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NA JANELA

Por quantos desejos meu corpo estremeceu

na janela de madeira

De quantas estrelas meus olhos embotaram
encostada na ombreira

De quanta chuva meu rosto se encharcou
na janela de tramela

De quantos sonhos meu coração se ufou
no peitoril da janela

Os mesmos desejos
As mesmas estrelas
A mesma chuva
Os mesmos sonhos

Ainda existem
Em outra janela
Que nao tem tramela
e nem dá pra sentar nela

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quarta-feira, janeiro 20, 2010 - 21:26

Ministério da Poesia :

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Nilzete

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