozo
Na volúpia do corpo
No prazer do fim...
PEDAÇOS DE SONHOS
Lembrar os anseios da adolescência,
Quando o meu encanto se escondia
Numa mistura de fervor e inocência
Sem pensar no amanhã de melancolia
Não há como retroceder no tempo
Para rever toda a sua efervescência
De ouvir tua voz com suavidade
Falando palavras de amor de verdade
Só nos resta navegar nos verdes lagos
Onde tudo se transforma em esperança
Expulsando da nossa mente a nostalgia
Lampejos fotográficos de uma época
Onde a aurora dos longos e belos dias
Eram pedaços de sonhos nas poesias
MARES DE ESPERANÇA
O poeta canta, madrugada a dentro,
Na noite de luar, em plena primavera
Versos às últimas luzes estrelares
Enquanto o novo sol não desponta
Logo vem o amanhecer...fascinação
Colorindo um mundo de esperanças
Que adoça sempre boas lembranças
Do amor sonhado com muita emoção
Seu canto é de ansiedade e alegria
Por ver nascer a aurora do novo dia
Dando um basta numa funda nostalgia
Seu pensamento singra mares de esperança
Até aportar em terras do amor sem fim
Para que possa dizer que te ama sim
GOSTO
Gosto do gosto do teu beijo
Do perfume do teu corpo sensual
Do teu rosto, da tua pele macia
Como teu ser, nunca vi igual
Gosto do gosto do teu beijo
Que mexe comigo provoca emoção
É a fonte que renova meu desejo
Motivo de toda minha inspiração
Inspiração de um sonhar eterno
Que traz momentos de paixão
Alimentando um calor interno
É que te amando tanto, tanto
Em mim um misto de paixão e loucura
Me faz o mais feliz das criaturas.
ERA UMA VEZ
Era uma vez...
Ilusões povoavam o meu mundo
Muitas estórias, fantasias... Era uma vez...
Encantamentos, tudo muito profundo.
Papai, mamãe, meus irmãos, muitos...
Nos amanheceres ao som das cornetas
No alertar dos homens das casernas
Ou no passar de ébrios menestréis
Era uma vez...
Vi olhares fiéis, de infinito pensar.
No respirar da brisa das manhãs
Vi surdir o clarão dos belos dias
E o brotar do amor, como pérola divina,
Que se transformaram em saudades
SEMPRE BELA
A noite hoje está mais bela
Vejo no teu semblante alegria
És como uma flor singela
Expulsando de mim a nostalgia
Confundo teu brilho com estrela
A iluminar o meu universo
De amor sempre sincero
Tentando rimar tudo em verso
Sinta-me como um eterno
Nas tuas macias entranhas
Pois as marcas que ficam
Jamais serão estranhas.
MINHA EMOÇÃO
Deslizar suavemente no teu corpo
Sentir latejar teus músculos
Salivar o teu gosto de mulher
É como se flutuasse no infinito
Tocar-te com mais erotismo
Envolver-me nos teus braços
Sugar-te com todo egoísmo
É como se estivesse num paraíso
Onde só nós dois existíssemos
Para amar, amar, amar.
AMOR ETERNO
Meu pensamento voa
Dá asas à imaginação
No peito forte emoção
O amor vence, não recua.
Passam-se os anos e nós,
Como diriam nossos avós,
Encegueirados ficamos
Te amo, me amas, nos amamos
Cada vez te peço bem mais
Chega perto, me afaga os cabelos
Teu carinho nunca é demais
Me consome, me enrijece os pêlos.
Sinto meu corpo arrepiar-se
Em cada momento de prazer
Chego ao êxtase bem depressa
Nos teus braços vou enlouquecer.
Ama-me, por favor, ama-me
Para sempre vou te querer
O meu amor é eterno
Jamais vou te esquecer.
