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AÇUDE ÁCIDO
Caminho que o vento rasga
o olhar em lágrimas, a lua desfocada.
Membrana que a noite engasga deposta
num grito açoite por ornatos tristes. Saudade.
Tecto em orgia entre chãos e paredes
que se alvoram de vozes presas nas redes do tempo.
Receituário de águas azougadas
e pedras ridículas onde se ajoelham as palavras
como mosquitos tontos num firmamento de musas.
Sinuosidade lapsa como tecido insano
onde a sombra colapsa sobre a traqueia do siso.
O silêncio é um pano transcendente cuja nódoa
oculta num segundo foge em pés de taciturnidade.
Isco a nada
numa mortalha de padrões ininteligíveis
como ferida que só a respiração da morte cura.
O corpo como um barco feito de marés
em trânsito pelos lábios pintados de uma sepultura.
Linguagem de hálito supérfluo.
Língua de ilusões padroeiras da loucura
num aplauso de pedras corriqueiras. Alienadas!
A alma represada num açude ácido.
Teia de arrepios como beijo de litro seco.
O sonho é uma noz,
grão breve moído por mós
em cor de culpa nas entrelinhas tortas
de um rio ionizado pela radiância de voar até à foz.
Carambola em passo urbano como cascata
de velocidades estátuas presas ao chão das mãos.
Mil e um nãos no ar,
ácaro de nuvens negras no céu da boca. Solidão.
Rosa brava por onde o amor
se destrava pela encosta do ser e morre.
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