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A matilha
Chegado o dia da matilha,
Alvejado, O Demónio cede,
Rachado na hora, O parido
Torna-se no arco que já teme.
Olhos nos olhos fita a fera,
Avança com a mão em riste,
Só ofuscante luar encara,
Manchada a seu sangue quente.
Não passa de mais um reles
Conspirante acossado, traído,
Simples tumulo no meio deles,
Desterrados dos barcos sem mito,
Sem leme, sem mastro e sem quilha,
Rasgando as infectas feridas,
Num mar desfeito destas lágrimas,
Sem ida, nem fundo nem partilha.
Joel Matos
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segunda-feira, dezembro 21, 2009 - 16:00
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