VAIDADE
Um vento sopra frio no quarto
Enquanto contemplo tua singeleza
Me vem uma doce lembrança
De como é belíssima a natureza
Corpo singelo e sensual
Cujo o calor aos pouco me invade
Transporto-me para o espaço sideral
Sinto-me em estado de felicidade
Como é belíssima a natureza
Tu que representas o ser humano
E simboliza toda a beleza
Sentindo-me em estado de felicidade
Abraçado ao teu lindo corpo nu
Sou poderoso, envolve-me a vaidade.
QUANDO SE AMA
Todo homem se diz afortunado
Quando ama sem derramar pranto
Diz ter sempre por cobertura o manto
Da mulher que seu amor tenha levado
Não deixa de ser algo bem sagrado
Que anima a alma e desabrocha o canto
Esconde a fonte onde borbulha o pranto
E faz brotar no rosto sorriso iluminado
Tudo vira banquete no seu coração
Faz de tudo como se fosse criança
Para provar que tem o fogo da paixão
E provando o que sente, que é seu tudo
Que sua musa é uma riqueza imensa
Dá pra entender como se chega ao absurdo.
.
PAIXÃO OU LOUCURA
Tudo silêncio nesta noite de festa
De festa no coração de quem ama
Só o sopro do vento no meu corpo
Abranda o calor que se manifesta
Que ao tocar no teu, aquece, vira chama
Tudo silêncio nesta noite de festa
De festa, prazer e muito encantamento
Já que no meu peito se manifesta
A magia de um doce sentimento
Um amor que existia só em pensamento
Tudo se fez realidade com emoção
De um simples encontro a uma paixão
Hoje já não sei o que é loucura
Diante de tão bela criatura
Se dentro de mim houve uma explosão
Sentindo a explosão do amor carinho
Do amor paixão enriqueço meus dias
Faço dos teus braços o meu ninho
Braços que me apertam no colo
No colo, como sempre queria.
TUA LUZ
Olho nos teus olhos castanhos
Um brilho fosforescente
De encantamentos tamanhos
Que me transformam, meu peito sente.
É que essa luz me ilumina
Enche-me de amor e paixão
De tal forma que me alucina
Mexendo com a minha emoção
E me iluminando tanto assim
Transformando meu comportamento
Mostra o quanto estou te amando
Que te dou o meu maior sentimento
E te amando, te querendo bem
Esqueço de tudo em minha volta
Se me queres, tu também.
REVIVER
Como é possível esquecer teu amor
Num momento de grande paixão
Como esquecer tudo de ti
Se dominastes o meu pobre coração
Te amar não é apenas aventura
É muito sublime, além da imaginação
Tendo-te sou a mais feliz criatura
Longe de ti perco até a minha razão
Como é possível esquecer teu amor
Se dentro de mim está contido
Um sentimento de grande fulgor
Embora, às vezes um amor dorido
Faz-me reviver de novo a emoção
Que proporciona teu amor, tua paixão
Tu que dominastes meu pobre coração.
LATITUDES DO MEU SONHO
Na minha contemplação interior,
Vejo que uma luz esverdeada invade a minha retina,
como um extraordinário fenômeno natural.
É como se fosse uma Aurora Boreal,
que segundo os astrônomos,
tudo se deve aos átomos de oxigênio
das altas camadas atmosféricas
que emitem luz verde,
ao serem excitados pelos eletrodos
de alta velocidade do vento solar.
Talvez sejam reflexo do vazio, mais
Me transporto mentalmente
à Lapônia Finlandesa,
igualmente excitado pela emoção de ver,
também, durante duzentos dias,
o Sol da Meia Noite.
Gera em mim, uma embriaguês solitária.
Eu, príncipe das noites mal dormidas,
Sofro o milagre da inconsciência,
Sem poder poetar em versos cadenciados,
A inspiração do meu viver em ti...
Noite polar na latitude do meu sonho.
Revontuli: o “fogo da raposa”,
que segundo a lenda, as caudas das raposas
que corriam pelos montes lapões,
batiam contra os montes de neve
e as faíscas que saíam desses golpes,
refletiam-se.
Um boêmio de outrora, demente, talvez,
Deixei fugir as noites de amor e prazer,
E a minha alma de poeta romântico.
Me deixei acariciar apenas pelo vento
Frio da minha imaginação.
VENTO DE VERÃO
Ouço acordes na noite
Da música do vento de verão
Toca meu corpo parado
Em momento de alívio
Apenas o palpitar do coração
Dá mostra que é bem amado.
Ouço acordes na noite
Da música do vento de verão
Vento que sacode as folhas
Em harmonia sensual
Como se enamorado estivesse
Mesmo sem ter um coração
A música do vento de verão
Que ecoa no meu íntimo
Mexe de forma singela
No meu sofrido coração
E em toque compassado
Vai agitando a emoção
E nesse compasso do toque
Sonhos povoam minha mente
São belos com um desejo mais puro
De amar e amar loucamente
Um sentimento bem mais seguro
Tudo perfeito e sem retoque.
Ouço acordes na noite
Da música do vento de verão
Que chegam e envolvem meu corpo
Me excita, mexe com a emoção
E os sonhos que povoam minha mente
São belos como amar eternamente.
Os acordes musicais que ouço
Vêm em forma de liberdade
Acordes que meu corpo ampara
Sem uma nota sequer esconder
Mas que transforma-se em sonhos
Sonhos que me fazem embevecer.
E embevecido pelos sonhos
Mil trovas e canções componho
Falando dos acordes da noite
Da música do vento de verão
Vento que sacode as folhas
Mesmo sem ter um coração
Mas a música do vento de verão
Não traz o cântico dos pássaros
Nem o som das águas do mar
Não toca nos teus lábios quentes
Nem diz que vais para sempre me amar
Como te quero loucamente.
Quisera pelo menos num instante
Que a música do vento de verão
Fizesse bailar os lindos palmeirais
Dos versos do poeta distante
Ninho dos eternos sabiás
De famosos gorgeios, sua paixão.
FIM DE TARDE
A tarde vai cedendo espaço
O vento ainda traz o calor do sol
Que em tom amarelado esconde
Os encantos da noite que chega
Mais um dia se vai no entardecer
No bailar dos pássaros em revoada
No sussurro da noite que desponta
No despertar dos sonhos contidos
E no meu universo de pai e filho
Sou filho do pai que no fim da tarde
Deixou-nos apenas rastro de saudade
E no mistério do fim ou começo do dia
Cantam os pássaros que buscam abrigo
Calou a tua voz, meu pai, meu amigo.
MANHÃ DE SAUDADES
Mais uma vez a saudade me visita.
Me pega de surpresa,
esvazia a minha mente e
se instala por algum tempo.
Maltrata e parece demorar.
Me perco no espaço,
me perco nas emoções,
me perco no passado,
sem presente e sem futuro.
No meu quarto,
o vento matinal refresca o meu corpo,
de energias recuperadas ,
depois de mais um dia de trabalho.
O sol, com os seus raios ainda mornos,
clareia o meu espaço
expulsando o resto da escuridão da noite.
Lá fora, talvez nenhuma flor.
Todas estão murchas de tristezas
por causa da saudade que chegou.
Os pássaros sobrevoam pelo espaço
em silêncio.
Meu coração reclama.
Reclama a tua ausência,
a tua partida.
Neste momento não há alegria,
parece que só as trevas,
as noites, a tristeza,
fazem parte da vida.
Ainda lembro a noite estrelada.
O céu em tom azul aveludado
cheio de pontos brilhantes.
A lua nova clareando
o universo de minhas esperanças,
dos meus amores.
Eu que vi um lindo entardecer,
com o sol se pondo
no horizonte dos meus sonhos,
tecendo os fios amarelados e escuros
para a chegada da noite.
Há algum tempo eu acordava
sob os acordes das manhãs serenas,
ouvindo o gorjear dos pássaros
saudando a natureza
já revestida de cor e luz
na vida iluminada pelo sol,
como se numa festa
para saudar o novo dia,
tudo na mais perfeita harmonia.
Hoje o meu dia é de penumbra.
Olhos marejados de prantos chorados
lembram ainda a tua partida.
Lábios hesitantes
que não beijaram a tua mão,
e ,que relutantes,
te disseram adeus.
FRAGMENTOS
Por que os poetas choram?
Parece estranho mas vejo
Meu rosto no espelho
E enxugo as lágrimas
Que caem em minha face.
O choro deste poeta
Representa a saudade
Não amargura que sempre
Cresce nos corações sofridos.
Pulsações,
Contrações,
Alegria que se vai
Tristeza que vem,
Num dia incerto,
Numa tarde,
Como outra qualquer.
Vi os meus sonhos
Se romperem,
Senti minhas forças
Diminuírem,
Ante a tua presença inerte.
Os amores se rompem,
O sopro da vida se finda,
A história se divide
Em capítulos
Que serão encenados
Pelos que ficaram.
É assim a vida,
Cheia de sonhos,
De esperanças,
De ilusões.
Corações que se
Despedaçam,
Sentimentos que fluem
A cada instante...
Chora o poeta,
Choram todos a sua volta,
Chora a natureza,
Que nos deu a beleza
De vivermos felizes.
Logo o poeta que vive
Sonhos,
Alimenta ilusões,
E que cheio de euforia
Contempla o universo
Para fazer versos
No inverso
Do desprazer.
Logo o poeta,
Que estava feliz
Acabou traído
Pela angústia
De ter que dizer
ADEUS...
QUE IMPORTA
Já não me importa
O frio vento da madrugada
As nuvens ofuscando
O brilho das estrelas
O burburinho dos motores
Dos carros que servem
Aos noctívagos
Sem destino.
Já não me importa
Se a alegria ou
A tristeza perpetuaram-se
Em faces diversas.
Já não importa
Se os meus versos
Cantam ou desencantam
As minhas musas.
Que a saudade dilacere
Corações, antes apaixonados;
Que os prazeres , seduções
Ou desenganos
Atormentem o meu íntimo.
Que as ambições progridam
Para satisfação de alguns,
Que marquem cadências
E glórias de vencedores;
Que as ilusões se manifestam
Intimamente,
Tentando impor uma falsa verdade;
Que importa é ter vivido
De ti
Para ti
Por ti,
Sem rancores,
Sem mágoas,
Em dias pontilhados
De amores;
Foste presente
Sempre presente
Na vida da gente;
Foste passado
Do presente
E do futuro
Foste o nosso deus,
Da verdade,
Da garra,
Da liderança,
Da esperança,
Do tudo;
Abaixo do Onipotente
Também teu Pai
Meu pai...
Para sempre...
UNIVERSO IMAGINÁRIO
Não quero pensar
Em escuridão, solidão,
Se existe começo ou fim
Em tudo que tem vida
Quero a luz;
“Fiat Lux”
Que clareia o mundo
O universo imaginário;
Quero ver um ponto
No céu estrelado,
Com a luz mais forte
A nos iluminar;
“Fiat Lux”
Que se faça a luz
Ou que se mantenha,
No céu, na terra,
Seja aonde for,
A vida,
O amor...
TEU AMANHECER
Rindo
Ouvi
Infinita
Melodia.
Prazer
Que invade
E faz sofrer
Prazer
Que perdura
Qual ventura
Em te querer
Eu grisalho,
No teu corpo
O meu agasalho
No olhar penetrante
Que volve o passado
Muda meu semblante
Vislumbro no ocaso
O teu amanhecer
No meu anoitecer.
DOCES CANTOS
Doces cantos, ouço-os na noite
Na noite de mistérios e segredos
Que ninguém pode desvendar
Que arrepiam, causam medos
Doces cantos, ouço-os na noite
Na noite de céu azul profundo
Surpreende o ser amargurado
E que sente as dores do mundo
Ondas sonoras, em grande viagem
Imaginária, em mística harmonia,
Que me traz a tua ímpar imagem
Expulsando do meu ser a agonia
Ondas que me deslumbram e me fascinam
Levam-me a uma morada distante
Onde morrer de amor é uma sina
Faz-me pousar numa aldeia
Para viver um amor criança
Infinitamente cheio de esperança.
QUEM SOU?
Às vezes me pergunto quem sou
Embora tenha uma definição sensata
Não apenas um ponto no Universo
A cantar para a musa e fazer versos
Interpretam-me de várias maneiras
Às vezes de forma extrema e insensata
Dentro de um grande mundo controvertido
Imerso em brumas trazidas pelo vento
Sei que não estou a ermo
No meio dos que povoam o mundo
Não um gênio, mas um ser que traz alento
Dividindo com outros os sentimentos
Quem sou, quem és, quem somos nós
Neste Universo tão confuso e imaginário
Talvez um pedaço da natureza, não estamos sós.
A FELICIDADE EXISTE
Muito tenho falado de saudade,
da lembrança de um bem.
Dor que punge,
dor calada de alguém
que não está perto.
É amargo sufoco,
lágrima que brolha.
Muito tenho falado de amor
de paixão, de emoção
que há muito não habitava
o meu coração.
É que faltava
o desabrochar da rosa
que no jardim interior
segura nossos sentimentos.
Hoje falo de alegrias,
alegrias por encontrar-te.
Falo para a saudade,
para o tempo
e mostro-me
para o Universo
que vale a pena viver e amar.
Hoje falo de você,
que me faz
ter a certeza
que a felicidade existe.
FOTO-AQUARELA
Vento que sopra o vento morno da tarde
Levando as libélulas qual uma pluma
E as borboletas em vôos compassados
Forma meu cenário, minha foto-aquarela.
Minha memória vasculha infinito acervo
Registrado em momentos de sofreguidão
Busco trajetórias bem resplandecentes
Marcas incrustadas no meu coração
Faz-me recordar as veredas percorridas,
O meu caminhar com a esperança fugidia
Por entre praças e becos, mundo de magia.
Lindos sonhos de amor, ternura e saudades.
Igual aos mistérios que o vento sopra
Que hoje o meu velho coração silencia
LUZ
Uma luz reflete no prateado mar
Com grande intensidade e calor
É a luz do sol quase poente
Que também aquece meu amor
Luz que inspira-me ao poema
Poema tema de amor e ternura
Exprime todo sentimento e glória
De tê-la musa da minha história
Um poema de alegrias e saudades
De tudo mais que for desejo
Além de falar das noites e tardes
Do mel da boca, adoçando um beijo
Luz que reflete no prateado mar
Vem do astro rei, ilumina o espaço
O espaço que esconde meu grito de dor
Luz que ilumina também meu abraço
Luz que clareia o meu entardecer
Fertiliza meu desejo, minha inspiração
Faz-me prisioneiro do teu coração.
DOM POÉTICO
Pensei em elaborar uma bela poesia
Que citasse tudo sobre o amor
Que passasse mensagens de alegria
Da musa inspiradora com primor
Pensei em compor uma bela canção
Inspirado nesse grande sentimento
Falando tudo que sente o coração
E do que rola no pensamento
Não consigo reunir palavras
Por não ser compositor ou poeta
Só eles constroem peças bonitas
É um dom que Deus lhes deu
De descreveram tantas emoções
Do amor, paz e compreensão
ÁGUAS DE MARÇO
Na imaginação
Em teus mares
Naveguei
Nas ondas da emoção
Aportei
Nas palmas
De tuas mãos
Chorei
Para olhar o Desterro
De minha cidade
E amei.
SILÊNCIO
Silêncio!
A madrugada é fria
E meu amor dorme...
Silêncio!
O orvalho cai na calçada
Espalhando um brilho
Como o cintilar das estrelas.
A sinfonia que surge do
Burburinho do tempo,
Envolve minha alma como
Se quisesse me fazer levitar
Em volta do meu próprio corpo.
Silêncio!
Quero contemplar a natureza
E não posso...
Estou preso nas entranhas
Do prazer de ter a tua imagem
Viva em meu corpo.
Nos meus versos livres,
Sem rima,
Escrevo sentimentos
Unilaterais...
E, até mesmo pensamentos,
Que escondidos são desprendidos
Pela essência do amor e do prazer.
Não é hora de saudade...
Mas da verdade,
De um amor nunca esquecido,
Nem vencido, que só traz felicidades.
Silêncio!
Tudo é silêncio para escutar
O sopro do vento que bate na vidraça,
Como se quisesse entrar no meu reduto.
Não pode...
O meu espaço é sagrado.
Nele construo sonhos e realidades.
Através da vidraça,
Vejo as estrelas brilhando
No firmamento e,
Aí entendo o passar do tempo
E o bailar lento das roupas
No varal,
Como se me convidassem
Para dançar a Sinfonia do Silêncio.
O mistério da noite é imenso...
É mágica a escuridão, cortada pelas.
Luzes das estrelas.
Por uma fresta qualquer,
O vento penetra cheirando a incenso,
Num enigma,
Que alcanço pela intuição.
E, vencido pelo cansaço,
Transporto-me para uma vida
Oculta,
Que me faz esquecer o desânimo.
Silêncio!
Quero apenas ouvir
A Sinfonia do Silêncio!
APENAS NOSTALGIA
Desço as ladeiras da velha cidade /
Que me revelam os tempos jovens /
Vejo em cada rosto sem vaidade /
O teu, de um soberano viver. /
Deixei fugir o luar dos meus desejos /
Deixei de afagar o teu corpo com prazer /
Não senti a umidade dos teus beijos /
Penso, nem sabia mesmo o que fazer./
Senti-me ausente mais uma vez /
Embora buscasse teu amor sincero /
Mas que infelizmente deixei partir /
Toquei a flor dos teus lábios um dia /
Que entreabertos esperavam por mim /
Hoje apenas uma história, nostalgia.
BUSCANDO-TE
Te busquei nas estrelas da noite quente
Para ouvir, pelo menos, a tua suave voz
Estavas muda, sem a melodia de sempre,
A melodia que os anjos tocam para nós
Busquei tua imagem ouvindo outros sons
E lendo mensagens que pudessem te tocar,
Mas tudo em vão, não conseguir te encontrar
Nem impulsionando do celular os belos tons
Na madrugada, no burburinho do tempo,
Tentei me confortar apenas com lembranças
De um passado recente cheio de esperanças
Da musa dos sonhos que se fez presente
Na vida de quem só teve amor pra dar
E aprendeu a conjugar juntos o verbo “amar”.
BRILHANTE
As noites são longas e delirantes
Olho a constelação e vejo você
É a luz mais brilhante entre todas
Com o mesmo encanto de antes
É que as estrelas não perdem a luz
Elas instalam um estado de graça
Em meu corpo um tanto enfraquecido
Mas ao um ser imaginário me conduz
É o brilho do nosso amor contido
Nas eternas ondas das paixões
Nenhuma nuvem negra há de apagar.
GOSTAR
Gostar, gostar muito,
gostar olhando com ternura,
mansamente em silêncio,
e sentir o palpitar do coração...
Gostar, gostar inquietamente,
sonhar, sonhar docemente,
com um afeto contido,
definido,
que se instalou dentro de mim...
Gostar, gostar assim tão amorosamente,
sentir a doçura dos beijos,
em ardente paixão...
Gostar, gostar muito,
me fará viajar no tempo dos
eternos sonhos que adornaram
os meus sentimentos.
MANIA
A distância e a saudade
São impulsivas em mim
Mexem com a minha emoção
Motivam-me sempre assim
Inspiro-me a todo instante
Chegando a ter calafrios
Por não sugar tua boca
Por estar um pouco distante
Mas nada como um outro dia
Que bem próximo deve estar
Para abraçar-te como queria
Pensamento que inquieta-me
Enquanto isso não se realizar
Você, para mim, virou mania.
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